Memórias sobre encenação Foi Carmen são tema de debate do CPT_SESC

 

 As convidadas: Emilie Sugai, Paula Arruda e Valmir Santos, mediador do Debate | Divulgação

Na próxima terça-feira, 21 de setembro, às 18h, a coreógrafa e dançarina de butô Emilie Sugai e a atriz Paula Arruda se encontram para um debate sobre a peça Foi Carmen, dirigida por Antunes Filho, em homenagem a Kazuo Ohno, dançarino japonês e um dos precursores do butô; Valmir Santos, jornalistacrítico teatral e fundador do site Teatrojornal, faz a mediação Tiago Marchesano, comunicador social e assistente técnico na Gerência de Estudos e Desenvolvimento do Sesc São Paulo, a apresentação do encontro. 


A atividade integra o Círculo de Debates - Memória, Acervo e Pesquisa que conta com a participação de diferentes profissionais das artes cênicas e de integrantes das montagens do CPT, com o objetivo de compartilharem com o público suas memórias sobre diferentes encenações. A transmissão é feita pelo canal do CPT_SESC no YouTube, com tradução em Libras.  


Os debates são realizados sempre que uma nova seleção de imagens de figurinos e outros objetos de acervo relacionados às diferentes peças do CPT é publicada no Sesc Digital dentro das Coleções e Acervos Históricos CPT_SESC.  



Cenas da peça 
Foi Carmen com os artistas Patrícia Carvalho, Paula Arruda, Emilie

 Sugai, Lee Taylor | Divulgação 

 


Uma obra híbrida de dança-teatro 


Foi Carmen não é um espetáculo sobre a biografia da artista luso-brasileira Carmen Miranda, mas sobre o imaginário popular que ela representava. Teve sua inspiração em Admirando La Argentina, obra-prima interpretada por Kazuo Ohno em memória à dançarina de flamenco Antonia Mercé. Foi então que Antunes Filho se encantou e encontrou na imagem da artista brasileira uma ligação com a dançarina argentina, dando início ao processo de construção da sua peça híbrida de dança-teatro, que fugia à estética utilizada em suas obras. 



No elenco, Paula Arruda encenou a menina que aparece no início do espetáculo, contando os passos, que sonha com os microfones das rádiosem ser Carmen Miranda e tem a visão fantasmagórica da que “Foi Carmen”, interpretada por Emilie Sugai. Essa surge dançando, sempre de costas e com o rosto coberto, “porque ela foi, não é mais”, diz Antunes. 


No debate, as artistas rememoram suas experiências sobre a montagem que pode ser assistida, na íntegra, na plataforma Sesc Digital em sescsp.org.br/acervocpt. 

 

Sobre os convidados 





Emilie Sugai é coreógrafa, performer e dançarina de butô. Desenvolveu uma linguagem singular, fruto de suas inquietações artísticas e de vida, de pesquisas relacionadas às memórias do corpo e das colaborações com artistas da dança, do teatro e do cinema. Produziu e criou diversos trabalhos, tais como: TabiTotemHagoromoLunaris, e, recentemente, Aka. Recebeu prêmios, subsídios e apoios, dentre eles, Bolsa Vitae de Artes, UNESCO-Aschberg, Rede Stagium, Funarte de Dança Klauss Vianna, Dança em Pauta do Centro Cultural Banco do Brasil, Fundação Japão, Prêmio APCA de melhor concepção em dança em 2008 e Prêmio Denilto Gomes melhor solo em 2013 pela Cooperativa Paulista de Dança. Integrou a montagem teatral Foi Carmen, direção de Antunes Filho e a Cia. Tamanduá de Dança Teatro, dirigida por Takao Kusuno. 






Paula Arruda é atriz, formada em 2001 pela ECA-USP. Entre 2004 e 2009 frequentou o CPT fazendo parte dos espetáculos Foi Carmen, texto e direção de Antunes Filho, O céu 5 minutos antes da tempestade, de Silvia Gomez, direção de Eric Lenate (indicação para o prêmio Shell de melhor atriz 2008) e Antígona, de Sófocles, adaptação e direção de Antunes Filho. Fundadora e atriz da Cia. Provisório-Definitivo, conciliou as temporadas do grupo com as do CPT. Nesse momento Paula também é astróloga. A paixão pelos palcos se une à paixão pelos astros. Com o seu grupo fez peças para adultos, jovens, crianças, contação de histórias e show de humor. Recebeu prêmio Femsa de melhor atriz coadjuvante, em 2012, com a peça Gangue. Esse ano seu grupo comemorou 20 anos com o experimento online A(G)ORA - O ontem que me fez ser hoje - 20 anos da Cia. Provisório-Definitivo. 





