Cley Ferreira esbanja magia , leveza e paixão no dançar defendendo o pavilhão da Nenê de Vila Matilde

 

Cley Ferreira no mini desfile da Nenê de Vila Matilde no Anhembi / Foto: Felipe Araujo

Texto : Preta Jóia

“Mestre Sala e Porta Bandeira

Riscam o chão de poesia “ (David Corrêa)

Esse verso do saudoso poeta portelense  exprime o que é o bailar desses casais.

E existem aqueles que transmitem  magia,  leveza e paixão para dançar, ...um mestre sala que  flutua.

Falo de Cleydson “Cley” Ferreira, paulistano, morador na zona sul,  candomblecista, capricorniano,  completará 25 anos em 27 de dezembro.

Neto de fundadores da Escola de Samba Brinco da Marquesa (Acesso) , onde seu tio era mestre sala, e assim surgiu a sua admiração pela arte, e com quem aprendeu os primeiros passos.

Levados  pela porta bandeira da Pérola Negra  Beatriz Dias,  para Amespbeesp, formou com a irmã,  o casal mirim do Brinco da Marquesa.  

Na Amespbeesp foi convidado para fazer par com a Ágata Galdino e foram para a Vai Vai em 2007, como casal mirim, e a partir de  2011 já desfilou como juvenil.

Após seis anos  saiu da Vai Vai, seguiu sua trajetória por outras escolas : Tradição Albertinense em 2012 (2º Mestre Sala), Barroca Zona Sul em 2013 (2º Mestre Sala),Ocara Clube – ABC  em 2014  (2º Mestre Sala ), em 2015 permaneceu na Ocara Clube e retornou à Barroca Zona Sul..

Cley e Lenita na Barroca / Foto : acervo pessoal 

Em 2017, com  Lenita Magrini formaram o 1º Casal Oficial da Barroca e também da  Escola de Samba Independente Tricolor.

Na Independente desfilando em 2018, estreiou no Grupo Especial, onde teve seu momento marcante, conquistando com Lenita Magrini, as notas máximas dos jurados para seu quesito, quebrando um tabu de que casal de escolas que abriam o desfile não conseguiam tais  notas.

Em 2019, não queria mais saber de carnaval , quando recebeu o convite para defender o pavilhão da Nenê de Vila Matilde no carnaval de 2020, com a porta bandeira Monalisa Carmo Bueno.

Cley Ferreira e Monalisa 

Atualmente  na Àguia Guerreira forma o primeiro casal com Thayla Trentin.

Cley também já desfilou no carnaval da baixada santista, na GRCES Vila Mathias como Diretor da Ala de Passistas junto com Aline dos Santos em 2019, e em 2020 à pedido do ex-presidente Luiz Fernando dos Santos  foi o primeiro mestre sala da agremiação com Angélica Paiva.

Cley Ferreira e Angélica Paiva 

Na  comunidade da Nenê, se sente acolhido, pois tem um bom convívio com todos, com o baluarte Marco Antonio Freitas por quem tem muito carinho e seu presidente Mantega , a quem considera um amigo.

Sobre a expectativa para o próximo carnaval , disse que a comunidade está bem carente de um titulo, com a descida no ultimo carnaval , pois só quem estava lá sabe quanto a escola trabalhou bem e se dedicou para não cair. .

“Ás vezes é necessário dar um passo para trás, para depois dar dez para a frente “ , diz Cley.

Thayla Trentin e Cley Ferreira 

Escutando pessoas da comunidade, sabe que o enredo “Narciso Negro”, é muito querido, e graças a Deus tanto interprete Clóvis Pe, que vinha fazendo um bom trabalho, e agora Agnaldo Amaral que retorna à agremiação trabalharam muito bem o samba enredo,  a Nenê é muito  pé no chão, e o gás deles é único,acredita que será um desfile lindo, e  o carnavalesco Fábio Gouveia está desenvolvendo um projeto incrível, que enche os olhos de todos cada dia mais.    

Thayla Trentin e Cley Ferreira 

Cley disse que se diverte dançando, diz que é um momento de reflexão, que esquece os problemas, é ele e seu corpo.

Fora do carnaval ele exerce o cargo de líder de vendas em uma empresa de marcas e patentes, está bem feliz com sua profissão e nos tempos vagos como todos os jovens costuma sair com amigos e dormir bastante.