TRF de SP, por unanimidade, deu vitória para ação das populações de Matrizes Africanas, contra TV Record e TV Mulher.

Dr. Hédio Silva Júnior
Fonte : Rozangela Silva


O Motivo: insultos acintosos ao povo e à sua cultura religiosa.

Na grade da emissora terão que ser exibidas 16 horas de programação de conteúdo positivo e afirmativo sobre Cultura e Religiões de Matrizes Africana, nos horários nobres da emissora Record.

Sem dúvida é uma grande vitória para os defensores do direitos humanos, das liberdade religiosa em p rol de um estado laico.

“A nossa vitória vem justamente no momento em que vivemos situações ainda muito delicadas, em que as liberdades de expressão e de crenças são ameaçadas pelo avanço dos retrocessos sociais e políticos”, afirma o interlocutor da Comissão de Combate à Intolerância Religiosa – Ivanir dos Santos.

“A nossa luta continua, precisamos cada vez mais visibilizar as nossas vitórias diante dos processos de intolerâncias religiosas, principalmente quando essas ações acontecem por meio dos e meios de comunicação, seja rádio ou televisão, pois dão força e propagam as ações e atos de intolerância do país”, completa o babalawô.

Além da questão religiosa, a vitória nesse caso, representa uma ação fortíssima antirracismo no Brasil, que recai de forma sutil contras as manifestações religiosas de matrizes africanas. Rumo ao respeito.

HISTÓRICO - A ação foi impetrada em 2004 por um coletivo e de lá para cá ocorreram diversos tipos de recurso, embargos e tentativas de destituição da ação.

Os advogados Hédio Silva Jr., Jader Freire Macedo Júnior e Antônio Basílio Filho, cuidaram da ação magistralmente, ocorrida ontem, por volta das 17h, no TRF 3a Região, Av. Paulista.

"Foi uma vitória da cidadania, uma vitória da democracia, do Estado democrático de direito”, afirmou o advogado Hédio Silva Jr., que limita há 30 anos em prol dos direitos à raça negra.


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