Africanize-se, mini Festival de Música Africana no Manouche nos dias 09 e 10/09, terça e quarta

 MANOUCHE APRESENTA O AFRICANIZE-SE – MINI FESTIVAL DE MÚSICA AFRICANA COM SHOWS RAROS DE SE VER POR AQUI NOS DIAS 09 E 10 DE SETEMBRO

* terça -  Jorge Mulumba e Helder Rei do Kuduro (Angola)  - 20h

* quarta - Nino Galissa  e Patche Di Rima (Guiné-Bissau) – 20h30



Manouche recebe o mini festival de música africana, o Africanize-se, nos dias 09 e 10 de setembro, terça e quarta, apresentando o melhor a música atualmente tão rara de se apresentar no Brasil. O primeiro dia terá shows dos angolanos Jorge Mulumba – cantor, compositor e músico de instrumentos de matriz africana a com base nas sonoridades musicais de raiz – e Helder Rei do Kuduro  reconhecido como um dos grandes pioneiros do ritmo kuduro no exterior. Já a segunda noite de shows será com os guineenses Nino Galissa – um dos mais conhecidos artistas da música tradicional africana pelo uso da harpa Kora, instrumento de 21 cordas e de som belíssimo,  e Patche Di Rima – maior nome da música contemporânea da Guiné-Bissau – promovendo, assim, intercâmbio cultural, integração na diversidade e o fortalecimento de uma cultura de paz através da arte e da cooperação entre países que partilham laços históricos e linguísticos.

 

O projeto, que vai passar também por Belém, Macapá e Salvador, representa a concretização de uma visão inovadora de triangulação cultural que conecta os Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) à Europa e à América do Sul, tendo o Brasil como epicentro desta confluência artística e identitária.

 

Representa, assim, não apenas uma série de concertos, mas um movimento cultural transformador que redefine as relações entre continentes através da linguagem universal da música, perpetuando as tradições ancestrais enquanto abraça as expressões contemporâneas da criatividade lusófona e africana.

 

Jorge Mulumba

Cantor, compositor e tocador de puíta, hungu, dikanza, ngoma, caixa, quissanje e outros instrumentos de matriz africana angolana, Jorge Mulumba participa de vários projetos musicais e acompanha referências da música nacional do país como Bonga, Paulo Flores e Yuri da Cunha, além de experimentar sonoridades como o jazz e outras tendências internacionais.

 

É líder dos grupos Nguami Maka e Kituxi onde, além de cantar, compõe e toca os instrumentos de matriz angolana. Multi-instrumentista e professor, participa de várias residências artísticas e formações em Angola e no exterior, com destaque para o Brasil e África do Sul. Também administra aulas de instrumentos tradicionais como hungu, dikanza, mukindu, ngoma e puita, no Centro Cultural do Rangel - NJinga MBande, em Luanda, resgatando a identidade cultural angolana com base nas sonoridades musicais de raiz.

 

Hélder Rei do Kuduro

Nome artístico de Domingos Silva, Hélder Rei do Kuduro é cantor, compositor e showman angolano nascido em Luanda. Reconhecido como um dos grandes pioneiros do kuduro fora de Angola, foi ele quem apresentou o género ao grande público português no início da década de 2000 com sucessos contagiosos como “Frique Frique” e “Felicidade”.

Ouça aquihttps://www.youtube.com/watch?v=Rc46eAJ7g94 -"Frique-Frique"

 

Consolidou uma carreira internacional na Europa e na África, onde leva o som urbano de Luanda a novos palcos. Em 2024 celebrou oficialmente 40 anos de atividades com a coletânea “Best Of 40 Anos” e o álbum “40 Anos de Carreira”, projetos que revisitam uma discografia rica em colaborações com Dog Murras, Yuri da Cunha, Nelson Freitas, C4 Pedro e outros nomes da música lusófona.

 

Autoproclamado “Rei do Kuduro” pelo seu papel de desbravador do estilo, Hélder continua a experimentar fusões com semba, kizomba e afro-beat, mantendo como missão divulgar a cultura angolana pelo mundo e inspirar novas gerações de kuduristas.

