Museu do Pontal inaugura exposição em homenagem aos 80 anos do grande percussionista e pesquisador Djalma Corrêa

 

Djalma Corrêa em gravação de campo com romeiros e cantadores. Bom Jesus da Lapa - BA - Ago1973_Foto:acervo Djalma Corrêa 

Um dos mais importantes percussionistas da música popular brasileira, integrante do lendário show “Doces Bárbaros”, com Gal Costa, Maria Bethania, Caetano Veloso e Gilberto Gil, Djalma Corrêa também é um pesquisador de sonoridades africanas e afro-diaspóricas.  Fotografias e gravações de seu acervo permitirão ao público um mergulho em sua trajetória. Em homenagem aos seus 80 anos, e também em celebração ao Mês da Consciência Negra, haverá uma programação cultural, com atividades para todas as idades.

 

Museu do Pontal, Barra da Tijuca, Rio de Janeiro

Abertura: 12 de novembro de 2022, a partir das 15h

Entrada gratuita ou contribuição voluntária>
https://site.bileto.sympla.com.br/museudopontal/

Patrocinador Estratégico: Lei de Incentivo à Cultura e

Instituto Cultural Vale

Patronos: BNDES, Itaú, Repsol Sinopec Brasil,

Ternium e Prefeitura do Rio

Realização: IBRAM/Secretaria Especial da Cultura/Ministério do Turismo

 

 O Museu do Pontal inaugura no dia 12 de novembro de 2022, às 15h, a exposição “Djalma Corrêa – 80 Anos de Música e Pesquisa”, que reúne fotografias e gravações do acervo do músico considerado um dos mais importantes percussionistas da música popular brasileira, e dá destaque ao seu precioso trabalho de pesquisa de sonoridades africanas e afro-diaspóricas.  A exposição é resultado do trabalho de preservação do Acervo Djalma Corrêa, desenvolvido nos últimos anos pelo próprio músico, junto com seu filho José Caetano Dable Corrêa, e Cecília de Mendonça, que faz seu doutorado sobre a trajetória e o acervo de Djalma. Ela assina a curadoria compartilhada da exposição, junto com Angela Mascelani e Lucas Van de Beuque, diretores do Museu do Pontal

 

Na abertura da exposição, às 15h, haverá uma conversa aberta com Cecília de Mendonça e José Caetano Dable Corrêa sobre o Acervo de Djalma Corrêa, suas ações de pesquisa e de preservação. Será debatido também o aprofundamento da Coleção de Culturas Populares, primeira coleção organizada do acervo por meio do projeto “Acervo Djalma Corrêa: Música e Cultura Afro-brasileira” (2019-2021), desenvolvido pela associação cultural Balafon com apoio do programa Rumos Itaú Cultural, que teve como foco principal a identificação, descrição e digitalização de parte do acervo do músico.

 

Antonio-Matias-Celestino-Mestre-Boi-Acervo-Centro-de-Tecnologias-Altern

Após a roda de conversa, será exibido o registro audiovisual do show Candomblé 40, idealizado e produzido em 2017 por Roberto Barrucho, com pesquisa de Natália Grilo, em que Djalma Corrêa tocou com os músicos Rodrigo Maré e Thomas Harres para recriar temas gravados no disco gravado 40 anos, como cânticos rituais Ketu e de outras nações africanas que aqui chegaram, além de conduzir a criação da música espontânea.

