Chega às lojas livro de memórias de Adriano pela Editora Planeta

 

Chega às lojas livro de memórias de Adriano pela Editora Planeta

 

Narrado em primeira pessoa, Adriano: meu medo maior traz detalhes da infância do jogador, o começo da vida no futebol, a ascensão e as dificuldades

 

“Você sabe o que é ser uma promessa? Eu sei. Inclusive uma promessa não cumprida. O maior desperdício do futebol: eu. Gosto dessa palavra, desperdício. Não só por ser musical, mas porque me amarro em desperdiçar a vida. Estou bem assim, em desperdício frenético... Eu bebo todos os dias sim, e os dias não muitas vezes também. Por que uma pessoa como eu chega ao ponto de beber quase todos os dias? Não gosto de dar satisfação para os outros. Mas aqui vai uma: não é fácil ser uma promessa que ficou em dívida. Ainda mais na minha idade. Me chamam de Imperador. Imagina isso. Um cara que saiu lá da favela para ganhar o apelido de Imperador na Europa. Quem explica, cara? Eu não entendi até hoje.”

 

Adriano nasceu e viveu durante sua infância na Vila Cruzeiro, comunidade do Rio de Janeiro. Iniciou a sua carreira no futebol nas categorias de base do Flamengo, estreou na Seleção Brasileira aos 18 anos e foi contratado pela Inter de Milão, na Itália, onde ganhou o apelido de Imperador. Retornou ao Brasil após abandonar um contrato milionário para se tornar um dos maiores ídolos flamenguistas, além de ter jogado no São Paulo, Corinthians e Athletico Paranaense. Tudo isso enquanto enfrentou muitos percalços. Detalhes de sua trajetória são conhecidos pelo público e pela mídia, mas é em Adriano: meu medo maior, publicado pela Editora Planeta, que ele compartilha as memórias sob seu ponto de vista. “Talvez por isso eu tenha decidido escrever este livro. Escrever, não, porque eu não sei fazer isso. Repeti de ano três vezes e larguei a escola na sétima série, porra. Mas quero contar a minha história. A única que tenho propriedade para contar. Aqui vão as minhas versões dos fatos. E quem ficar com raiva, morde as costas”, ele diz.

 

Escrito pelo jornalista e documentarista Ulisses Neto e narrado em primeira pessoa, o livro humaniza o personagem, tão presente no imaginário do público, ao narrar as histórias vividas pelo jogador, revelando suas fragilidades, sonhos, desejos e arrependimentos. Leitores e leitoras podem acompanhar as lembranças de Adriano entre uma ida ou outra ao quiosque do Naná, no Rio de Janeiro, onde ele vai sempre encontrar seus amigos. "Sou um homem simples, sem frescuras. Não preciso de muito para ficar feliz. Mas algumas dores, cara, não passam assim tão fácil. É difícil lidar com tudo que enfrentei, e confesso que até hoje não aprendi a superar certas situações. Será que um dia vou aprender?”, ele conta.

 

O livro apresenta episódios difíceis vividos por Adriano e sua família, envolvendo desde limitações financeiras até preconceitos. Também traz detalhes de eventos definitivos na história do craque nunca antes revelados, como quando a diretoria da Inter de Milão, praticamente impotente diante das recaídas de seu grande astro, decidiu propor uma internação em uma clínica de reabilitação na Suíça. "'O que está acontecendo com você não é motivo de vergonha. Já aconteceu e acontece com muita gente", o Moratti disse daquele jeito sereno e elegante dele. "Eu quero te fazer uma sugestão. Nós gostaríamos de te mandar para um lugar muito especial", ele seguiu. Eu olhei para a minha mãe. Ela arregalou os olhos. Pegou na minha mão. "O doutor Combi vai te explicar os detalhes. Para você entender. Ele vai te explicar sobre esse lugar que fica na Suíça. É uma clínica com discrição absoluta. Vários amigos meus já se trataram lá. Pessoas importantes aqui da Itália, inclusive". Neguinho… eu não entendia aquela conversa. O que eles estavam pensando em fazer? Isso mesmo. Queriam me internar. Falaram que eu deveria passar um tempo numa clínica de reabilitação na Suíça. Eu estava deprimido e não tinha noção das coisas direito. Eu não entendia o que eles estavam falando. Que porra de ideia era essa de me internar? "Eu não sou maluco, presidente. Com todo o respeito. Por que vocês estão querendo me mandar para um manicômio?", eu falei."

