CORTEJO AFRO DA FEBARJ



CORTEJO AFRO DA FEBARJ 
com Afoxé Filhos de Gandhi RJ, Imale Ife, Òrúnmilá, Zimbawê, Raízes Africanas e Lemi Ayò, 
na Av. Chile, transcorreu em clima de folia. 

O cortejo Afro da Febarj rolou em ritmo de carnaval, os grupos desfilaram ontem, na Av. Chile, a concentração começou por volta das 13h, mas o percusso começou em torno das 17h. Organizado pela Federação dos Blocos Afros e Afoxés do Rio de Janeiro - FEBARJ. Que cumpre com maestria seu papel em promover e congregar todos os Blocos Afros e Afoxés do Estado do Rio de Janeiro, auxiliando as entidades associadas, além de praticar, incentivar e fomentar todos os tipos de manifestações inerentes à Cultura Afro Descendente de origem nacional ou de origem internacional.
Os desfiles na Avenida Chile acontecem há três anos. Antes, eram realizados na Avenida Graça Aranha, com o a remodelação da Avenida Rio Branco, onde tradicionalmente desfilaram por mais de trinta anos. "Os blocos afro resistem com seus  desfiles há mais de três décadas, com uma ressalva de que a cada ano se torna mais difícil a liberação para o desfile, e os grupos afoxés a cada ano se desdobrarem para terem confirmado. E nem pense em obter da Rioturqualquer tipo de subvenção, que não dão o direito há mais de oito anos, em detrimento de outros desfilantesde outros segmentos culturais que tem esse incentivo garantido", desabafa Paulo Cesar Xavier - Presidente da FEBARJe também do Grupo Afro Cultural Orunmila.
 


Em meio a crise, a organização do cortejo afro tem por objetivo dar importância e visibilidade aos blocos afro e afoxés do Rio de Janeiro, que inclusive teve dois desfalques este ano por conta da falta de condições financeiras. Mas Filhos de Gandhi, Imale Ife, Òrúnmilá, Zimbawê, Raízes Africanas e Lemi Ayò, dançaram com raça, e claro, a empolgação contaminou a cada passagem dos blocos. Ainda mais com a presença de baluartes como Ogã Kotoquinho, Índia (1ª Rainha do Gandhi), Marcelo Reis, Isabel (Raízes), entre outros.

"Em 1974, nasceu o primeiro bloco afro de Salvador, o Ilê Ayê, inspirado na cultura e religiosidade africanas. Em plena ditadura militar,  o bloco nascia movido pelos ideais de Zumbi, Dandara e Mandela. Assim, de lá para cá outros blocos foram nascendo, principalmente em São Paulo e no Rio de Janeiro, com o objetivo de manter viva a manifestação culturas ligadas às religiões de matrizes africanas no Brasil. Assim, os blocos afro despontam como uma importante força de manutenção e promoção da cultura negra e contra todas as ações de preconceitos no Brasil, uma vez que as ações que fomentam as estruturas do blocos estão para além dos acontecimentos carnavalesco", atesta o Babalawô Ivanir dos Santos, que há anos acompanha o cortejo.

Com um público variado, aproximadamente 10 mil pessoas, entre jovens, crianças e veteranos, que aglomeraram e dançaram para fazer valer o carnaval das muitas culturas. Acima de tudo fundamentado nas matrizes que construíram a história do Brasil, expressadas através das danças e musicalidade dos blocos afro e dos afoxés, na alegria e no gingado do samba, na força e balanço da resistência. Que esse cenário mude para os próximos carnavais, com mais respeito à esse legado. A
xé e ajayô.












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