Realismo fantástico é marca de Skellig, obra infantojuvenil que estreia no Sesc Pompeia


Figura 1 Cena de Skellig - Foto de Camila Picolo

Realismo fantástico é marca de Skellig, obra infantojuvenil de David Almond, dirigida porCristiane Paoli Quito, que estreia no Sesc Pompeia


“Com o realismo mágico característico da sua escrita, está a tornar-se o Gabriel Garcia Marquez da ficção juvenil” | Times Educational Supplement
 
Estreia dia 16 de setembro de 2017, no Sesc Pompeia, em São Paulo, o mais novo espetáculo daCia Simples, dirigido por Cristiane Paoli QuitoSkellig, da obra de David Almond. Desde 2012, a Cia Simples busca colocar a literatura em cena e Skellig já é o terceiro espetáculo do grupo debruçado sobre a obra do autor britânico, um dos mais aclamados da literatura infantojuvenil na contemporaneidade. 
Nessa nova montagem, a diretora Quito reuniu os atores Daniela Duarte, Flavia Melman, Otávio Dantas, Natalia Mallo, Fabricio Licursi e Lucila Fazan para narrar as aventuras de Michael, um menino curioso e sensível, em seus encontros com um estranho ser alado que habita a garagem de sua casa nova. Em Skellig, a partir da junção da narrativa, do teatro e da dança, estão em cena referências poéticas e mitológicas que dão o tom de mistério e revelação, onde as aves e seus voos são metáforas para tratar de vida e morte, amizade e amadurecimento. 
A encenação da Cia Simples – que contem mistério, dor e humor – está calcada no jogo do ator, na narrativa como elemento fundamental da cena. Para tanto, estimula a imaginação da criança e a compreensão que ela pode ter da vida, sem subestimá-la. Em Skellig, os atores se revezam nos personagens, nas múltiplas possibilidades do corpo como instrumento principal, sem cenários realistas. Como se o palco estivesse ocupado por um livro e os espectadores fossem os leitores. 
Sobre Skellig
A narrativa de Almond apresenta, em Skellig, o menino Michael, de 10 anos, que está prestes a ganhar uma irmãzinha. Nascida antes do tempo e com necessidade de cuidados médicos, a bebê monopoliza o foco de atenção da família. É nesse cenário desolado, de esquecimento e abandono emocional, que o menino encontra em sua garagem uma criatura estranha, escondida em meio às caixas e à bagunça. Mas também é nesse período que ele ganha uma amiga, Mina, que diferente de Michael, não vai à escola – é educada em casa – e tem um interesse especial em pássaros, desenho e poemas. Juntos, passam a viver em torno do morador da garagem, procurando cura para suas supostas artrites ou doenças. Essa criatura, meio homem, meio pássaro, meio anjo e meio coruja revela aos garotos, no momento de sua partida, sua verdadeira identidade.
Skellig, a criatura encontrada por Michael em sua casa, é um ser alado, uma transição entre homem e pássaro, uma metáfora sobre a vida que nasce, na iminência perigosa da morte. Ou a passagem da fase de criança do personagem para o período da adolescência. 
É no jogo cênico entre Michael, sua família, Mina e seus amigos da escola que o personagem vai desenvolver, por meio da narrativa, um entrelaçamento de emoções, dúvidas, relacionamentos, avançar no tempo e na maturidade. Um rito de passagem, por meio do fantástico. 
Skellig compõe, com outras duas obras de Almond (O Meu Pai É Um Homem Pássaro e O Meu Nome é Mina), uma trinca de textos em que a figura do pássaro aparece como metáfora da fragilidade, do fantástico, em um tom épico e narrativo.





