Seminário gratuito “Artes afro-brasileiras: estéticas, ativismos e poder”, com Lilia Schwarcz. e Flavio Gomes, no Centro Cultural Sesc Quitandinha, em Petrópolis
Centro
Cultural Sesc Quitandinha apresenta
Seminário gratuito “Artes afro-brasileiras: estéticas, ativismos e poder”, com Lilia Schwarcz. e Flavio Gomes
O papel de artistas e personagens
afro-brasileiros em nossa formação e cultura
Centro Cultural Sesc Quitandinha,
Petrópolis
5 de agosto de 2023, às 15h
Entrada gratuita
O Centro Cultural Sesc Quitandinha, em
Petrópolis, tem o prazer de convidar, no dia 5 de agosto de 2023, às 15h, para o seminário gratuito “Artes
afro-brasileiras: estéticas, ativismos e poder”, com a historiadora e antropóloga Lilia Schwarcz, e o historiador Flávio Gomes, curador da área de pensamento – linguagem escrita,
literária e oral – de “Um oceano para
lavar as mãos”, a exposição
inaugural do Centro Cultural Sesc
Quitandinha, em Petrópolis, que ficará em cartaz até o dia 17 de setembro de 2023.
“No Brasil – como em todas as partes do mundo – as artes e seus protagonistas foram paisagens e personagens de insurgências, inflexões, falas e imagens. Quase nunca reconhecidas, e mesmo invisibilizadas, as artes afro-brasileiras produziram sinais únicos para as culturas brasileiras. É possível tomar as formas artísticas negras como narrativas e linguagens de protestos e projetos políticos de inclusão e poder”, diz Flávio Gomes. “Neste seminário, Lilia Schwarcz nos apresenta reflexões sobre estas dimensões ambíguas de silêncios e sons entre insurgências artísticas na diáspora contemporânea”, explica.
Este é o último dos quatro seminários previstos na programação da
exposição de “Um oceano para lavar as mãos”. Já foram
realizados – desde a abertura da mostra, em abril – três seminários: “Performances, escrita e personagens”, com
a escritora, roteirista e jornalista Eliana
Alves Cruz e o escritor, ensaísta, dramaturgo e roteirista Tom Farias; “Gênero, Arte e Diáspora”,com as historiadoras Iamara Viana e Raquel
Barreto; e “Rebeldes Diásporas”,
com os historiadores João José Reis,da
Universidade Federal da Bahia, e Isadora
Mota, da Princeton University, nos Estados Unidos. Esses seminários foram
registrados em vídeo, e seu lançamento será anunciado no perfil da exposição no
Instagram: @umoceanoparalavarasmaos.
“UM OCEANO PARA LAVAR AS MÃOS”
A exposição “Um
oceano para lavar as mãos”, que tem curadoria de Marcelo Campos e Filipe Graciano, reúne obras dos artistas negros
Aline Motta, Arjan Martins,Ayrson Heráclito,Azizi Cypriano, Cipriano, Juliana dos Santos,LidiaLisbôa, Moisés Patrício, Nádia
Taquary, Rosana Paulino, Thiago Costa e Tiago Sant'ana, que ocupam um espaço monumental de 3.350 metros quadradosdo Centro Cultural Sesc Quitandinha, em
Petrópolis.
A exposição é acompanhada, até seu término, em 17 de setembro de 2023,
de uma programação gratuita de música, cinema, teatro, literatura,
atividades infantis, oficinas e seminários.
O Café Concerto do Centro Cultural Sesc Quitandinha, amplo
teatro com capacidade para 270 pessoas,
sedia a programação de música e cinema.
A curadoria de música é do
cantor, compositor, violonista e poeta baiano Tiganá Santana. A mostra de
cinema tem como curador Clementino
Junior, cineasta dedicado à difusão da obra audiovisual racializada. Flávio Gomes, pesquisador da história
atlântica: escravidão e emancipação nas Américas, é o curador das ações da linguagem escrita, literária e oral,
formatadas como seminários, na Biblioteca.
O grupo Pretinhas
Leitoras, formado pelas gêmeas Helena
e Eduarda Ferreira, nascidas em 2008 no Morro da Providência, no Rio de
Janeiro, está à frente das atividades
infantis, que são feitas na Sala de
Crianças do CCSQ. Para ampliar a percepção do público das obras expostas, estão
programadas seisoficinas, e a
primeira delas, o Ateliê de Artista,
com Cipriano, será feito também no
dia 29 de julho.
Os
curadores-gerais da exposição “Um oceano
para lavar as mãos” destacam que “pensar a história do Brasil é se
aproximar, inevitavelmente, de um passado diaspórico. O corpo negro se
reconfigura em lócus de outros atravessamentos que, hoje, apresentam-se em uma
renovada potência crítica quando nos conscientizamos dos sujeitos
invisibilizados por um passado colonial, imperial e escravocrata. Um mar de
distância separa saberes e tradições de sujeitos desapropriados e sequestrados
de suas terras que passaram a ser explorados. Um mar, um oceano, onde muitos
lavaram as mãos em sentido duplo é ambíguo. Se ainda vivemos em uma sociedade
racista, pouco foi feito para a igualdade racial. Contudo, este mesmo mar nos
traz as divindades que nos ajudam a limpar e expurgar tanta desumanidade. A
partir dessas observações constrói-se coletivamente a exposição ‘Um oceano para
lavar as mãos’”.
