Estreia da temporada Estratagemas Desesperados dia 17 de julho no Sesc 24 de Maio dir. Amanda Lyra

 Estratagemas Desesperados 

estreia dia 17 de julho no Sesc 24 de Maio 

com direção geral de Amanda Lyra e codireção de Juuar 

 

Personagens que desafiam arquétipos da mulher estão no espetáculo baseado em contos de horror das autoras ibero-americanas: Mariana Enriquez (Argentina), María Fernanda Ampuero (Equador) e Layla Martinez (Espanha), em dramaturgia original. 

 



Quatro mulheres dentro de uma casa compartilham histórias que tensionam os limites entre o desejo e o horror. As personagens são inspiradas na obra das autoras contemporâneas Mariana Enriquez (Argentina), María Fernanda Ampuero (Equador) e Layla Martinez (Espanha). A direção geral é de Amanda Lyra, que também assina a dramaturgia junto com Juuar. O espetáculo estreia em 17 de julho e segue em cartaz até 10 de agosto, no Sesc 24 de maio. No elenco, além de Lyra, estão Carlota JoaquinaMonalisa Silva Stella Rabello.

 

“Lemos e ouvimos histórias todos os dias de mulheres em situações de violência doméstica, mulheres que são abusadas, estupradas e assassinadas. Que mudança aconteceria no nosso imaginário se as histórias que ouvimos e contamos sobre violência não fossem apenas sobre a mulher que sofre e a mulher que morre, mas também sobre a mulher que responde à violência? A mulher que tem desejos violentos intrínsecos e viscerais?”, indaga a diretora Amanda Lyra ao explicar a perspectiva adotada pela peça.

 

Essas autoras exploram, por meio do horror, um olhar radical sobre o feminino e a violência de gênero, além de desafiar os arquétipos tradicionais da mulher em suas histórias. São personagens complexas, dúbias, que fogem dos padrões morais.

 

Juuar, que também assina a codireção e dramaturgia da peça, elabora: “Ao revirar o material dessas autoras ficamos frente a frente com mulheres que agem e vão até as últimas consequências do desejo, o que nos coloca diante de um constante trânsito entre o assombro e a atração, o nojo e o tesão. Ao provocar em nós a habitação desses sentimentos aparentemente avessos, essas mulheres parecem nos libertar de qualquer julgamento moral e revelar, a partir de ações violentas e radicais, a possibilidade de debater e existir fora do campo de um desejo prescrito, aceito socialmente. Nesse sentido, o próprio gênero do horror nos apresenta a mesma questão ao abordar temas sociais que são constantemente evitados em debates públicos”.

 

A ideia da casa como cenário no espetáculo é contrapor o espaço doméstico – esse lugar historicamente destinado às mulheres, espaço familiar e de cuidado, normalmente associado à felicidade – às histórias terríveis que essas personagens contam. Na peça, é a casa que se assombra com essas histórias de amor, obsessão, delírio e vingança. A trilha sonora original (Azulllllll e Lello Bezerra), a cenografia (Valdy Lopes) e a iluminação (Sarah Salgado) são usadas para distorcer sua imagem convencional e, criando uma atmosfera assombrada, ajudam a transformar a casa em uma espécie de quinto personagem da peça. A equipe de criação conta, ainda, com Danielli Mendes (direção de movimento) e Diogo Costa (figurino).

 

O texto foi construído em uma residência ao longo de sete semanas no CPT (Centro de Pesquisa Teatral do Sesc-SP) em julho e agosto de 2024, em uma iniciativa em parceria com o Festival Mirada. Na ocasião, além de ler e discutir várias obras de escritoras latino-americanas contemporâneas, as artistas se debruçaram sobre os gêneros cinematográficos do terror e do horror.

