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| Rihanna, como fotografada para a capa da Vogue América, virou escultura fashionista |
Tatiana Schibuola |
A semana começou agitada pelo MET Gala. Todo ano, as celebridades mais influentes do mundo se reúnem para uma noite filantrópica no Metropolitan Museum, em Nova York. Os looks dos convidados são uma atração à parte, já que devem seguir o tema proposto pelos organizadores, encabeçado pelos editores da revista Vogue. Neste ano, o dress code deveria traduzir a "Era de Ouro". Uma das ausências sentidas no evento foi a da cantora Rihanna, que está no terceiro trimestre de sua gravidez e deve parir já, já. A questão foi resolvida com um vídeo cheio de efeitos visuais: a foto da cantora vestida com um catsuit de renda do designer Alaïa, que estampou a capa da revista de maio, foi transformada numa estátua de mármore, como as imagens dos deuses greco-romanos que ocupam as galerias do museu. Não há, nesses últimos meses, um bebê mais esperado que o de Rihanna. Desde o anúncio do baby Fenty, feito no perfil do instagram, com um ensaio de moda que deixava a barriga à mostra, até os looks que ela tem usado em eventos, com lingeries e transparências, ela faz questão de normalizar as mudanças por que seu corpo está passando. "Espero redefinir o que é considerado decente para mulheres grávidas." (Nada que outras mulheres já não tenham feito antes: aqui, no Brasil, a atriz fluminense Leila Diniz quebrou tabus ao se deixar fotografar grávida, de biquíni, no século passado, em 1971.) No entanto, na era da superexposição e das supercelebridades, é de se esperar um grande impacto sobre a maneira como as mulheres mostram e anunciam a maternidade. Especialmente as mulheres negras. Mas na entrevista que deu à Vogue, Rihanna se igualou a todas as outras mulheres: "No começo eu esperava alguma mudança mágica, mas realmente continuo sendo quem sou." É isso. A essência permanece. E, assim como qualquer mãe, ela vai descobrir delícias e agruras da maternidade. A maravilha que é olhar pra alguém que é feito dentro de você (ou que é escolhido por você. Ou que escolhe ser seu filho); o drama que é entender que, por um bom tempo, tem alguém que depende 100% de você; e, depois de uns bons anos, sacar que você é a última pessoa com quem seus filhos vão querer passar o fim-de-semana. Ser mãe é, no fim, nada mais é que um estado ordinário. Mas sempre extraordinário do ponto de vista daquelas que, todos os dias aprendem, lutam, amam. E também merecem estátuas de mármore em sua homenagem. Feliz dia! |
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