No próximo fim de semana o Centro Cultural Olido recebe a temporada de
estreia do espetáculo “Da cor de cobre”. Uma releitura poética sobre o auto do
Bumba-meu-boi, que faz uma ode à cultura popular do Maranhão, cadenciando o
passo e o brincar de toda sua gente.
Nos dias 04, 05 e 06 de dezembro de 2020, sexta-feira e sábado às 20h00 e domingo às 19h00, a Clarín Cia. de Dança estreia o espetáculo “Da cor de cobre”, no palco do Centro Cultural Olido. Com ingressos gratuitos, a temporada será realizada em formato híbrido, com três apresentações presenciais e, no sábado, uma transmissão on-line através das redes sociais.
Diante da necessidade das medidas de distanciamento
em razão da COVID-19, serão adotados todos os protocolos de segurança, e por
isso os ingressos serão limitados, com a necessidade de reserva antecipada
através do email: programacaoolido@gmail.com
Com o espetáculo "Da cor de cobre" a companhia que
tem a frente o diretor e bailarino maranhense Kelson Barros, faz uma releitura poética do auto do BUMBA-MEU-BOI,
apresentando histórias encantadas sobre alguns dos personagens existentes nesse
folguedo. O auto do bumba-meu-boi visto de um lugar mágico, através de uma
brecha entre o mundo real e o encantado, no qual Pai Francisco e Catirina podem
transitar.
O nome do trabalho faz referência a um
dos personagens do Bumba-meu-boi: o Caboclo de Penas. "Da cor de cobre” é uma alusão a esse
ser místico, um curandeiro que despeja encantamentos e saberes por onde passa.
Com sua roupa icônica, ele segue dançando e curando, trazendo um significado
ímpar à manifestação.
Além disso, a montagem também exalta o
olhar dos brincantes – o povo maranhense – buscando diversos outros
significados à “cor de cobre”: o entardecer, que dá início à festa; a terra –
avermelhada, que levanta a poeira com os passos feitos pelos baiantes; a
fogueira, essencial para afinar os couros dos pandeirões, cadenciando o passo e
o brincar de toda a gente.
"Esse trabalho é uma homenagem a
todos os grupos existentes e resistentes da cultura tradicional brasileira. Uma
forma de chamar atenção para o folclore nacional e ressignificar essa
manifestação popular, que acontece na rua, para usar os elementos técnicos da
caixa-preta a fim de recriar os ambientes mágicos das estórias", explica o
diretor do grupo Kelson Barros.
A Clarín
Cia. de Dança, é a junção de artistas com origens e experiências
diferenciadas, vindos da capoeira, breaking, ballet e danças brasileiras, que
se uniram ao redor da ideia da experimentação em dança e cultura popular.
Criado por Kelson Barros com o objetivo de dar continuidade à pesquisa
empreendida por ele com o Núcleo Igi Ara, ainda na graduação em dança em 2009,
a Clarín Cia de Dança tem como foco
a significação do gestual apresentado pela dança dos orixás, desenvolvendo uma
pesquisa em torno da dança popular contemporânea desde 2013, focando sua
pesquisa nas manifestações populares do Brasil. Um estudo da movimentação,
partindo do contato de cada participante com determinada manifestação/dança
pesquisada.
As pesquisas de campo se iniciaram entre
as idas e vindas constantes para São Luís – MA, terra de origem do diretor, que
promoveram intensa troca de informação e levantamento de material de pesquisa,
compartilhando a vivência e o conhecimento com os participantes da Cia.
Convidada a fazer uma circulação
municipal em 2018, a Cia. estreou o espetáculo “Cebola – cascas de um todo”. Um
espetáculo que teve seu processo criativo baseado nas histórias de amor de cada
integrante. Com canções da MPB e Bossa Nova, a montagem traz a dança do elenco
sendo livre e com cada integrante se fazendo intérprete de seu próprio momento.
Em 2020 estreia “ou 9 ou 80”, voltado
para o universo do passinho e do funk, que conta as histórias desses dançarinos
da periferia do Rio de Janeiro e de São Paulo. O fio condutor do trabalho são
as 9 mortes no baile em Paraisópolis e os 80 tiros na família na Zona Oeste do
Rio de Janeiro. A montagem leva músicas de funk e passinho para o teatro, no
Centro da metrópole, e também os dançarinos, onde o olhar dos frequentadores de
baile se identifica num ambiente diferente do habitual.
“A Clarin Cia. de Dança tem na cultura
popular brasileira sua grande fonte de pesquisa estética e temática para
criações contemporâneas. Sua preocupação é trazer questões relevantes à
contemporaneidade, porém embasada na essência do popular, acreditando que a
arte de um povo pode ser um instrumento de transformação social, uma vez que o
público se reconhece a partir de uma nova ótica, e que aos artistas cabe a
consciência sobre o papel que ocupam na sociedade”, complementa Kelson Barros.
Neste sentido, a Clarín Cia. De Dança acredita que a arte deve estar ao alcance de
todos e que as diferentes possibilidades de criação devem ser apresentadas para
gerar reflexão, aproximação e um sentimento de representatividade, numa
sociedade multiétnica e multicultural como a brasileira.
Mais informações em:
https://www.facebook.com/ClarinCiadeDanca
SERVIÇO:
SINOPSE
“Da cor de cobre” é uma releitura poética
do auto do BUMBA-MEU-BOI. Este trabalho apresenta histórias encantadas sobre
alguns dos personagens existentes nesse folguedo. O auto do bumba-meu-boi visto
de um lugar mágico, através de uma brecha entre o mundo real e encantado, no
qual Pai Francisco e Catirina podem transitar.
Quando: 04, 05 e 06 de
dezembro de 2020 - Horário:
sexta-feira e sábado 20h00 / domingo às 19h00
Onde: Centro Cultural
Olido - Av. São João, 473 - Centro Histórico de São Paulo, São Paulo - SP,
01035-000
Capacidade: 70 lugares
Classificação Livre
Reserva de ingressos através do e-mail: programacaoolido@gmail.com (enviar nome
completo, RG e celular - confirmação na sexta-feira 04/12)
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