Museu do Pontal inaugura exposição em homenagem aos 80 anos do grande percussionista e pesquisador Djalma Corrêa
Djalma Corrêa em gravação de campo com romeiros e cantadores. Bom Jesus da Lapa - BA - Ago1973_Foto:acervo Djalma Corrêa |
Um dos mais importantes percussionistas da
música popular brasileira, integrante do lendário show “Doces Bárbaros”, com
Gal Costa, Maria Bethania, Caetano Veloso e Gilberto Gil, Djalma Corrêa também
é um pesquisador de sonoridades africanas e afro-diaspóricas. Fotografias
e gravações de seu acervo permitirão ao público um mergulho em sua trajetória.
Em homenagem aos seus 80 anos, e também em celebração ao Mês da Consciência
Negra, haverá uma programação cultural, com atividades para todas as idades.
Museu do Pontal, Barra da Tijuca, Rio de Janeiro
Abertura: 12 de
novembro de 2022, a partir das 15h
Entrada gratuita ou contribuição voluntária>
https://site.bileto.sympla.com.br/museudopontal/
Patrocinador Estratégico: Lei de Incentivo à Cultura e
Instituto Cultural Vale
Patronos: BNDES, Itaú, Repsol Sinopec Brasil,
Ternium e Prefeitura do Rio
Realização: IBRAM/Secretaria Especial da
Cultura/Ministério do Turismo
Na abertura da exposição, às 15h, haverá uma conversa aberta com Cecília de Mendonça e José Caetano Dable Corrêa sobre o Acervo de Djalma Corrêa, suas ações de
pesquisa e de preservação. Será debatido também o aprofundamento da Coleção de
Culturas Populares, primeira coleção organizada do acervo por meio do projeto
“Acervo Djalma Corrêa: Música e Cultura Afro-brasileira” (2019-2021), desenvolvido pela associação cultural Balafon com apoio do programa
Rumos Itaú
Cultural, que teve como foco principal a identificação, descrição e
digitalização de parte do acervo do músico.
Antonio-Matias-Celestino-Mestre-Boi-Acervo-Centro-de-Tecnologias-Altern
Após a roda de conversa, será exibido o registro audiovisual do show Candomblé 40, idealizado e
produzido em 2017 por Roberto Barrucho, com pesquisa de Natália Grilo, em que Djalma
Corrêa tocou com os músicos Rodrigo Maré e Thomas Harres para recriar temas
gravados no disco gravado 40 anos, como cânticos rituais Ketu e de outras
nações africanas que aqui chegaram, além de conduzir a criação da música
espontânea.
Djalma
Corrêa
nasceu em 1942, em Ouro Preto, Minas Gerais, e iniciou sua trajetória como
baterista em Belo Horizonte. Ainda bem jovem seguiu para Salvador, onde criou o
grupo Baiafro, que se propunha a fazer uma releitura contemporânea de temas da
diáspora negra, que se tornou um conceito que acompanha Djalma em todas as suas
experiências musicais. Outra marca de seu trabalho é a música espontânea,
aquela feita de forma livre, sem regras, na troca e na escuta entre os músicos.
Com sua riquíssima percussão, Djalma abriu novos caminhos e participou de
centenas de gravações dos mais importantes nomes da música brasileira e
internacional, e com Gil, Gal, Bethânia e Caetano integrou o espetáculo Doces
Bárbaros. Dentre inúmeros festivais em que esteve presente, Djalma participou
do II FESTAC (Festival de Arte e Cultura Negra), em Lagos, Nigéria,
acompanhando Gilberto Gil. Entre janeiro e fevereiro de 1977, eles participaram
e acompanharam a programação deste evento de grandes proporções, que recebeu
cerca de 16 mil participantes, representando 56 nações africanas e países da
Diáspora Africana. Foi uma experiência única, que possibilitou aos artistas
brasileiros conhecer a música tradicional de diversos países africanos e também
ter contato com sonoridades da África contemporânea, como a Juju Music e o Hi-Fi.
Djalma fez muitos registros dos grupos que
se apresentaram, e ainda das feiras de rua, da arte em muros e parques de
Lagos. Alguns desses registros estão presentes na exposição, assim como parte
da documentação de festas populares feitos no Brasil nos anos 1960 e
1970. Nessa época, Djalma viajou por 11 estados das regiões Nordeste,
Norte e Sul do país, registrando, em áudios, fotos e vídeos centenas de grupos
tradicionais, festas populares e terreiros.
A exposição é parte de um projeto
contemplado pelo FOCA – Programa de Fomento à Cultura Carioca da Secretaria
Municipal de Cultura/ Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro.
PROGRAMAÇÃO CULTURAL E EDUCATIVA
·
Sábado, 12 de novembro
10h – Oficina de percussão ABC
Toca, com Pedro Sayd
O percussionista, professor e
arte educador Pedro Sayd apresenta
aos participantes instrumentos como alfaia, agbe, timbal e agogô, passeando por
ritmos brasileiros como coco e ijexá.
Classificação: a partir de 7
anos.
15h – Abertura
da exposição “Djalma Corrêa - 80 Anos de Música e Pesquisa” e Conversa com Cecília de Mendonça e José Caetano Dable
Corrêa sobre o Acervo de Djalma Corrêa: pesquisa e ações de preservação.
1211 ABC TOCA oficina de percussão (Sábado - 10h)_ALFAIAPULOCLASSICO
11h e 15h – Visita Musicada pela Arte e Cultura Popular Brasileira
Classificação:
livre
Capacidade:
dez pessoas a cada vez.
