“Estratégias de Encantamento para uma Educação em Desencanto”

 



“MACAMBA faz MANDINGA! Estratégias Coletivas de Encantamentos: Saberes Afrodiaspóricos para uma Educação que se Alimenta de Vida” é um (Per)Curso que acontecerá em três encontros pela plataforma Microsoft Teams nos dias 28, 29 e 30 (quarta, quinta e sexta) do mês de Abril, das 19h às 22h pelo valor de R$ 35,00.

 Vagas Limitadas!

Inscrições até o dia 26/04/21 às 21h00 no site:

https://nkinpanucleo.wixsite.com/afroeducacao/formacao-macamba-faz-mandinga

 

O objetivo do encontro é proporcionar uma experiência artística e pedagógica a interessades em criar, discutir e elaborar propostas coletivas de ações que partam das perspectivas colocadas nas leis federais 10.639/03 e a 11.645/08, que instituem a obrigatoriedade do ensino da história e cultura africana e indígena em todos os níveis de ensino.

 Abordaremos por meio do afroperspectivismo, da historicidade africana e afro diaspórica, do mergulho sobre saberes dos territórios e da multi linguagem artística, uma vivência que estimule a corporificação de cosmosentidos nas construções de práticas de saber.

 São três encontros, um por dia das 19h ás 22h.

Serão ofertadas bolsas integrais para alunes autodeclarades negres, trans e indígenas com impossibilidades financeiras para o custeio do curso nesse momento. Para candidatar-se a bolsa enviar até o dia 24/04/21 e-mail com mini-bio e carta de intenção para: nkinpanucleo@gmail.com.br. Retornaremos dia 26/04/21 informando aos (as) candidates sobre as bolsas.

Cronograma do (Per)Curso:

 1º dia - Abre Alas – Uma narrativa da educação no terreiro chamado Brasil- século XIX até a conquista das leis 10.639/03 e 11.645/08.  

 -       Articulações da população negra e indígena em lutas por políticas públicas ; Nossas responsabilidades perante tais conquistas históricas e o que ainda temos pela frente.

 

2º dia - Alegorias e Evolução – O Corpo como o Território salvaguardado pelos cosmosentidos afro-indígenas.

-       Afroperspectivismos, possibilidades comunitárias, nossas narrativas, ciências e saberes.

3º dia - Apoteose – A roda gira e espalha a vivência espiralar das bocas no tempo.

-       Troca de saberes e possibilidades, como colocar em prática e em luta nossos conhecimentos herdados e acumulados desde os ancestrais.

 

 

 

Sobre a N’Kinpa:

 

A N’Kinpa – Núcleo de Culturas Negras e Periféricas se firma em 2018 gestando ações que envolvem negritude, territorialidade, infância e valorização da nossa cultura afro-indígena brasileira. Com propostas contra coloniais e partindo das cosmovisões africanas  e indígenas a  N’Kinpa, cria outras maneiras de performar a realidade. Atua nos eixos de produção, articulação e ação cultural, formação, arte-educação, teatro, música e performance.

Atualmente o núcleo é matripotencializado por artistas educadoras (es) negras (es,os) e não negras (es, os) e conta com parcerias dispostas a discutir, pensar e agir para uma sociedade equânime.

 

 

Histórico

 

Em 2019, o Núcleo é bulido pela frase do sambista Beto sem Braço “O que espanta miséria é festa”, a frase nomeia o encontro de lançamento da N’Kinpa no Beco dos Aflitos, espaço de resistência negra no bairro da Liberdade- SP, no mesmo ano realiza o Seminário: Diálogos entre N’Kinpa e Museu Afro Brasil e o festival É preciso ter coragem – N’Kinpa em parceria com o Consulado de Cuba, Teatro União Olho Vivo, Heleny Guariba, ETEC de Artes e Neumman Produções.  A partir desse mesmo ano, o  núcleo passa a apresentar o programa na rádio Brasil Atual Diáspora - A Cor da Nossa Cultura, entre encontros e redes. Outras diversas ações foram realizadas como formações e espetáculos, entre eles o Histórias que vivem em mim apresentado no SESC Santo Amaro no dia da Consciência Negra.

 

Em 2020 em virtude da pandemia as atividades presenciais foram suspensas, porém o núcleo segue trabalhando ativamente em modo virtual discutindo questões como: educação emergencial a distância, inclusão e acessibilidade em meio a pandemia e construção de redes de cooperação.

Por meio da verba recebida pelo Fundo Baobá de Equidade Racial, a N’Kinpa fez a Kapanga Brincante e a pelo Fundo Baobá de Equidade Racial para Primeira Infância, a Kapanguinha Brincante, que constituem materiais artísticos pedagógicos em impressos, livros de pano e teatro radiofônico com atividades criativas para bebês,crianças e adolescentes, e ancoradas nas leis 10.639/03 e 11.645/08. Esses materiais foram entregues junto a cestas de alimentos e itens de higiene para famílias das comunidades participantes, entre elas Heliópolis, Parque São Rafael e Brasilândia.

O núcleo também participou da II Semana de Formação do Programa de Iniciação Artística- PIÁ 2020, da Primavera da Infância e Juventude da Cidade de São Paulo como parte do VII Seminário de Formação: Pensamentos Pluriversais na formação, ancestralidade e futuro, co-produziu a Semana de Formação intersetorial Território e Descolonização- Trocas entre  educação e cultura  e Estratégias para nos manter encantades diante dos desencantos: éticas, poéticas e epistemologias, além de formações para artistas educadores contratades pelas Fábricas de Cultura do Estado de São Paulo.

