Anderson Vieira é uma contribuição valiosa como regente coral e coordenador pedagógico de projetos em território ancestral, favelas e periferias cariocas

 Anderson Vieira é uma contribuição valiosa como regente coral e coordenador pedagógico de projetos em território ancestral, favelas e periferias cariocas

‘Pesquisa sobre coralistas trans’ assinada por um profissional engajado na inclusão das pessoas artistas LGBT


 

Com seu trabalho, Anderson Vieira, 26 anos, é um profissional da música que ajuda a mudar o destino de crianças e jovens em vulnerabilidade social no Rio de Janeiro. Há 10 anos, segue carreira como educador musical, músico e regente coral em diversos projetos sociais. “Sou também cantor, coralista e pesquisador. Minha área de atuação é voltada para performance e pedagogia coral” - ressalta.

O mestrado em Processos Criativos na UFRJ, com sua pesquisa sobre coralistas trans, revela também um experiente profissional engajado na inclusão das pessoas artistas LGBT+ em várias áreas da cultura. É comprometido, principalmente, com os estudos de gênero que permeiam o âmbito coral.

_ Tudo é uma questão de oportunidades no mercado de trabalho e na educação! Se depender de mim, vão se abrir cada vez mais as portas para a formação musical na infância e juventude, enfrentando e superando preconceito, ao revelar as potências do nosso povo favelado, LGBT+ e afrodescendente - avisa Anderson.

 

Regente do Coro LGBTQIA+ da Rocinha e integrante do corpo estável do Coro do Theatro Municipal do Rio de Janeiro.

 

Sua história é inspiradora para outros jovens que são moradores de favelas e periferias e desejam participar das oportunidades na área da música brasileira que é vasta e diversificada. O carioca, ex-aluno da Escola de Música da Rocinha - EMR, conquistou com estudo, talento e dedicação o posto de regente do Coro LGBTQIA+ da Rocinha, na instituição que fica em uma das maiores favelas da América Latina, assim como integrante do corpo estável do Coro do Theatro Municipal do Rio de Janeiro.

Hoje, formado no curso de Licenciatura em Música e Bacharelando em Regência Coral da UFRJ, Anderson Vieira contribui na reflexão sobre o “mundo musical” da juventude em vulnerabilidade social. A atividade do cria da Rocinha ultrapassa a música e está alinhada a uma educação integral. Ele acumula funções em projetos de favelas e periferias, também na Pequena África, o território histórico no Rio de Janeiro, que abraça os bairros Saúde, Gamboa, Santo Cristo e Caju.

 

Inscrições abertas para aulas na Escola Olodum Rio e Escola de Música da Rocinha, que promovem transformação social através do acolhimento à diversidade e respeito às diferenças.

Para Anderson Vieira, é importante oferecer aulas gratuitas em projetos com vagas para pessoas diversas. A Escola de Música da Rocinha está com matrículas abertas, sem nenhum custo, para alunos a partir de 5 anos de idade e jovens até 17 anos. O aluno precisa estar estudando em escola regular e ser morador da Comunidade Rocinha ou adjacências. Para mais informações a secretaria da escola fica aberta de segunda a sexta-feira, 8h30 às 20 horas ou entre em contato pelo nosso WhatsApp - 3322-6358.

Aulas: Canto Coral, Cavaquinho, Clarinete, Contrabaixo acústico, Editoração de partituras, Flauta doce, Flauta transversa, Harpa, Musicalização, Percussão, Piano e Teclado, Prática de Conjunto (formação de grupos artísticos), Saxofone, Teoria e Percepção Musical, Trombone, Trompa, Trompete, Viola, Violão, Violino e Violoncelo. A EMR ainda conta com o Núcleo de Acessibilidade, assistência social e atendimento psicológico especializado.

Seu reconhecimento como profissional da música não é apenas na EMR, mas também como coordenador pedagógico e professor de canto coral da Escola Olodum Rio, com sede no MUHCAB, na Gamboa, com as apresentações dos alunos pelos espaços da cidade. A realização é da Associação Riart e a iniciativa foi idealizada por Ana Brites, a diretora da Escola. Inscrições sujeito a lotação das vagas pelo link na bio do @escolaolodumrio ou contato pelo Whatsapp (21) 97521-7552.

_ A Escola Olodum Rio é a mais recente escola afrocriativa que referencia e reverencia a pedagogia antirrascista da Escola Olodum Salvador, trazendo para a Pequena África no Rio de Janeiro, a filosofia, a tecnologia e a ancestralidade da Escola Olodum. Atualmente, oferecemos aulas de Percussão Samba-Reggae, Dança Afro e Canto Coral, além da Formação de Lideranças Afrodescendentes que compõe a metodologia Olodum de combate ao racismo com ações voltadas para letramento racial. Nossa Escola atende o público de 10 a 29 anos e as aulas acontecem no Museu da História e Cultura Afro-brasileira RJ (MUHCAB) – finaliza Anderson.

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