Paulinho da Viola festeja com a Velha Guarda da Portela - Part.Esp. Criolo





Um show que tem tudo para durar a noite toda está marcado essa sexta-feira, 17 de agosto no Espaço das Américas, zona oeste da capital paulista, à partir das 22h30. Não faltará história nem repertório na apresentação que terá Paulinho da Viola, 75 anos, festejando os 95 anos da Velha Guarda da Portela, de quem é padrinho. Outra celebração é a dos 85 anos do sambista Monarco, um dos compositores mais importantes da escola. Para juntar passado e presente, o rapper Criolo integra o espetáculo, que ganha o nome de “A Noite Veste Azul”.





Monarco faz aniversário no próprio dia 17 de agosto. “Como não estarei no Rio, o pessoal da Portela já fez uma porção de homenagens para mim e até já cortaram o bolo antes. Estou recebendo as minhas flores em vida”, afirma o compositor, que marcou a história do samba com sucessos como “Coração em Desalinho” e “Vai Vadiar”, entre outros.
Desde o início de sua carreira, Paulinho da Viola é padrinho da Velha Guarda da Portela: foi nomeado ao lado da então madrinha Clara Nunes (1942-1983).
“Paulinho foi o responsável por retirar do baú as canções dos antigos compositores da Velha Guarda. Eram muitas que foram cantadas na quadra, mas esquecidas. Ele gravou, em 1970, um LP que resgatava essas músicas. O sonho do Paulinho era tirar essas canções da sombra e ele conseguiu”, fala Monarco.
O álbum tem “Desengano”, “Quantas Lágrimas”, “A Maldade Não Tem Fim” e “Passado de Glória”, entre outras. “Mais de 30 anos depois, a Marisa Monte fez o mesmo com o disco “Tudo Azul” (1999)”, lembra o sambista. Ela também fez shows, nos últimos anos, com o Paulinho e a Velha Guarda.
Monarco foi bastante gravado, em especial, por Paulinho da Viola. “Ele gravou “Lenço”, “Passado de Glória”, “Me Deixa em Paz” e ainda foi responsável por criar a Velha Guarda Show, que passou a fazer apresentações após o lançamento do disco dele”, explica Monarco.
O sambista, que se emocionou com participação do “Domingão do Faustão” (Globo) no fim de julho, tem a certeza de que essa noite também será marcante. “Ver todas aquelas pessoas cantando ‘Coração em Desalinho’ em coro e o Faustão revendo minha trajetória com aquele papelzinho. Foi emoção demais”, conta. (Folhapress)


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