8/12, SESC Ramos e Tijuca: história de um "Brasileirinho” no infantil “Ritmar, musicar... Vamos brincar?”
Apresentações no dia 8/12 através do Edital SESC de Cultura RJ PULSAR 2021/2022
Ramos | Sala multiuso| 10h30
Tijuca | Teatro 1 | 14h
O percurso performativo teatral literário afro-brasileiro, de contação de história, "Ritmar, musicar... Vamos brincar?” conduzido pela atriz, performer, escritora e ilustradora, Dayze Nascimento, leva o público a uma caminhada de encontros e surpresas, rica de sons, palavras e imagens. O “roteiro está baseado no livro bilíngue Giocando con il Samba" de sua autoria, publicado pela Editora Sinnos (Roma/ Itália, 2002). A entrada para as duas apresentações é gratuita.
As ilustrações com projeções audiovisuais, compõem o cenário. Entre uma projeção e outra a atriz-performer interage com o público contando a história, fazendo uso da música, do canto e do movimento rítmico do corpo. No final, acontecem atividades de jogos (ritmos vocais e corporais) com participação das crianças.
O percurso: "Ritmar, musicar... Vamos brincar?”
_ Um pintinho de nome Brasileirinho nasce com um som particular, muito parecido com o instrumento de nome cuíca. Suas frases rítmicas contagiam toda a comunidade, como também, seus ensinamentos sobre viver em harmonia com as diversidades. Valorizar e respeitar o meio ambiente, entre outras coisas - explica Dayze.
Conheça o impacto do percurso performativo teatral literário e afro-brasileiro de
contação de história
Busca-se estimular o interesse das crianças pela leitura através do ritmo, das artes cênicas e visuais, respeitando suas diferenças e formas privilegiadas de conhecer o mundo por meio do brincar. O projeto reforça o encontro entre as famílias, os filhos e a comunidade escolar. “Entendemos que, por meio das atividades lúdicas são estimuladas as ações de afeto, de prazer, de ser e de viver em harmonia com as diversidades” - acrescenta a atriz.
Com o trabalho, ela espera atrair não apenas as crianças com seus pais ou responsáveis, mas também professores, estudantes do magistério e das licenciaturas, pois pensa em contribuir na implementação da Lei 10.639/03, inclusão da cultura afro-brasileira nas escolas. Assim, fortalecer o encontro entre educação, cultura e arte, em diálogo e elaboração conjunta com as artes cênicas, artes visuais, audiovisual, música e dança.
_ O percurso, com formato intercultural, intertextual e intertransdisciplinar, ajuda no fomento de novas metodologias e de ensino-aprendizagem nas escolas. Para que professores, pais e alunos ao mergulharem em temas pertinentes à realidade brasileira, possam combater o racismo e o ódio às diferenças.
No ano de 2002 o livro impresso e bilíngue "Giocando con il Samba" foi publicado pela Editora Sinnos (Roma/ Itália). Em 2020/21 ele é adaptado com o título "Brincando com o Samba" em formato de audiolivro, ilustrado e musicado, incluindo videoaulas e oficinas e ganha o Prêmio Arte & Escola (Lei Aldir Blanc/ Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro). E, neste ano, tem uma nova adaptação, versão presencial, passando a se chamar “Ritmar, musicar… Vamos brincar?”. Projeto selecionado para apresentação literária pelo edital SESC Cultura Pulsar RJ, 2021/2022.
Do SESC de Manaus para o Rio e Roma
Sua carreira como atriz começou na cidade de Manaus em um Teatro de Bolso (SESC Manaus/AM) com 60 lugares, onde a artista criou, atuou e desenvolveu alguns personagens em evidência. Uma época que não existiam papéis para atrizes negras na dramaturgia brasileira.
p. 286: "[...] vale ressaltar que a atriz que interpretava Maria Pequenina, Dayse Ângela Azevedo, é negra e na época isso tinha um peso maior, pois em Manaus, embora comprovadamente existam quilombos no perímetro urbano há muito tempo, era ínfimo o número de atores negros. Dayse pode ser considerada uma das primeiras atrizes negras, em plena década de 1980". (Dinne Queiroz "O Teatro Experimental do SESC". Mestrado USP/ 2020)
_ Foi quando comecei a descobrir, a sentir, a ter consciência do movimento do corpo e de sua expressão na relação com o território e com o outro, de cultura diferente da minha. Ali, fui levada pela ação cênica a um contexto da vida cotidiana. Eu, enquanto mulher negra e carioca, me vi num espaço de encontros entre as culturas: nativa do Brasil, afrodescendente e europeia – comenta.
E a atriz, segue lembrando o que para ela foi uma oportunidade única:
_ Sou muito grata ao SESC por esse momento na minha carreira e pelo seu grande incentivo à cultura. Meu agradecimento em especial ao Márcio Souza, autor e diretor do TESC por todo aprendizado oferecido aos artistas integrantes da companhia, essencial para mim até hoje - conclui.
Um pouco mais sobre a multiartista que oferece capacitação para professores e alunos
Mestre em Artes Cênicas pela UNIRIO e formação em dança pela Escola Angel Vianna. Morou por 15 anos na capital da Itália, lugar que se formou em Teatro Arte e Performance pela Universidade "La Sapienza di Roma". Em Roma idealizou e desenvolveu nas escolas públicas o “Laboratório Performativo de Pedagogia Teatral Afro-brasileiro” - LPTAB, programa criado pela artista sob percurso intercultural e intertransdisciplinar para alunos e professores, dando início ao “Percurso Performativo Teatral Literário” de contação de histórias.
Produtora, mediadora cultural e autora de literatura para a infância
Dayze Nascimento cria a “Escolinha de Artes Fundo do Quintal" (1981) na cidade de Manaus e a EspressartBrasile (1988). Em 2018 torna-se responsável pelo Ponto de Cultura – EspressartBrasile: Rede Mediação Cultural Escola Comunidade (RMCEC).
FICHA TÉCNICA
Roteiro, direção, ilustrações, atuação: Dayze Nascimento
Trilha sonora: “Moro na Roça” (José Batista/ Arnaldo Passos); “Ziriguidum” (Monsueto Menezes); “Que Beleza” (Tim Maia); “Folhas Secas Estão”, “Pra Ser Feliz e Brincar” e “Ovo Novo Chegou” (Dayze Nascimento – sendo que as duas últimas com arranjos de Luiz Henrique e Prado de Farias); Percussão: Geiza Carvalho; Violão e cavaquinho: Paulo Raymundo.
Iluminação: Luiz Lopes/ Fotos: João Bosco, Ierê Ferreira e Edu Prestes/ Marketing digital: Andrezza de Paulo/ Assessoria de Imprensa: Clóvis Corrêa/ Assistente de Produção: João Bosco/ Realização: EspressartBrasile Produções Artísticas.
Mais informações
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SERVIÇO
“Rimar, musicar... Vamos brincar?”
2 apresentações, 8/12, quinta-feira.
● às 10h30 - Sala Multiuso do SESC Ramos. Endereço: Rua Teixeira Franco, 38. Telefone: (21) 4020-2101.
● às 14h – Teatro 1 SESC Tijuca. Rua Barão de Mesquita, 539. Telefone: (21) 4020-2101.
Duração de cada apresentação: 30 minutos. Indicação/ faixa etária: crianças entre 4 e 7 anos e seus responsáveis: pais, mães, vovó, vovô. Professores, alunos de magistério e licenciaturas e outros.
Entrada franca
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