Sobre a Cia Simples
A Cia Simples, composta apenas por atores, iniciou sua pesquisa em 2003 com os laboratórios dramáticos propostos por Antônio Januzelli (Janô). O foco do trabalho da companhia está no jogo do ator, nas suas múltiplas possibilidades, no corpo como principal instrumento e na alegria do compartilhar. E como diz o próprio nome do grupo, sem muitos subterfúgios. A intenção é voltar ao simples, ao mínimo necessário para que o teatro aconteça.
De 2003 para cá, diretores/pesquisadores estiveram com a Cia Simples: com Georgette Fadel fez Gota D'Água – Breviário, com Leonardo Moreira e a Cia Hiato estreou Escuro e com Marat Descartes fez Mina!. Integrantes do grupo também estiveram à frente de criações, como Histórias de Dentro (direção de Flavia Melman e Daniela Duarte) e Azirilhante (texto e direção de Daniela Duarte). Ao total, o grupo tem oito espetáculos montados em seus 14 anos de estrada.
A partir de 2010, a companhia  se aproximou da diretora Cristiane Paoli Quito, e o desejo de criar um teatro que falasse com todo tipo de público e idade levou o grupo à literatura de David Almond. A parceria entre os atores e o autor britânico resultou em três espetáculos estreados pela Cia Simples: Meu Pai é um Homem Pássaro (direção de Cristiane Paoli Quito - Prêmio APCA e Femsa - 2012), Mina! (direção de Marat Descartes - 2014) e agora, em 2017, Skellig (direção de Cristiane Paoli Quito).
Sobre David Almond
Nascido em 1951, Almond iniciou sua carreira com O Segredo do Senhor Ninguém, que se tornou de imediato um best-seller mundial e recebeu diversos prêmios, como o Whitbread Children's Book of the Year  e a Carnegie Medal. O seu percurso literário é constituído por várias obras, entre as quais O Rapaz Que Nadava com as Piranhas, O Meu Pai É Um Homem Pássaro, Um Cantinho no Paraíso, O Meu Nome É Mina e O Grande Jogo. Os seus livros encontram-se traduzidos em diversas línguas. Em 2011, foi distinguido com o prestigiado Prémio Hans Christian Andersen. 
Sobre o autor, várias citações em publicações indicam sua qualidade como escritor voltado ao universo infantojuvenil, como o The Guardian, que o coloca como “o autor mais lírico a escrever para leitores juvenis na atualidade”, ou o The Times, que diz “não há ninguém como Almond a escrever ficção, quer para crianças quer para adultos”. Destinada principalmente a professores de escolas no Reino Unido, a Times Educational Supplement, um caderno semanal do jornal The Times, escreveu sobre Almond: “Com o realismo mágico característico da sua escrita, está a tornar-se o Gabriel Garcia Marquez da ficção juvenil”. Skellig foi publicado em 1998 e já foi adaptado para espetáculos teatrais, ópera e filme.
Ficha Técnica
Direção: Cristiane Paoli Quito Assistente de Direção: Lucia Kakazu Elenco: Daniela Duarte, Flavia Melman, Otávio Dantas, Natalia Mallo, Fabricio Licursi e Lucila Fazan Texto: David Almond Cenário e Iluminação: Marisa Bentivegna Figurino: Claudia Schapira Cenotécnico: Marcos Veia Operação de Luz: Henrique Andrade Produção Executiva: Núcleo Corpo Rastreado
Serviço
Temporada: 16 de setembro a 29 de outubro de 2017.

Sábados, domingos e feriado (12 de outubro), às 12h.
Sesc Pompeia – Teatro - R. Clélia, 93 - Pompeia, São Paulo
Telefone: (11) 3871-7700
Capacidade: 300 lugares | Recomendação: livre
Ingressos: R$5 (credencial plena/trabalhador no comércio e serviços matriculado no Sesc e dependentes), R$8,50 (credenciado*/usuário inscrito no Sesc e dependentes, +60 anos, estudantes e professores da rede pública de ensino) e R$17 (inteira). Crianças até 12 anos não pagam.
Duração: 60 min
Informações à imprensa
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