As visitas musicadas foram criadas para atender a uma demanda do público
que quer conhecer mais profundamente a arte popular do Brasil. Os roteiros são
adaptados às diferentes faixas etárias, e alguns temas podem ser priorizados
durante a visita, de acordo com a solicitação do público. São visitas lúdicas,
que mexem com a memória afetiva dos visitantes, em que são utilizados
diferentes instrumentos musicais que tocam ritmos tipicamente brasileiros como
samba, forró, coco, jongo, maracatu, ciranda e capoeira, entre outros, sempre
de acordo com o tema abordado no acervo. Durante a visita, os participantes são
estimulados a refletirem sobre a diversidade cultural brasileira, as relações
entre o mundo do campo e o das grandes cidades, os processos migratórios, as
diferentes profissões, as práticas sociais, as relações familiares, as
festividades, a espiritualidade e, ainda, sobre questões próprias ao universo
das artes plásticas, os processos criativos dos artistas e os materiais que
utilizam para fazer suas esculturas.
12h e 17h – Baú
de Brinquedos
Classificação:
livre
Os arte-educadores do Museu do
Pontal estimulam a criançada a conhecerem o Baú de Brinquedos Populares. Nesta iniciativa inédita, o
público infantil brinca com ioiôs,
bilboquês, petecas, piões, fantoches, elásticos e cordas para pular, giz para
riscar amarelinha e bambolês. As esculturas vistas nas exposições,
especialmente na Brincares – brincadeiras e brincantes, enfocam várias
dessas brincadeiras, e esta atividade promove um contato lúdico ao ar livre, na
grande Praça-Jardim, na parte frontal do Museu. Em caso de chuva, a atividade
acontece na Sala Multiuso.
·
Domingo, 13 de novembro
10h – Oficina de Congado com
Mestre Boi
Com 72 anos de vida e 65 de
congado, Antônio Matias Celestino, o Mestre Boi, vem de Minas Gerais
compartilhar saberes sobre manifestações populares. Ele também irá apresentar
ritmos, rezas e cânticos do Congado Nossa Senhora do Rosário, que tem 133 anos
de história, tradições e fé da comunidade quilombola no distrito mineiro de
Airões.
Classificação: a partir de 10
anos.
11h e 15h – Visita Musicada pela Arte e Cultura Popular Brasileira
12h e 17h – Baú de Brinquedos
16h – Oficina de Cacuriá com Messias Freitas
O mestre de capoeira e
pesquisador de danças de matriz africana Messias Freitas, fundador do Ponto de
Cultura e Ação Local Vidigal Capoeira, ensina passos e coreografias do cacuriá,
dança típica do Maranhão.
Classificação: Livre.
·
Sábado, 19 de novembro
10h – Artes musicais
afro-brasileiras, com Beatriz Bessa
Arte educadora e professora de
música, Beatriz Bessa convida o público a vivenciar atividades sonoro-corporais
tendo as culturas africanas como inspiração e o antirracismo como reflexão.
Classificação: a partir de 4
anos.
16h – Oficina Danças negras, com Luan da Silva
Jongo, coco e ciranda são as
danças apresentados pelo professor, pesquisador e dançarino Luan da Silva nesta
oficina que também propõe um mergulho reflexivo na história social, cultural,
econômica e ambiental da população brasileira.
Classificação: Livre.
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Domingo, 20 de novembro
16h – Jongo de Pinheiral,
Em comemoração ao Dia da Consciência Negra, recebemos o
Grupo de Jongo de Pinheiral, RJ. Há mais de 30 anos o grupo atua para difundir
e preservar esse patrimônio imaterial da cultura negra.
Classificação: Livre.
Cantos e contos em homenagem ao
Dia da Consciência Negra – 26 de novembro, 10h
A oficina organizada pelos
artistas Márcia Schiavo e Gabriel Santa’Anna se desenrola a partir de histórias
e cantorias que celebram a riqueza e a potência da cultura afro-brasileira.
·
Sábado, 26 de novembro
16h – Oficina Tambor de Crioula –
20 anos do Coletivo As Três Marias
O Coletivo As Três Marias celebra
20 anos de resistência com a cultura maranhense no Rio de Janeiro convidando o
público a sentir a pulsação dos três tambores (a parelha) em torno da fogueira.
Venha dançar e aprender sobre essa cultura tradicional do Maranhão.
·
Domingo, 27 de novembro
16h – Contação de histórias e
Oficina de Teatro livre
A 7 Phocus Cia de Teatro encena
“O casamento de Abena”, conto africano sobre uma princesa negra disputada por
vários pretendentes, e promove uma oficina de teatro livre que trabalha técnicas de
interpretação por meio de jogos e brincadeiras.
Classificação: Livre.
Serviço: Exposição
“Djalma Corrêa – 80 Anos de Música e Pesquisa” e programação cultural
educativa do Mês da Consciência Negra
Abertura: 12 de novembro de 2022, a
partir das 15h
Museu do Pontal
Avenida Celia Ribeiro da
Silva Mendes, 3.300, Barra da Tijuca, Rio de Janeiro, CEP
22790-711[ao lado do
condomínio Alphaville Residências]
Quinta a domingo, das
10h às 18h (o acesso às exposições se encerra às 17h30, meia hora antes do
horário de fechamento do Museu)
Ingressos pelo link https://site.bileto.sympla.com.br/museudopontal/ - gratuitos ou com contribuição voluntária
O acesso aos espaços
expositivos é limitado, e para maior segurança recomenda-se o agendamento
prévio.
Canais digitais:
Site: http://www.museudopontal.org.br/
Instagram: @museudopontal
Youtube: www.youtube.com/museudopontaloficial
Facebook: @museudopontaloficial
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