Fabiana Cozza faz show gratuito no Centro Cultural Sesc Quitandinha, em Petrópolis, com músicas de “Dos Santos” (2020), seu oitavo álbum de estúdio, em que louva sua ancestralidade afro-brasileira
O
espetáculo integra a programação da exposição inaugural “Um oceano para lavar
as mãos”, que tem curadoria de Marcelo Campos e Filipe Graciano, que oferecerá
até 17 de setembro ações nas áreas de música, cinema, pensamento e crianças
Centro Cultural Sesc Quitandinha,
Petrópolis
6 de maio de 2023, às 19h
Entrada gratuita
Dentro
da programação cultural gratuita que
acompanha “Um oceano para lavar as mãos”,
exposição inaugural do Centro Cultural Sesc Quitandinha, em
Petrópolis, será realizado no dia 6 de
maio de 2023, às 19h, o show “Dos Santos”, com a cantora Fabiana Cozza, que vai mostrar as
músicas de seu oitavo álbum de estúdio, em que louva sua ancestralidade
afro-brasileira, e estreia como compositora. A curadoria da área de música da
programação – que irá até o término da exposição, em 17 de setembro de 2023 – é
do músico e compositor baiano Tiganá
Santana.
Os
músicos que acompanham Fabiana Cozza são:
FiMaróstica (baixo e direção musical), Fábio
Leal (guitarra) e Matheus Marinho (bateria).
Lançado em setembro de 2020, “Dos Santos” traz músicas inéditas, criadas
especialmente para o álbum por compositoras e compositores oriundos de sete estados brasileiros –
além do cantor e instrumentista Mu Mbana,
da Guiné Bissau, que gravou com Fabiana Cozza “Oxalá um dia”, de Tiganá
Santana. O álbum é dedicado ao universo cultural das
religiões de matriz afro-indígena brasileiras. Estão presentes a deferência e
valorização das liturgias e filosofias banto e iorubá que dialogam com a
herança negra em diáspora criada nos terreiros de candomblé, umbanda, jurema e
demais cultos de tradição afro.
“Trata-se de um manifesto poético-musical-antirracista”, afirma Fabiana
Cozza, cuja cultura do sagrado afro-brasileiro é sua inspiração e matriz.
O
roteiro do show incluirá as músicas: “Oxalá um Dia...” (2’56”), de Tiganá Santana; “Bravum de Elegbara” (03’49”), de Moyseis
Marques e Luiz Antonio Simas; “Ogã de Ogum”(3’03”), de Moyseis
Marques e Luiz Antonio Simas; “Oração a
Ossain” (2’40”), de Pedro Luís e Carlos Rennó; “Tempo Velho”(4’57”), de Douglas Germano; “Dona do Mato” (2’10”), de Roque Ferreira; “Doce Oxum”(6’02”), de Gisele de Santi; “Cânticos para Iemanjá”(1’37”), domínio popular; “Filhas de Iemanjá” (4’11”), de Vidal
Assis; e “Canto pra Xangô” (1’55”), domínio
popular,“Manhã de
Obá” (4’39), de Ceumar e Fabiana Cozza, “Senhora Negra” (3’), de Sérgio Pererê, “Kabiecilê”
(3’01), de Luciana Rabello e Paulo César Pinheiro, e “Caboclaria” (2’59), de Alfredo Del-Penhoe Luiz
Antonio Simas.
SOBRE
FABIANA COZZA
Fabiana Cozza (1976) é
paulistana, cantora e jornalista. Considera o Colégio Equipe a janela que
conduziu sua formação humanista e profissional. Graduou-se em Comunicação
Social pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) e exerceu o jornalismo
durante oito anos, em diferentes mídias, sendo sua última atuação na Copa de
2002. Deixou o Jornalismo aos 24 anos para assumir sua carreira artística de
intérprete que passa também pelo teatro e a dança. Trabalhou nos musicais “Os Lusíadas”, com direção de
IacovHillel e Magda Pucci; “A
luta secreta de Maria da Encarnação”, última peça escrita por
Gianfrancesco Guarnieri, com direção musical de Renato Teixeira e Nathan
Marques; “O Canto da Guerreira –
20 anos sem Clara Nunes”; “Ary
Barroso”; “Rainha Quelé–uma
homenagem a Clementina de Jesus”, com direção de Heron Coelho. Foi
dirigida pelo ator e diretor Gero Camilo em “Razão Social” (2016), por Luiz Fernando Lobo no
musical “Canto Negro” (2019).
Desde 2015 tem seus projetos pessoais dirigidos pelo ator Elias Andreato,
dentre eles: “Ay, Amor!” (canto
teatral para Bola de Nieve– desde 2015) e “Canto da noite na boca do vento” (canções de Ivone Lara e
parceiros – 2019).
Estudou danças brasileiras com
Tião Carvalho e Renata Lima. Aprendeu também observando brincantes dos
terreiros e festas populares, das quais participou de Norte a Sul do Brasil.
Trabalhou dança contemporânea e consciência do movimento com o mineiro Jorge
Balbyns, discípulo de Klaus Vianna; Ismael Toledo; Irineu Nogueira – que a dirigiu
em “Quando o céu clarear”
(2008), passando também pelo bailarino e coreógrafo JC Violla que fez a direção
de movimento de “Canto Sagrado”,
em homenagem a Clara Nunes (2013).
