O processo artístico do Grupo Galpão é tema de um documentário seriado que vai ser disponibilizado no canal do YouTube do grupo, a partir do dia 11 de janeiro, às segundas e quintas-feiras. “A gente pode tudo pelo menos por enquanto” tem seis episódios e é dirigida pelo cineasta Luiz Felipe Fernandes; o webdocumentário mostra, de forma não linear (e não temporal), o processo de criação da peça OUTROS (2018), parceria com o encenador Marcio Abreu.
O documentário é um registro do processo artístico, dos ensaios e das estreias nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, de OUTROS, a mais recente peça do Grupo Galpão. Estão lá as primeiras digressões, as leituras, os ajustes e os ensaios de uma peça; as performances e as interações do elenco com o público em praça pública para a construção da dramaturgia; o diálogo com estudiosos convidados para aprofundar o processo de criação. O legal tb é que o filme parte dos mesmos pilares da peça - alteridade e poesia - então é uma linguagem bastante diferente e bonita.
O Galpão é um dos grupos de teatro mais importantes do Brasil e está há quase quarenta anos na ativa - essa intimidade e o processo de criação ficam muito claros no filme. O webdoc é uma chance sem igual de acompanhar (de uma forma bastante poética, aliás) o processo de construção teatral.
Segue abaixo o release com mais informações.
Beijos
Bom ano!
Márcia
Processo artístico do Grupo Galpão é tema de documentário; série mostra imagens captadas em Belo Horizonte, Rio de Janeiro e São Paulo
“A gente pode tudo pelo menos por enquanto” tem seis episódios que serão disponibilizados no canal do YouTube do grupo, e é dirigida pelo cineasta Luiz Felipe Fernandes; o webdocumentário mostra, de forma não linear, o processo de criação da peça OUTROS (2018), parceria com o encenador Marcio Abreu.
O Grupo Galpão conta com patrocínio master da Cemig e com o patrocínio do banco BV
cena da websérie
Uma ideia (ou várias). Começam as primeiras digressões, as leituras, os ajustes e os ensaios de uma peça; as performances e as interações do elenco com o público em praça pública para a construção da dramaturgia; o diálogo com estudiosos convidados para aprofundar o processo de criação. Assim se compõe o webdocumentário “A gente pode tudo pelo menos por enquanto”, o registro do processo artístico, dos ensaios e das estreias nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, de OUTROS, a mais recente peça do Grupo Galpão, estreada em 2018.
Dirigido por Luiz Felipe Fernandes, o filme é dividido em seis episódios, de cerca de 15 minutos cada, que vão ao ar às segundas e quintas-feiras, entre 11 e 28 de janeiro de 2021, no canal de YouTube da companhia. Os lançamentos vão se somando, ficando todos disponibilizados até 11 de fevereiro.
“A câmera se torna quase que um integrante do Galpão, captando toda a intimidade entre essas pessoas que estão há quarenta anos juntos”, conta Luiz. O diretor acompanhou por quase um ano - entre março de 2018 a março de 2019 - o processo que resultou em OUTROS. Ao final, o cineasta tinha cerca de 150 horas e milhares de imagens captadas de forma bastante intimista.
Alteridade e poesia: “A gente pode tudo pelo menos por enquanto”
A peça OUTROS partiu de dois temas: alteridade e poesia. Relacionando esses assuntos, diretor, atores e atrizes transpuseram para o palco o amadurecimento das dúvidas e inquietações contemporâneas que já tinham sido levantadas em NÓS (de 2016), também dirigida por Marcio Abreu. Esses dois assuntos acabaram sendo pilares também para “A gente pode tudo pelo menos por enquanto”.
“Não há intervenção minha, como se eu fosse um observador privilegiado, conduzindo apenas o enquadramento e a captura das cenas. Mas sem criar uma narrativa sequencial. Tudo para preservar a linguagem do espetáculo e traduzir o clima de inquietação e da busca pelo entendimento do lugar do artista e sua relação com o outro e com o público por meio das várias etapas e lugares, como a sala de ensaio, as intervenções, as conversas etc.”, explica o diretor da série.