Valmir Santos é jornalista, crítico de teatro e fundou o site Teatrojornal – Leituras de Cena, em 2010. Atua em reportagem cultural desde 1992, em publicações como Folha de S.Paulo, Valor Econômico, Bravo! e O Diário, de Mogi das Cruzes. É autor de livros no campo das artes cênicas, colaborador em curadorias ou consultorias para mostras, festivais ou enciclopédias e doutorando em artes pela Universidade de São Paulo, onde cursou mestrado na mesma área. 

 

Serviço: 


CÍRCULO DE DEBATES – MEMÓRIA, ACERVO E PESQUISA: FOI CARMEN 

Com Emilie Sugai e Paula Arruda 

Mediação: Valmir Santos 

Apresentação: Tiago Marchesano 

 

Dia 21 de setembro de 2021, às 18h.  

Atividade on-line em youtube.com/cptsesc 

Classificação: livre 

 

FOI CARMEN - Coleções e Acervos Históricos do CPT_SESC  

Figurinos, objetos de cena, materiais gráficos em coleção digital que apresenta o acervo do espetáculo Foi Carmen, montado em 2005 pelo CPT, com direção de Antunes Filho. 

[disponível na plataforma Sesc Digital] 

 

Sobre as Coleções e Acervos Históricos CPT_SESC    


As Coleções e Acervos Históricos CPT_SESC trazem ao público seleções dos figurinos e outros itens de peças encenadas pelo CPT. Um minucioso trabalho de pesquisa possibilitou a recomposição e restauro de 150 trajes cênicos compostos por 470 itens, de 13 espetáculos: A hora e vez de Augusto Matraga, Antígona, Foi Carmen, Fragmentos Troianos, Gilgamesh, Medeia, Medeia 2, Nossa Cidade, Toda Nudez Será Castigada, Trono de Sangue, Pedra do Reino, Vereda da Salvação e Xica da Silva. Em seguida, os figurinos foram registrados pelo fotógrafo Bob Sousa, fotos essas que são hoje o fio condutor das Coleções. 


Sobre o Sesc Memórias   


Implantado e coordenado pela Gerência de Estudos e Desenvolvimento do Sesc São Paulo, o Sesc Memórias é um programa que desde 2006 atua na coleta, higienização, organização, guarda e disponibilização da documentação produzida pela instituição, com o propósito de preservar e difundir suas memórias. Integram seu acervo os registros produzidos desde a criação do Sesc, em 1946. São diversos gêneros, suportes e formatos de documentos que assinalam a ação finalística da instituição e seus processos de trabalho, como materiais de divulgação, fotografias, produtos institucionais, ações programáticas, relatórios, entre outros. Seu acervo contribui para a reflexão acerca do trabalho desenvolvido pela instituição, bem como para a promoção de pesquisas e de produção de conhecimentos, na medida em que é acessível ao público interno e externo, reforçando a memória como um valor a ser cultivado. 


Sobre o CPT_SESC     


O Centro de Pesquisa Teatral foi criado em 1982 como laboratório permanente de criações teatrais, formação de atrizes, atores, dramaturgas e dramaturgos. Ao longo das décadas, ganhou reconhecimento da crítica e de seus pares no Brasil e em outras partes do mundo como referência no fazer teatral. Foi coordenado por Antunes Filho por 37 anos, período no qual formou mais de mil profissionais das artes cênicas e apresentou 46 espetáculos. Em 2020, passado um ano da morte do diretor, o CPT expandiu suas ações em busca do constante desenvolvimento que o teatro contemporâneo exige, mantendo o diálogo com o seu legado.    


A programação, disposta em cinco eixos temáticos - Formação de Atores; Criação e Experimentação; Dramaturgia; Cenografia; e Memória, Acervo e Pesquisa - apresenta ciclos de debates, mostras digitais, cursos, podcasts, oficinas, entre outras atividades, com artistas e técnicos de diversas formações e instâncias da produção teatral, a fim de buscar a realização de um trabalho interdisciplinar a que sempre se propôs o CPT_SESC. 

 

Confira a programação completa em www.sescsp.org.br/cpte nas redes sociais:    

 

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