“Intrépidos Independentes”: 1ª temporada da série de entrevistas para assistir de graça no YouTube como grande aprendizado sobre uma importante parte da música brasileira
“Intrépidos Independentes”: 1ª temporada da série de entrevistas para assistir de graça no YouTube como grande aprendizado sobre uma importante parte da música brasileira
Em 10 episódios, Felipe Radicetti dá voz aos primeiros independentes da produção fonográfica no país
O compositor Felipe Radicetti apresenta “Intrépidos Independentes” no canal do YouTube, plataforma do selo Zênitha Música. Ele assina a pesquisa, o roteiro, a direção e apresentação da série de vídeos de entrevistas com músicos autoprodutores que lançaram suas produções de forma independente no período histórico entre 1977 a 1987. “Considerados os precursores ou pioneiros da produção fonográfica independente no Brasil, esses artistas enfrentaram a censura, a ditadura militar, a pressão econômica, a falta de meios e de informação, mas contaram com o apoio do público, de gestores de cultura, lojistas simpatizantes e da imprensa especializada, de uma forma geral”- explica Radicetti.
Em 2025, a série prevê a realização de uma nova temporada.
_ A série, naturalmente, busca por os pingos nos “is”. O que realmente era ser independente naqueles anos? E quais os caminhos foram abertos pela primeira vez, de forma que cinquenta anos depois, seja natural aos olhos do público o artista divulgar e vender a sua produção diretamente ao consumidor? Claro, é muito importante, neste momento, recuperarmos a história dos pioneiros de forma a resgatar os sentidos originários, aquele que encantou e agregou um público devotado à MPB.
Antonio Adolfo, Chico Mário, Betinho e Henfil
O conceito de produção independente e suas características fundamentais foram cunhados pelas práticas dos artistas daquela época, tendo como figura central dessa trajetória o pianista e compositor Antonio Adolfo, figura inspiradora que, ao lado do Chico Mário, violonista e compositor irmão de Betinho e Henfil, fundaram a APID (Associação dos Produtores Independentes de Discos). A associação reuniu informações e produziu um guia de distribuição com lojistas que permitiu aos associados e amigos contatarem os postos de venda dos discos; instituiu uma comunicação permanente com programadores de rádio e partilhou todo o conhecimento adquirido nos primeiros anos a todos os músicos autoprodutores. Isso fez toda a diferença, culminando no grande sucesso de vendas do disco do Boca Livre em 1979.
_ Tanto a trajetória de Antonio Adolfo como a do grupo Boca Livre foram inspiradoras e encorajaram outros artistas a responderem à política das grandes gravadoras desse período com essas iniciativas de cunho culturalmente e economicamente libertário, que inundou a música brasileira com toda a sua diversidade – acrescenta.
O selo Zênitha Música e sua pergunta considerável respondida na série
A série, produzida por Felipe Radicetti e divulgada pelo selo independente Zênitha Música, pretende resgatar os sentidos originários do conceito independente, hoje apropriados para sentidos diversos e até mesmo contraditórios, além de relembrar lançamentos musicais que integram a trilha sonora da história da MPB. A série publicou, até o presente, oito vídeos, a saber o primeiro, de caráter introdutório ao conceito, sobre a produção de Chico Mário, e os nove episódios seguintes entrevistando os artistas homenageados: Antonio Adolfo, Lucina (Luhli e Lucina), Ana Terra e Danilo Caymmi, Alberto Rosenblit e Mario Adnet, Jaime Alem e Nair Cândia, Aline Mendonça, o grupo Céu da Boca, Celso Adolfo, Fernando Leporace e Mauricio Gueiros. “Uma notável história de coragem foi escrita por eles, esses Intrépidos Independentes”.
_ A equipe do selo Zênitha Música, da qual faço parte com as cantoras Cacala Carvalho e Marianna Leporace, vem questionando, desde a primeira hora, qual é o sentido de ser independente, em uma altura na história da produção fonográfica em que empresas de capital e tamanho razoável se apropriam do sentido original para uso até mesmo contraditório, dado que a lógica distribuição dos produtos não se coaduna em nada com a práticas em sua origem. Então, por que usar “independente” como marca?
A resposta está em “Intrépidos Independentes” com episódios já no ar pelo Canal Zênitha Música ou www.feliperadicetti.com
1 - Episódio I: Chico Mário
https://youtu.be/cTGS4xVQKgQ?
2 - Episódio II: Antonio Adolfo
https://youtu.be/DeuBXVvnj40?
3 - Episódio III: Lucina
https://youtu.be/rdhcmY55B0Q?
4 - Episódio IV: Ana Terra & Danilo Caymmi
https://youtu.be/Pb7iHGJgUDI?
5 - Episódio V: Alberto Rosenblit & Mario Adnet
https://youtu.be/Pb7iHGJgUDI?
6 - Episódio VI: Jaime Alem & Nair Cândia
https://youtu.be/_cEhSt20zpY?
7 – Episódio VII: Aline
https://youtu.be/cUFhWr3HR4U?
8- Episódio VIII: Céu da Boca
https://youtu.be/XailT1wSGPQ?
9 - Episódio IX: Celso Adolfo
https://youtu.be/ttS083aSdUA?
10 – Episódio X: Fernando Leporace e Maurício Gueiros
https://youtu.be/wpjGWhXyNi0?
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