 DOCES BÁRBAROS, GILBERTO GIL E ÁFRICA

Djalma Corrêa nasceu em 1942, em Ouro Preto, Minas Gerais, e iniciou sua trajetória como baterista em Belo Horizonte. Ainda bem jovem seguiu para Salvador, onde criou o grupo Baiafro, que se propunha a fazer uma releitura contemporânea de temas da diáspora negra, que se tornou um conceito que acompanha Djalma em todas as suas experiências musicais. Outra marca de seu trabalho é a música espontânea, aquela feita de forma livre, sem regras, na troca e na escuta entre os músicos. Com sua riquíssima percussão, Djalma abriu novos caminhos e participou de centenas de gravações dos mais importantes nomes da música brasileira e internacional, e com Gil, Gal, Bethânia e Caetano integrou o espetáculo Doces Bárbaros. Dentre inúmeros festivais em que esteve presente, Djalma participou do II FESTAC (Festival de Arte e Cultura Negra), em Lagos, Nigéria, acompanhando Gilberto Gil. Entre janeiro e fevereiro de 1977, eles participaram e acompanharam a programação deste evento de grandes proporções, que recebeu cerca de 16 mil participantes, representando 56 nações africanas e países da Diáspora Africana. Foi uma experiência única, que possibilitou aos artistas brasileiros conhecer a música tradicional de diversos países africanos e também ter contato com sonoridades da África contemporânea, como a Juju Music e o Hi-Fi. 

 

Djalma fez muitos registros dos grupos que se apresentaram, e ainda das feiras de rua, da arte em muros e parques de Lagos. Alguns desses registros estão presentes na exposição, assim como parte da documentação de festas populares feitos no Brasil nos anos 1960 e 1970.  Nessa época, Djalma viajou por 11 estados das regiões Nordeste, Norte e Sul do país, registrando, em áudios, fotos e vídeos centenas de grupos tradicionais, festas populares e terreiros.

 

A exposição é parte de um projeto contemplado pelo FOCA – Programa de Fomento à Cultura Carioca da Secretaria Municipal de Cultura/ Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro.

 

PROGRAMAÇÃO CULTURAL E EDUCATIVA

·                    Sábado, 12 de novembro

10h – Oficina de percussão ABC Toca, com Pedro Sayd

O percussionista, professor e arte educador Pedro Sayd apresenta aos participantes instrumentos como alfaia, agbe, timbal e agogô, passeando por ritmos brasileiros como coco e ijexá.

Classificação: a partir de 7 anos.

15h – Abertura da exposição “Djalma Corrêa - 80 Anos de Música e Pesquisa” e Conversa com Cecília de Mendonça e José Caetano Dable Corrêa sobre o Acervo de Djalma Corrêa: pesquisa e ações de preservação. 

 

1211 ABC TOCA oficina de percussão (Sábado - 10h)_ALFAIAPULOCLASSICO

11h e 15h – Visita Musicada pela Arte e Cultura Popular Brasileira

Classificação: livre

Capacidade: dez pessoas a cada vez.

As visitas musicadas foram criadas para atender a uma demanda do público que quer conhecer mais profundamente a arte popular do Brasil. Os roteiros são adaptados às diferentes faixas etárias, e alguns temas podem ser priorizados durante a visita, de acordo com a solicitação do público. São visitas lúdicas, que mexem com a memória afetiva dos visitantes, em que são utilizados diferentes instrumentos musicais que tocam ritmos tipicamente brasileiros como samba, forró, coco, jongo, maracatu, ciranda e capoeira, entre outros, sempre de acordo com o tema abordado no acervo. Durante a visita, os participantes são estimulados a refletirem sobre a diversidade cultural brasileira, as relações entre o mundo do campo e o das grandes cidades, os processos migratórios, as diferentes profissões, as práticas sociais, as relações familiares, as festividades, a espiritualidade e, ainda, sobre questões próprias ao universo das artes plásticas, os processos criativos dos artistas e os materiais que utilizam para fazer suas esculturas.


12h e 17h – Baú de Brinquedos

Classificação: livre

Os arte-educadores do Museu do Pontal estimulam a criançada a conhecerem o Baú de Brinquedos Populares. Nesta iniciativa inédita, o público infantil brinca com ioiôs, bilboquês, petecas, piões, fantoches, elásticos e cordas para pular, giz para riscar amarelinha e bambolês. As esculturas vistas nas exposições, especialmente na Brincares – brincadeiras e brincantes, enfocam várias dessas brincadeiras, e esta atividade promove um contato lúdico ao ar livre, na grande Praça-Jardim, na parte frontal do Museu. Em caso de chuva, a atividade acontece na Sala Multiuso.