 

Adriano compartilha também o carinho pela família, principalmente pela mãe, a Dona Rosilda, a quem se refere como a ‘pessoa que mais ama na vida’. Ele relata a luta dela, de sua avó, e de seu pai, Mirinho, para que pudesse seguir na carreira de jogador de futebol. Ainda discorre sobre a morte do pai, que aconteceu quando ele estava em Milão, talvez um dos principais motivos que o levou a perder a vontade de jogar futebol. “Eu sou chorão mesmo, mas naquele momento foi ainda mais profundo. Fiquei apavorado. Minha cabeça girava. Tudo parecia estar em câmera lenta em volta de mim. Eu não entendia as palavras da minha mãe. ‘Meu filho, seu pai se foi.’ Foi para onde? Acorda ele, caralho. Porra, negão. Não gosto nem de lembrar desse dia. Foi muito pesado.”, ele relata.

 

O livro reconstrói também o episódio em que Ronaldo, o fenômeno, seu amigo que o recebeu na Inter e o convidou para morar com ele em Milão, o deixou em um aperto. Uma vez passando as férias no Rio de Janeiro, Ronaldo disse para Didico que queria ir com ele para a Grota. Adriano então avisa na comunidade que o fenômeno queria conhecer o Morro. Eles prepararam uma festa digna da visita ilustre, mas no fim Ronaldo não apareceu e Adriano teve que beber todas as latinhas de energético que havia no local para não desagradar o anfitrião da festa.

 

Adriano também revela o choque que sentiu ao receber o apelido de imperador na Itália quando retornou após a morte do pai. “A torcida esticou uma faixa que me quebrou, cara. Lembro como se fosse hoje. Estava escrito Nella gioia e nel dolore Adriano nostro Imperatore. Olha aqui. Já estou arrepiado. Tu quer me ver chorar de novo, né? Tu não entende italiano, não? Eu traduzo para você. ‘Na alegria e na tristeza, Adriano nosso Imperador.’ Tu consegue imaginar uma situação dessas? Chorei. Chorei mesmo.” Outros episódios marcantes de sua vida também são contados, como quando rescindiu contrato com a Inter, que previa multa de R$ 200 milhões de euros. Adriano: meu medo maior traz um panorama sobre os principais momentos da vida do jogador, de maneira sincera e com diversos elementos e referências pessoais, como gosto musical, gírias e tudo o que promete aproximar quem está lendo do que há de mais humano no imperador.

 

EVENTOS DE LANÇAMENTO
 

Rio de Janeiro: Dia 13/11 às 18h na Livraria da Travessa – Barra Shopping. Av. das Américas, 4666 - Loja 220 - Barra da Tijuca, Rio de Janeiro – RJ

São Paulo: Dia 28/11 às 18h na livraria Drummond - Av. Paulista 2073 - Conjunto Nacional, loja 153 - Consolação, São Paulo - SP

 

FICHA TÉCNICA

Título: Adriano: meu medo maior

Autores: Adriano e Ulisses Neto

ISBN: 978-85-422-2879-3

504 páginas

R$ 99.90

Editora Planeta

 

SOBRE OS AUTORES

Adriano, conhecido mundialmente como Adriano Imperador, nasceu no Rio de Janeiro e tornou-se um dos maiores ícones do futebol brasileiro e internacional. Revelado pelo Flamengo, despontou com sua força, técnica e habilidade, conquistando torcedores por onde passou. Brilhou em clubes como Internazionale de Milão, Fiorentina, Parma, São Paulo, Flamengo e Corinthians, além de ser uma peça fundamental na Seleção Brasileira, onde colecionou títulos e momentos inesquecíveis.

 

Ulisses Neto é jornalista e se dedica a contar histórias do futebol. Natural de Santos, se tornou súdito do esporte bretão na cidade que consagrou o Rei. Adriano, meu medo maior é seu livro de estreia, em parceria com o jogador. Documentarista, foi produtor-diretor das séries "Capitães do Mundo" (Netflix), "Capitães" (Netflix), e Earthshot Prize (BBC / Discovery+). Também atuou como diretor de conteúdo visual na plataforma norte-americana The Players' Tribune.

 

SOBRE A EDITORA 

Fundado há 70 anos em Barcelona, o Grupo Planeta é um dos maiores conglomerados editoriais do mundo, além de uma das maiores corporações de comunicação e educação do cenário global. A Editora Planeta, criada em 2003, é o braço brasileiro do Grupo Planeta. Com mais de 1.500 livros publicados, a Planeta Brasil conta com nove selos editoriais, que abrangem o melhor dos gêneros de ficção e não ficção: Planeta, Crítica, Tusquets, Paidós, Planeta Minotauro, Planeta Estratégia, Outro Planeta, Academia e Essência.