 

Nino Galissa (GW)

Nino Galissa, autor, compositor e intérprete da harpa kora, instrumento de 21 cordas e de som belíssimo, compõe nas suas raízes africanas adornadas com diversos estilos modernos de afro- pop e jazz. Nas suas criações, integra as sonoridades atuais, trabalhando a contemporaneidade da música tradicional africana.

Ouça aquihttps://www.youtube.com/watch?v=yD9ps7xzKaY - "Kabaku"

 

Até hoje os povos mandinga cultivam a tradição dos Griots (ou Djelis), homens que pertencem a famílias de contadores de histórias, guardiãs da música e da cultura mandinga. Nino Galissa pertence a uma dessas famílias e seu pai, Buli Galissa, foi o primeiro músico da Guiné-Bissau a levar para Portugal a harpa Kora, que é executado por membros dessas famílias. Nino Galissa aprendeu com ele as histórias de seu povo e os segredos do instrumento. Sabe combinar o som da Kora com o som dos instrumentos da música ocidental, como a guitarra, os teclados e os metais. Compõe na sua língua materna, o Fula, e também em crioulo da Guiné, em português e em espanhol. Seu primeiro álbum saiu em 1997, e já está em seu quinto trabalho de estúdio, além de diversas participações em festivais.

 

Patche Di Rima

Verdadeiro embaixador da cultura guineense, Patche Di Rima está celebrando seus 25 anos de carreira. Com três álbuns gravados “Genial Amor” (2005), “Rendez-vous de Siko” (2011 - Disco de Ouro) e "Maratona de Amor" (2019).

 

Sua música cruza ritmos tradicionais da Guiné-Bissau como o gumbé, tina ou singa, com o afro beat, zouk e kizomba, num estilo próprio e original a que chamou "sikó". Nos seus temas usa dialetos tradicionais Guineenses, como o crioulo, o pepel, o manjaco, o fula, o mandinga e o sussu, fazendo dele uma das maiores referências musicais atualmente no país.

Ouça aqui:  https://www.youtube.com/watch?v=kGSXlWhNG_8 - “Siko“

 

Foi a paixão de promover a música africana pelo mundo, mostrar que África é bem mais do que se diz e do que se escreve, que o levou de volta à Guiné em 2017 (depois de viver alguns anos em Portugal), com o desejo de se tornar um empreendedor de música no seu próprio país, criando a sua própria editora e agência e produzindo e editando compilações musicais que são verdadeiros veículos de comunicação da música guineense.

 

Patche Di Rima é também um dos Embaixadores Culturais do turismo da Guiné-Bissau, e em 2018 compôs o tema "Paz pa Guiné-Bissau" apresentado na sede da ONU a propósito do Dia Internacional da Paz. São inúmeras as causas e ações das quais é embaixador. Dedica-se, em suma, ao desenvolvimento sustentável da Guiné-Bissau e à defesa dos Direitos Humanos (em particular das mulheres e das crianças), lutando por uma cidadania ativa e eficaz, extermínio da exclusão social, do racismo, injustiça, e da violência.




 

Serviço:

Show: - Africanize-se – Mini Festival de Música Africana

* terça -  Jorge Mulumba e Helder Rei do Kuduro (Angola) 

* quarta - Nino Galissa  e Patche Di Rima (Guiné-Bissau)

Local: Manouche: (Rua Jardim Botânico, 983, - subsolo da Casa Camolese/Jd. Botânico)

Datas e horários: 09 e 10 de setembro, terça, às 20h, e quarta, às 20h30

Preço: R$ 85,00 sentado (ingresso solidário - levando um quilo de alimento não perecível ou livro – estudante, meia entrada e idoso que será doado para o Retiro dos Artistas) l R$ 170,00 (inteira)

Capacidade: 90 pessoas (público sentado)

Vendashttps://linktr.ee/clubemanouche 

 

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