Martinho da Vila, está todo prosa, recebeu o título de Doutor Honoris Causa, pela UFRJ, ontem, no Fundão.



Martinho da Vila e Ivanir dos Santos 






Fonte : Rozangela Silva 

Em sessão solene do Conselho Universitário, foi uma justíssima homenagem pelo conjunto da obra. A solenidade foi ontem no finalzinho da tarde, na Faculdade das Letras. O mais novo condecorado recebeu o carinho de Ivanir dos Santos, Geraldinho Carneiro, Helena Theodoro - que assina a biografia do músico, com lançamento previsto para o início do ano, Bemvindo Sequeira, Pedro Antônio dos Santos (Cônsul Geral Honorário de Cabo Verde no Rio de Janeiro), Ricardo Cravo Albin, além da mulher Cléo, filhos, netos, entre outros.

Bemvindo Sequeira, Ivanir dos Santos e Helena Theodoro 


Martinho, feliz e bastante emocionado fez diversos agradecimentos, a mulher Cléo, os filhos, entre eles a Dona Elza, sua irmã mais velha, ativa no alto de seus 90 anos. “Fiquei surpreso com a presença da número um, substituta da minha mãe”.  Enalteceu ainda no seu discurso que o título partiu por iniciativa do doutorando Babalaô Ivanir dos Santos e da Profa. Helena Theodoro, que fazem parte de um grupo ativo de pesquisadores negros.

Helena Theodoro, Martinho da Vila e Ivanir dos Santos 

A campanha começou nesse ano, quando após uma conversa entre Ivanir dos Santos com seus orientadores de pesquisa - Professor Flávio Gomes e André Chevitarese, surgiu a ideia de convidar o músico Martinho da Vila, para realizar uma aula magna do início do ano letivo, dos cursos de graduação e pós graduação, realizada em 21 de março desse ano, no IFCs. A reunião entre os professores também foi o começo da idealização de um projeto ainda maior: condecorar ao escritor e músico com o título de Doutor Honoris Causa, em virtude de todas as suas ações de fomentos em prol da cultura afro-brasileira e africana no Brasil. A indicação foi enviada para o colegiado e seguiu silenciosamente pelos pesquisadores da Coordenadoria de Experiência Religiosas Tradicionais Africanas Afro-brasileira Racismo e Intolerâncias Religiosas (ERARIR – LHER / UFRJ), onde começaram o processo para a homenagear o músico.

Eloy, Ivanir dos Santos e Consul de Cabo Verde 




Ivanir, Geraldo Carneiro e Helena Theodoro 


Assim, a Faculdade de Letras e o Conselho Universitário abraçaram a proposta ao reconhecer Martinho da Vila como um mestre popular, ressaltando sua atuação na militância contra o racismo na sociedade brasileira, através da música e como escritor. Martinho é um dos maiores nomes da música popular no Brasil. Completará 80 anos em fevereiro, tem 50 anos de carreira, o cantor se dedica atualmente as aulas na faculdade de Relações Internacionais. 

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