Assim, é possível acompanhar por meio das cenas como o espetáculo foi criado, porém de forma solta, sem prender o espectador a uma narrativa temporal e nem a um narrador que conduz a história. Falas do encenador Marcio Abreu são entremeadas com cenas de ensaio, seguidas por performances nas ruas de Belo Horizonte, quando o elenco fez intervenções artísticas e interações com os transeuntes, e assim por diante. Neste mosaico, é possível um entendimento maior da criação teatral.
Temas
Os episódios misturam, de forma quase poética, imagens da sala de ensaio, de leituras, de exercícios, de conversas do elenco com o diretor Marcio Abreu e com convidados, como a poeta, professora e dramaturga Leda Maria Martins. Além disso, são mostrados detalhes de performances de rua que fizeram parte da construção da peça, revelando detalhes que ajudaram a construir a dramaturgia do espetáculo, mas que ficam longe dos olhos do espectador. E, claro, algumas cenas das estreias da peça nas capitais carioca, paulista e mineira, para captar a reação do público ao espetáculo pronto.
O que alinhava cada episódio são temas comuns no espetáculo OUTROS. São eles: “dentro e fora” (um paralelo entre a sala de ensaio e o palco e outras interações com o público); “alteridade”; “perplexidade”; “movimento”; “insuficiência da palavra”; e “poesia”.
Por exemplo, um deles em que o tema é “Movimento”, é todo construído a partir da trilha musical e da preparação corporal dos atores. Porém, a personagem principal deste episódio é a atriz Teuda Bara. Ainda que limitada pelo corpo (ela passou por uma cirurgia no joelho durante o processo) e pela idade (acabou de completar 80 anos), o episódio mostra como isso foi incorporado ao subtexto do espetáculo, e a capacidade de Teuda, apesar de todas as limitações, de conferir leveza através dos seus movimentos.
Ter assistido OUTROS não é condição para ver o webdoc (embora ele enriqueça a experiência para quem viu) e sim uma chance de acompanhar um processo de construção teatral para quem gosta do tema. “A ideia é trazer o público para dentro, de modo intimista, mostrando detalhes e reverberando discussões”, completa Luiz.
GRUPO GALPÃO
Criado em 1982, o Grupo Galpão tem sua origem ligada à tradição do teatro popular e de rua. Há quase 40 anos desenvolve um teatro que alia rigor, pesquisa e busca de linguagem, com montagem de peças que possuem grande poder de comunicação com o público. Formado por atores que trabalham com diferentes diretores convidados - como Gabriel Villela, Cacá Carvalho, Paulo José, Yara de Novaes e Marcio Abreu (além dos próprios componentes que também já dirigiram espetáculos do Grupo) - o Galpão formou sua linguagem artística a partir desses encontros diversos, criando um teatro que dialoga com o popular e o erudito, a tradição e a contemporaneidade, o teatro de rua e o palco, o universal e o regional brasileiro.
Serviço
de 11 a 28 de janeiro de 2021 - Novos episódios às segundas e quintas-feiras, às 19h
youtube.com/grupogalpao
*os episódios ficarão disponíveis até 11 de fevereiro
Ficha técnica do documentário
uma produção ALICATE | GRUPO GALPÃO | ENTREFILMES
dirigido por Luiz Felipe Fernandes
com Antonio Edson, Beto Franco, Eduardo Moreira, Fernanda Vianna, Inês Peixoto, Júlio Maciel, Lydia Del Picchia, Marcio Abreu, Paulo André, Simone Ordones, Teuda Bara
produzido por Luiz Felipe Fernandes, Ricardo Alves Jr
roteiro: Alexandre Baxter, Luiz Felipe Fernandes, Luiz Pretti
fotografia: Luiz Felipe Fernandes
montagem: Alexandre Baxter, Luiz Pretti
desenho de som e mixagem: Pablo Lamar
produção executiva: Ana Amélia Arantes, Fernando Lara, Gilma Oliveira, Luiz Felipe Fernandes
colorista: Alexandre Baxter
design gráfico: Délio Faleiro
motion graphics: Paulo Assumpção
comunicação: Bárbara Prado, Letícia Leiva
assessoria de imprensa: Canal Aberto – Márcia Marques | assistente: Carol Zeferino
interpretação para libras: Roseane Lucas
Lei Federal de Incentivo à cultura | Patrocínio máster: Cemig e Governo de Minas Gerais
Patrocínio: banco BV | Realização: Secretaria Especial de Cultura, Ministério do Turismo e Governo Federal
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