A N’Kinpa segue matrigestando práticas para encantar e contar e cantar nossas próprias histórias, num compromisso ético, político e poético para com a continuidade da vida em vibração e movimento.

 Conheça as pessoas que vão puxar os encontros:


Cláudio Gomes: Educador, performer e produtor cultural. Participou de diversos grupos de arte e compromisso social, principalmente na zona leste de São Paulo: Piá, CEU Cinza, Grupo Canto, Vila Nossa, Cia.Fábrica São Paulo, Cafuzo, MPA-Movimento Popular de Arte, Cineclube Verônica, Cia.Ação Cênica, grupo de teatro Tresporquatro , Movimento de Educação ZL, Centro de Culturas Negras do Jabaquara entre outros. Foi coordenador da casa de Cultura Itaim Paulista, adjunto na oficina cultural Luiz Gonzaga, produtor no centro cultural São Paulo, CEU Jambeiro e Aricanduva, olho D’água e Cia fábula da fíbula, nos projetos: Teatro nas Universidades e São Paulo cidade da música. .  Atualmente integra a N’Kinpa – Núcleo de Culturas Negras e Periféricas 

Tatiane Ferreira Damasceno: Graduanda em Pedagogia pela UNIFESP, formação em Artes Dramáticas pelo Senac SP. Atualmente é Arte Educadora em escolas e no Programa de Iniciação Artística – PIÁ. Tem experiência na área do Teatro do Oprimido, participando do III Encontro Latino Americano de T.O. Participou também do projeto pedagógico da Rede Globo de televisão chamado “A rua é sua”. Fez alguns cursos de dança e outros na área de musicalização infantil na OESP.  Atualmente integra a N’Kinpa – Núcleo de Culturas Negras e Periféricas

 

Joice Jane Teixeira: Artista, Educadora, Cantora e Pesquisadora. Artista Educadora formada pela Faculdade Paulista de Artes- FPA e atriz formada pela Escola de Arte Dramática da Universidade de São Paulo EAD/ECA/USP. Pesquisa as Expressões Africanas e Afrodiaspóricas desde 2000. Participou de inúmeros cursos, dentre eles - curso de extensão na UNESP- Instituto de Artes “As Diásporas Centro-Africanas e a Formação das Musicalidades Afro-Atlânticas (Sécs. XVI - XIX), Modulo I e II História Social das Culturas da diáspora Centro-Africana no Brasil” com professor Rafael Galante; Zimbaas Módulo 2 com o professor Salloma Salomão e Introdução a Filosofia Africana com Katiúscia Ribeiro. Participou como Artista Educadora no Programa de Iniciação Artística – PIÁ em 2018 e 2019. Atualmente integra a coletiva N’Kinpa – Núcleo de Culturas Negras e Periféricas; é Articuladora de Processos Artísticos Pedagógicos na edição de 2021 do programa PIÁ e apresenta o programa “Diáspora, a Cor da Nossa Cultura em Encontros e Redes” na Radio Brasil Atual.

 

 

Suelen Ribeiro - Atriz formada na Universidade São Judas Tadeu. Co-criadora na N'Kinpa- Núcelo de Culturas Negras e Periféricas, também atua nos grupos Sabiagem e As Doloridas, nos quais produz, escreve e dirige peças de teatro, contações de histórias e oficinas para crianças. Desde 2008 atua como artista educadora em periferias do Brasil e também no exterior. Em 2021 é pelo segundo ano Coordenadora Artístico Pedagógica do Programa de Iniciação Artística- PIÁ, das Secretarias de Cultura e Educação do município de São Paulo.

Entre suas formações complementares estão o estágio com o ator, diretor e Djeli Hassane Kouyaté e diversos cursos sobre a formação cultural afro diaspórica no continente americano, entre eles o curso de extensão na UNESP- Instituto de Artes “As Diásporas Centro-Africanas e a Formação das Musicalidades Afro-Atlânticas (Sécs. XVI - XIX), Modulos I e IIl” com o professor Rafael Galante, o curso  Zimbaas Módulo 2 com o professor Salloma Salomão e Introdução a filosofia africana com Katiúscia Ribeiro..

 

Elaine Silva -Elaine Maria da Silva, Alagoana, Afro-indígena, Educadora e Musicista. É Mestranda em Educação pelo PPGE - UFAL, Especialista em Educação Musical pela FPA e Graduada em Música Licenciatura pela UFAL. Radicada em São Paulo desde 2013, atua no ensino formal e informal. E integra os grupos artísticos Sabiagemn, N’Kinpa, JPMB e o Henrique Menezes e os Alabês.

 


Fabiana Prado: Artista multidisciplinar, arte educadora e produtora cultural. Atuou no Programa de Iniciação Artística – PIÁ da Secretaria Municipal da Cultura e Educação como Articuladora de processos pedagógicos e como propositora de Seminários de Formação Artístico Cultural. Desde 2003 coordena as ações do coletivo Projeto Matilha, de arte relalcional no espaço público e integra a N’Kinpa – Núcleo de Culturas Negras e Periféricas. Pesquisadora de Relações Étnico-Raciais.

 



 

 


Comentários