‘Atlântico Negro, Na Rota Dos Orixás’, será exibido de graça, dia 13 de junho na Casa de Rui Barbosa

 Mostra ‘Marcas Afrodiaspóricas’:

Filme ‘Atlântico Negro, Na Rota Dos Orixás’, será exibido de graça, dia 13 de junho, às 18h, na Casa de Rui Barbosa


Logo após a sessão, o diretor Renato Barbieri participará de um bate-papo com Pai Adailton e mediação do diretor executivo da Quiprocó Filmes, Fernando Sousa



Cena do filme “Atlântico Negro”


Investigar o processo diaspórico e a ligação histórica entre Brasil e África por meio de filmes, pesquisas e conversas. Esse é o mote da mostra cinematográfica gratuita “Marcas Afrodiaspóricas: História, Cinema e Memória”, promovida pela Quiprocó Filmes e pela Fundação Casa de Rui Barbosa e que, na edição de junho, que acontecerá dia 13, às 18h, apresentará o filme “Atlântico Negro, Na Rota dos Orixás”, do cineasta Renato Barbieri. Logo após a sessão, Barbieri se une ao Babalorixá do Ilê Axé Omiojuaro, Pai Adailton em um bate-papo sobre o filme, obra considerada uma importante referência nas relações Brasil-África. A mediação será do diretor executivo da Quiprocó, Fernando Sousa.


O filme “Atlântico Negro”, de 1998, faz uma viagem no espaço e no tempo em busca das origens africanas da cultura brasileira. Historiadores, antropólogos e sacerdotes africanos e brasileiros relatam fatos históricos e dados surpreendentes sobre as inúmeras afinidades culturais que unem as duas margens do Atlântico.


“Atlântico Negro é uma referência cinematográfica muito importante para pensar as relações África-Brasil, que de forma pioneira abordou a questão afrobrasileira em sua dimensão transântlatica. E quase 30 anos depois da sua produção permanece com alto potencial comunicativo, contribuindo para o debate com o grande público. Teremos uma grande noite na Casa Rui Barbosa”, afirma Fernando Sousa.


A mostra “Marcas Afrodiaspóricas” segue até julho promovendo sessões de cinema gratuitas, seguidas por conversas críticas, para abordar temas como os vínculos entre Brasil e África, o patrimônio material e imaterial gerado pelo processo afrodiaspórico e sua preservação, a luta dos diferentes povos negros e afrodescendentes por permanência e memória, entre outros temas. A curadoria é dos historiadores Eduardo Possidonio e Ivana Stolze Lima, especialistas em história da África e das heranças africanas no Brasil.


Projeto une cinema, história, memória e divulgação científica


As sessões da mostra acontecerão uma vez por mês, e ainda serão exibidos os filmes: “Atlântico Negro: Na Rota dos Orixás”, de Renato Barbieri (13 de junho); e “Pedra da Memória: Diálogos Brasil Benim”, de Renata Amaral (4 de julho). A  mostra marca também a retomada de eventos na Casa de Rui Barbosa.


“No país em que vivemos, somos provocados a refletir diariamente sobre as nossas relações com os povos africanos. Os documentários exibidos são fruto de pesquisas aprofundadas, apresentando práticas comunitárias e culturais relacionadas ao processo diaspórico e é um convite à reflexão por meio da linguagem do cinema”, diz Dora Motta, coordenadora de produção da Quiprocó Filmes.


Mais do que uma mostra de cinema, “Marcas Afrodiaspóricas: História, Cinema e Memória” é um projeto de divulgação científica e formação crítica para o conhecimento dos vínculos entre Brasil e África e realizado através da Lei Paulo Gustavo. 


“Muito além do trabalho forçado, mulheres, homens e crianças africanas trouxeram conhecimentos, técnicas e experiências comunitárias que emprestam a uma história de violência e dor, uma possibilidade de sobrevivência, resistência e criação cultural que importa a todos nós”, explica a curadora Ivana Stolze.


O objetivo é aprofundar a discussão sobre o processo criativo dos filmes, questionando as fundamentações teóricas que guiam as abordagens dos cineastas, por meio de falas de pesquisadores que também tratam dos temas, assim como os conceitos que influenciam suas escolhas e seleções.


“As muitas dimensões das travessias no mundo atlântico apresentadas nos documentários serão ponto de partida para uma reflexão e debate públicos que contribuam para perceber e emprestar visibilidade e valor às marcas afrodiaspóricas do Brasil atual”, conclui Eduardo Possidonio.