 

·                    Domingo, 13 de novembro

10h – Oficina de Congado com Mestre Boi 

Com 72 anos de vida e 65 de congado, Antônio Matias Celestino, o Mestre Boi, vem de Minas Gerais compartilhar saberes sobre manifestações populares. Ele também irá apresentar ritmos, rezas e cânticos do Congado Nossa Senhora do Rosário, que tem 133 anos de história, tradições e fé da comunidade quilombola no distrito mineiro de Airões.

Classificação: a partir de 10 anos.

 

11h e 15h – Visita Musicada pela Arte e Cultura Popular Brasileira

 

12h e 17h – Baú de Brinquedos

 

16h – Oficina de Cacuriá com Messias Freitas

O mestre de capoeira e pesquisador de danças de matriz africana Messias Freitas, fundador do Ponto de Cultura e Ação Local Vidigal Capoeira, ensina passos e coreografias do cacuriá, dança típica do Maranhão.

Classificação: Livre.

 

·                    Sábado, 19 de novembro

10h – Artes musicais afro-brasileiras, com Beatriz Bessa

Arte educadora e professora de música, Beatriz Bessa convida o público a vivenciar atividades sonoro-corporais tendo as culturas africanas como inspiração e o antirracismo como reflexão.

Classificação: a partir de 4 anos.

 

16h – Oficina Danças negras, com Luan da Silva

Jongo, coco e ciranda são as danças apresentados pelo professor, pesquisador e dançarino Luan da Silva nesta oficina que também propõe um mergulho reflexivo na história social, cultural, econômica e ambiental da população brasileira.

Classificação: Livre.

 

·                    Domingo, 20 de novembro

16h – Jongo de Pinheiral,

Em comemoração ao Dia da Consciência Negra, recebemos o Grupo de Jongo de Pinheiral, RJ. Há mais de 30 anos o grupo atua para difundir e preservar esse patrimônio imaterial da cultura negra.

Classificação: Livre.

 

Cantos e contos em homenagem ao Dia da Consciência Negra – 26 de novembro, 10h

A oficina organizada pelos artistas Márcia Schiavo e Gabriel Santa’Anna se desenrola a partir de histórias e cantorias que celebram a riqueza e a potência da cultura afro-brasileira.

 

·                    Sábado, 26 de novembro

16h – Oficina Tambor de Crioula – 20 anos do Coletivo As Três Marias

O Coletivo As Três Marias celebra 20 anos de resistência com a cultura maranhense no Rio de Janeiro convidando o público a sentir a pulsação dos três tambores (a parelha) em torno da fogueira. Venha dançar e aprender sobre essa cultura tradicional do Maranhão.

 

·                    Domingo, 27 de novembro

16h – Contação de histórias e Oficina de Teatro livre

A 7 Phocus Cia de Teatro encena “O casamento de Abena”, conto africano sobre uma princesa negra disputada por vários pretendentes, e promove uma oficina de teatro livre que trabalha técnicas de interpretação por meio de jogos e brincadeiras.

Classificação: Livre.

 

Serviço: Exposição “Djalma Corrêa – 80 Anos de Música e Pesquisa” e programação cultural educativa do Mês da Consciência Negra

Abertura: 12 de novembro de 2022, a partir das 15h

 

Museu do Pontal

Avenida Celia Ribeiro da Silva Mendes, 3.300, Barra da Tijuca, Rio de Janeiro, CEP

22790-711[ao lado do condomínio Alphaville Residências]

Quinta a domingo, das 10h às 18h (o acesso às exposições se encerra às 17h30, meia hora antes do horário de fechamento do Museu)

Ingressos pelo link https://site.bileto.sympla.com.br/museudopontal/ - gratuitos ou com contribuição voluntária

O acesso aos espaços expositivos é limitado, e para maior segurança recomenda-se o agendamento prévio.

 

Canais digitais: 

Site: http://www.museudopontal.org.br/ 

Instagram: @museudopontal

Youtube: www.youtube.com/museudopontaloficial 

Facebook: @museudopontaloficial

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