Estudou canto popular, teoria
musical e prática de conjunto na Universidade Livre de Música Tom Jobim (atual
Emesp) por quatro anos. Seguiu seu trabalho técnico com os professores: Sira
Milani, Maúde Salazar, Vânia Pajares, Felipe Abreu, DavideRocca. Atualmente é
orientada pela professora do Pantheatre, de Paris, Linda Wise.
Tem sido anunciada por críticos
e público como uma intérprete de destaque na música brasileira
contemporânea. “Canto da noite na
boca do vento” (gravadora Biscoito Fino) foi seu sétimo CD gravado,
lançado em 2019. Em setembro de 2020 lançou “Dos Santos”, oitavo trabalho, independente, um trabalho de
defesa – musical, política, cidadã – destaque de cultura matricial, lugar de
berço, do muito produzido e estruturado no Brasil. Faz sua estreia como
compositora ao lado de Ceumar, na canção “Manhã de Obá”.
Em 2017, publicou seu primeiro
livro de poemas, “Álbum Duplo”,
pela editora Pedra Papel Tesoura.
Venceu duas edições do Prêmio
da Música Brasileira: 2012 – Melhor Cantora de Samba e 2018 – Melhor Álbum em
Língua Estrangeira (por “Ay, Amor!”)
Entre as colaborações
internacionais, destacam-se:turnê com o saxofonista japonês Sadao Watanabe
(2008, 2010 e 2014), concerto com a orquestra alemã HR Big Band (2011), gravação
com o artista MúMbana (Guiné Bissau, 2015/2020) e projeto Conexão Brasil-Cuba com
cantora cubana Omara Portuondo (2018).
Fabiana tem levado a música
brasileira a festivais em Israel, Alemanha, França, Canadá, EUA, Bulgária,
Chile, Espanha, Portugal, Suécia, Cuba, Moçambique, Cabo Verde.A artista tem
produzido seus projetos com parceiros e sido convidada a participar de mesas,
workshops, simpósios e projetos sobre voz, interpretação, cultura
afro-brasileira, empreendedorismo negro, curadoria (foi curadora artística
da “Ocupação Cartola”, no Itaú
Cultural, em 2016). Como extensão de seu trabalho, desenvolve estudos e
orientação para cantores, atores e pessoas interessadas em revelar sua
expressão artística através de sua voz. Ministra a oficina “O Corpo da
voz” para profissionais que utilizam a voz como instrumento de trabalho.Mestre em
Fonoaudiologia pela PUC-SP.
“UM OCEANO PARA LAVAR AS MÃOS”
A exposição “Um
oceano para lavar as mãos”, que tem curadoria de Marcelo Campos e Filipe Graciano, reúne obras dos artistas negros
Aline Motta, Arjan Martins, Ayrson Heráclito, Azizi Cypriano, Cipriano, Juliana dos Santos,Lidia Lisbôa, Moisés Patrício, Nádia
Taquary, Rosana Paulino, Thiago Costa e Tiago Sant'ana, que ocupam um espaço monumental de 3.350 metros quadrados do Centro Cultural Sesc Quitandinha, em
Petrópolis.
A exposição será acompanhada, ao longo de sua duração, de uma programação gratuita de música, cinema, teatro, literatura,
atividades infantis, oficinas e um seminário.
O Café Concerto do Centro Cultural Sesc Quitandinha, amplo
teatro com capacidade para 270 pessoas,
sedia a programação de música, cinema e seminário.A curadoria de música
é do cantor, compositor, violonista e poeta baiano Tiganá Santana. A mostra de
cinema tem como curador Clementino
Junior, cineasta dedicado à difusão da obra audiovisual racializada. O
grupo Pretinhas Leitoras, formado
pelas gêmeas Helena e Eduarda Ferreira,
nascidas em 2008 no Morro da Providência, no Rio de Janeiro, está à frente das
atividades infantis, que serão feitas na Biblioteca
do Centro Cultural. Para ampliar a percepção do público das obras expostas,
haverá oito oficinas e laboratórios,
nos salões da exposição e nas Varandas. Flávio Gomes, pesquisador do pensamento social e da história do
racismo, da escravidão e da história atlântica, é o curador das ações da linguagem escrita, literária e oral paralelas
à exposição.
SERVIÇO: show de Fabiana Cozza
6 de maio de 2023, 19h
Centro Cultural Sesc Quitandinha
Entrada gratuita
Terça a domingo, e feriados, das 9h30 às 17h (conclusão do itinerário
até às 18h)
Visitas guiadas: terças a domingos e feriados, das 10h às 16h30
(conclusão do itinerário até as 18h)
Visitação ao entorno do Lago Quitandinha: terças a domingos e feriados,
das 9h às 17h (em caso de chuva a visitação é suspensa)
Centro Cultural Sesc Quitandinha
Avenida Joaquim Rolla, nº 2, Quitandinha, Petrópolis
Entrada gratuita
Assessor de Imprensa Sesc RJ – Wando Soares
+5521.98845.2931
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