Serviço:

Mostra de cinema “Marcas Afrodiaspóricas: História, Cinema e Memória”

Atlântico Negro, Na Rota dos Orixás

Data: 13 de junho de 2024, quinta-feira

Horário: 18h

Local: Auditório da Casa de Rui Barbosa - R. São Clemente, 134 - Botafogo.

Grátis. Livre.


Sobre os curadores:

Eduardo Possidonio é Doutor em História pela UFRRJ com a tese “Caminhos do Sagrado: ritos centro-africanos e a construção da religiosidade afro-brasileira no Rio de Janeiro do Oitocentos”. Lattes: http://lattes.cnpq.br/2644743733811599  


Ivana Stolze Lima é Doutora em História pela UFF e pesquisadora da Fundação Casa de Rui Barbosa.  Uma das organizadoras de “Diáspora mina: africanos entre o Golfo do Benim e o Brasil” (2020), dentre outros. Lattes: http://lattes.cnpq.br/5955973975215372 


Sobre os debatedores:

Renato Barbieri é cineasta e diretor de criação da GAYA Filmes, sediada em Brasília. É diretor do filme “Pureza”, com Dira Paes. Como diretor, produtor e roteirista, realiza filmes de longa-metragem e séries para TV nos formatos ficção, documentário e animação, sempre tendo como foco principal produtos audiovisuais de relevância social e ambiental. Começou na direção em 1983, na produtora Olhar Eletrônico, em São Paulo, onde realizou os premiados curtas “Do Outro Lado da Sua Casa”, “Duvideo” e “Expiação”. Foi diretor do Jornal de Vanguarda, na Band, em 1988/89. Em 1996 radicou-se em Brasília e realizou títulos premiados, como Atlântico Negro – na Rota dos Orixás; Cora Coralina – Todas as Vidas; A Invenção de Brasília; Cidades Inventadas; As Vidas de Maria; Lendas Animadas; Brasil Migrante; A Revolta dos Cabanos; Terra de Quilombo – Espaços de Liberdade; Malagrida; Felix Varela; Bianchetti e Guerra da Independência na Bahia, dentre outros. Atualmente está em fase de lançamento dos longas Pureza (fic) e Servidão (doc), ambos sobre o Trabalho Escravo contemporâneo no Brasil, do telefilme Ventos que Sopram PARÁ, sobre a cena musical no estado do Pará, e a série para TV Consciência³, sobre o fenômeno da consciência. É curador e produtor do Teste de Audiência desde 2007. É sócio-fundador e ex-diretor da CONNE – Conexão Audiovisual Centro Oeste, Norte e Nordeste.


Pai Adailton ou Adailton Moreira Costa é babalorixá do Ilê Axé Omiojuaro, graduado em Ciências Sociais pela PUC Rio, Mestre em Educação pela UERJ e doutorando em Bioética pela UFRJ. Também é colunista do ICLnoticias e membro da Renafro (Rede nacional de religião afro-brasileira e saúde) e da Rede Afro Ambiental.


Fernando Sousa é doutorando em Sociologia Política na UENF, Mestre em Ciências Sociais pela UERJ e Bacharel em Ciências Sociais pela UENF. Assina a pesquisa e o argumento do curta Manobreiro de Água e estreia como diretor e roteirista com o filme Intolerâncias da Fé, produzido para a faixa Sala de Notícias do Canal Futura. Assina a direção e roteiro dos documentários Nosso Sagrado, Nossos Mortos Têm Voz, Memórias de Aço, Respeita Nosso Sagrado e Entroncamentos, exibidos e premiados em festivais nacionais e internacionais, destacando-se o prêmio de melhor documentário do 42º Encontro da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Ciências Sociais, vencendo o 3º Concurso de Documentários da TV Câmara e recebendo menções honrosas no 9º Festival Internacional de Cine Político de Buenos Aires, no 12º Festival Visões Periféricas, no Sydney Australian Film Festival e no 46º Encontro da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Ciências Sociais. Atua como diretor e produtor executivo em projetos que abordam temáticas raciais, afrodiaspóricas, religiosas e de direito à memória.


Sobre a Quiprocó Filmes:

A Quiprocó Filmes é uma produtora audiovisual independente, sediada no Rio de Janeiro, que busca provocar mudanças através de um olhar inquieto. Criamos imagens atentas às histórias, emoções e afetos, a partir de diferentes vozes, transformando a maneira que as pessoas vêem suas próprias vidas e os diferentes elementos da nossa cultura. Criamos conteúdo para Cinema, TV e streaming. Produzimos conteúdo publicitário e institucional para organizações e empresas. Realizamos oficinas audiovisuais em parceria com instituições da sociedade civil.


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