SOBRE LILIA SCHWARCZ
Lilia Moritz Schwarcz é
professora sênior do Departamento de Antropologia da USP e Global Scholar (até
2018), e atualmente Visiting Professor, em Princeton, nos EUA. Publicou vários livros, como: “Retrato em branco
e negro” (1987), “Espetáculo das raças” (1993), “As Barbas do Imperador”
(1998); “A longa viagem da biblioteca dos reis” (2002), “O sol do Brasil”
(2008); “Brasil uma biografia” (com Heloisa Starling, 2015), “Um enigma chamado
Brasil” (com André Botelho), “Dicionário da escravidão e da Liberdade” (com
Flavio Gomes), 2018; “Lima Barreto triste visionário” (2018); “Sobre o
autoritarismo no Brasil” (2019), “Bailarina da morte: a gripe espanhola de 1918”,
com Heloísa Starling (2020), “Enciclopédia Negra” (com Flávio Gomes e
Jaime Lauriano (2021), “O sequestro da independência” (2022, com Lúcia Stumpf e
Carlos Lima). Recebeu diversos prêmios
literários, como o Jabuti (oito vezes), o prêmio APCA (três vezes), o
prêmio Biblioteca Nacional e o prêmio da Anpocs de livro do ano em 2019.
Foi curadora de algumas
exposições, como: “A longa viagem da biblioteca dos reis” (2006), “Nicolas-Antoine
Taunay: uma tradução francesa dos trópicos” (2008), “Uma história do Brasil”,
São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Curitiba, Belo Horizonte), em 2013, “Histórias
mestiças” (2014, São Paulo), “Histórias da infância” (2016, São Paulo), “Histórias
afro-atlânticas” (com Adriano Pedrosa, AyrsonHieráclito, Helio Menezes e Tomás
Toledo, 2018, São Paulo, Washington, Los Angeles), “Histórias das Mulheres”
(2019), “Enciclopédia Negra” (2021 e 2022, SP e Rio), “Dalton Paula, Retratos
brasileiros” (São Paulo, 2022), “O retrato do Brasil é preto: a obra de O
Bastardo” (MAR, 2023), “Brasil futuro as formas da democracia” (Brasília,
Belém, 2023). Teve bolsa da
Guggenheim Foundation (2006/ 2007), e da John Carter Brown Library (2007) e da
Humbold Foundation (2022-23). Foi Professora
Visitante nas Universidades de Oxford, Leiden, Ècole, e Brown e Tinker
Professor na Columbia University (2008). Recebeu a Comenda do Mérito Científico em 2010, é membro do American comitê
do Humansrightwatch, e membro do Conselho para o Desenvolvimento do governo
Lula.
SOBRE FLÁVIO GOMES
Flávio
Gomesé historiador especializado na história da escravidão atlântica. É
estudioso dos quilombos e do campesinato negro. É professor associado da UFRJ,
pesquisador do CNPq e autor de “Histórias
de quilombolas” (Companhia das Letras, 1996 e 2005), “Negros e políticas”(Zahar, 2005), “A hidra e os pântanos” (Editora Unesp, 2006), “Mocambos e quilombos”(Claro Enigma, 2015), entre outros. Organizou
várias coletâneas, com destaque para a recém lançada “Revoltas Escravas no Brasil” (Companhia das Letras, 2021) com João José Reis,"Dicionário da Escravidão e da Liberdade” (Cia das Letras,
2018), com Lilia Schwarcz,"Enciclopédia Negra" (Cia das
Letras, 2021), com Lilia Schwarcz e Jaime Laureano.Tem realizado
pesquisas comparativas sobre cartografia da escravidão em Cuba, Guiana Francesa
e Brasil.
SERVIÇO: seminário “Artes afro-brasileiras: estéticas, ativismos e poder”
5
de agosto de 2023, às
15h
Centro Cultural Sesc Quitandinha
Entrada gratuita
Terça a domingo, e feriados, das 9h30 às 17h (conclusão do itinerário
até às 18h)
Visitas guiadas: terças a domingos e feriados, das 10h às 16h30
(conclusão do itinerário até as 18h)
Visitação ao entorno do Lago Quitandinha: terças a domingos e feriados,
das 9h às 17h (em caso de chuva a visitação é suspensa)
Centro Cultural Sesc Quitandinha
Avenida Joaquim Rolla, nº 2, Quitandinha, Petrópolis
Entrada gratuita
Assessor de Imprensa Sesc RJ – Wando Soares
+5521.98845.2931
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