Todas as reverências aos mais velhos

 



O Instituto CÉU Estrela Guia e o CÉU Pela Vida, de São Paulo, que tem como dirigentes Mãe Kelly e Pai Denisson D’Angiles, vem fazendo um trabalho grandioso, quase que diariamente, com doações de alimentos para moradores de rua. Em uma das maiores crises humanitárias e sanitárias do mundo, o sacerdote constata uma triste realidade: muitos idosos abandonados à própria sorte.   

 

Por Mãe Kelly e Pai Denisson D’Angiles - Instituto CÉU Estrela Guia e o CÉU Pela Vida, de São Paulo.

 

- Extremamente respeitados e valorizados nas mais antigas sociedades do oriente tal qual no Japão, muitas vezes negligenciados e abandonados em nossa cultura, hoje, para eles é um dia muito especial dentro das religiões de matriz africana, o dia do idoso.

 
O idoso é aquele cuja carne já cansada traz nas marcas da pele craquelada de histórias de outros tempos, nos olhos e na memória gravados momentos e lembranças de conquistas. E por que não de erros também? pois na maioria das vezes são eles nossos maiores professores.

 
Na Umbanda o idoso e o valor da ancestralidade se vêem representados na imagem de um preto-velho, carregados da humildade e simplicidade frutos da sabedoria daquele que já passou por vidas de intempéries, vivências, vitórias, derrotas e tudo mais que nós ainda passaremos de acordo com o merecimento, entendimento e escolhas de cada um. 




 

Cabe a nós olhar para o idoso de forma respeitosa, zelar pela dignidade por eles merecida, garantir a eles o abrigo, o alimento, o acalanto, o entendimento e o amparo por eles merecido na velhice, digo isso olhando apenas para o que diz respeito ao sentido material.

 

Pois ao olhar com um pouco mais de carinho e atenção ao sentido espiritual, tal qual o exemplo dos pretos-velhos, isso se inverte e é deles que provém o amparo, o acolhimento, o apoio. Temos neles uma vertente luminosa de paz e de luz, nos inspirando a seguirmos adiante com fé, com determinação e a sabedoria necessária para deixarmos de lado as vaidades, aprendendo com os percalços dos caminhos para então desfrutarmos da velhice merecida. 

 

Tenhamos nos pretos-velhos o exemplo da valorização de nossos idosos, pois é cuidando deles no hoje, que honramos suas trajetórias, ensinamos os mais jovens e plantamos a semente a ser colhida nos anos porvindouros.


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