 

Sobre as autoras 

Mariana Enriquez (Buenos Aires, 1972) é conhecida por sua obra literária que explora temas de horror e violência. Seu estilo combina elementos do realismo com o sobrenatural, criando narrativas que revelam as tensões sociais e políticas da Argentina contemporânea. Ela é autora de vários livros de contos e romances, incluindo “As coisas que perdemos no fogo” e “Nossa parte da noite”. Seu trabalho tem sido reconhecido tanto em seu país natal quanto no exterior, e recebeu vários prêmios literários que destacam sua contribuição inovadora para a literatura contemporânea, como o Prêmio Herralde, o Prêmio da Crítica Argentina, entre outros.

 

María Fernanda Ampuero (Equador, 1976) explora temas de violência, opressão e desigualdade em sua obra literária. Seu último livro, “Briga de Galos”, foi um dos dez livros do ano do The New York Times em Espanhol e já foi traduzido para vários idiomas. É uma das escritoras latinoamericanas mais importantes dos últimos anos, de acordo com a revista Gatopardo. “Briga de Galos” recebeu o prêmio Joaquín Gallegos Lara 2018 como melhor livro de contos do ano.

 

Layla Martinez (Espanha, 1987) é escritora, cientista política e mestre em sexologia. Coordenou e ministrou oficinas de literatura, ciclos de cinema e palestras sobre a história das mulheres e dos movimentos sociais. “Cupim”, seu romance de estreia, lançado em 2021, tornou-se um fenômeno na Espanha, com direitos de publicação vendidos em mais de 15 países.

 

Ficha Técnica 

Direção Geral: Amanda Lyra

Codireção: Juuar

Textos: Mariana Enriquez, Maria Fernanda Ampuero e Layla Martinez

Dramaturgia: Amanda Lyra e Juuar

Elenco: Amanda Lyra, Carlota Joaquina, Monalisa Silva e Stella Rabello

Cenografia: Valdy Lopes

Direção musical e Trilha Sonora Original: Azulllllll e Lello Bezerra

Direção de Movimento: Danielli Mendes

Iluminação: Sarah Salgado

Figurino: Diogo Costa

Direção de produção: Aura Cunha | Elephante Produções

Idealização e Produção: Amanda Lyra | Troca produções

Assistente de direção e de produção: Vinicius Silveira

Fotos (divulgação): Mayra Azzi

Design gráfico: Estúdio M-CAU

Engenheiro e operador de som: Murilo Gil

Operação de luz: Pâmola Cidrack

Assessoria de Imprensa: Pombo Correio

 

Sinopse:  

Baseado em contos das escritoras Mariana Enriquez (Argentina), María Fernanda Ampuero (Equador) e Layla Martinez (Espanha), quatro mulheres dentro de uma casa contam histórias que atravessam o horror, a violência, o amor e a obsessão. Em vez de abrigo seguro para compartilhar essas histórias, a casa se transforma num reflexo distorcido do que um dia já foi lar.

 

Serviço 

Estratagemas Desesperados 

Dir. Amanda Lyra 

Temporada: 17 de julho a 10 de agosto de 2025

  • Quintas, às 19h
  • Sextas, às 20h
  • Sábados, às 17 e 20h
  • Domingos, às 18h

*Sessões com interpretação em Libras nos dias 07, 08, 09 e 10 de agosto
Local: Sesc 24 de Maio, Rua 24 de Maio, 109, São Paulo – 350 metros da estação República do metrô

Ingressos: sescsp.org.br/24demaio ou através do aplicativo Credencial Sesc SP a partir do dia 8/7 e nas bilheterias das unidades Sesc SP a partir de 10/7 - R$60 (inteira), R$30 (meia) e R$18 (Credencial Sesc).  

Classificação: 14 anos 

Duração: 90 minutos 

Serviço de Van: Transporte gratuito até as estações de metrô República e Anhangabaú. Saídas da portaria a cada 30 minutos, de terça a sábado, das 20h às 23h, e aos domingos e feriados, das 18h às 21h.  

 

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