Prêmio Atabaque de Ouro homenageia Bira Presidente e o Cacique de Ramos, em sua 19ª edição, neste domingo
Prêmio Atabaque de Ouro homenageia Bira Presidente e o Cacique de Ramos na 19ª edição
Bira Presidente e o Cacique de Ramos merecem todas as honras. Este ano, o Prêmio Atabaque de Ouro presta uma homenagem histórica a dois símbolos da resistência cultural e da preservação das tradições populares: o fundador do bloco e líder eterno, e a agremiação que transformou o samba em patrimônio vivo da cidade.
- O prêmio, considerado o maior encontro de curimbeiros do Brasil, chega à sua 19ª edição reafirmando sua essência: o respeito à ancestralidade, à liberdade religiosa e às tradições afro-brasileiras.
- O evento acontece no dia 7 de setembro, na quadra da Portela, reunindo vozes, tambores e histórias em um grande chamado de resistência cultural. Realizado pelo Instituto Cultural de Apoio às Pesquisas de Tradições Afro, o Atabaque de Ouro é fruto de 26 anos de luta em defesa dos direitos humanos, da liberdade religiosa e da valorização da cultura afro-brasileira. Sob a direção de Marcelo Fritz, o instituto celebrou neste ano uma aliança simbólica com a Portela, em encontro com o presidente Fábio Pavão, marcando a volta do evento ao Rio de Janeiro em um espaço emblemático do samba.
- A força da homenagem, em 2025, o tributo a Bira Presidente e ao Cacique de Ramos é um reconhecimento à continuidade de um legado ancestral que une música, fé, comunidade e identidade.
“Homenagear Bira Presidente e o Cacique é reverenciar uma história que ressoa no tambor e no coração de todo brasileiro. É reconhecer que, assim como o toque do atabaque chama para o axé, o samba também convoca para a união e a celebração da vida”, destaca a Marcelo Fritz.
O valor da ancestralidade, fundado em 1961, o Cacique de Ramos é mais do que um bloco: é um verdadeiro terreiro de samba, espaço de criação, encontro e afirmação cultural. De suas rodas nasceram nomes como Fundo de Quintal, Zeca Pagodinho, Almir Guineto, Jorge Aragão e Arlindo Cruz. Em abril de 2025, a agremiação inaugurou seu Centro de Memória, com relíquias como instrumentos de Bira, Ubirany e Sereno, fantasias, troféus, discos e obras de arte, em um verdadeiro museu dentro de sua sede.
Já Bira do Cacique, nascido Ubirajara Félix do Nascimento, foi figura central do samba brasileiro, fundador do Cacique de Ramos e do grupo Fundo de Quintal. Faleceu em junho de 2025, aos 88 anos, deixando um legado eterno de inovação e contribuição para a cultura popular e para as rodas de samba do Rio de Janeiro. Uma homenagem mais que justa, a homenagem reflete a saudade de sua presença e a continuidade de sua contribuição no cenário nacional
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