Empreendedores da periferia de São Paulo se tornam fornecedores de grandes empresas após programa de aceleração
Empreendedores da periferia de São Paulo se tornam fornecedores de grandes empresas após programa de aceleração
79% desses negócios ampliaram renda e mercado
O primeiro ciclo do Circulare, programa de aceleração do Salto Inclusão Produtiva, trouxe além do impacto econômico, o fortalecimento de práticas de gestão, inovação e eficiência operacional. Isso resultou em 79,3% dos participantes aumentarem seu faturamento, além de 83% dos empreendedores participantes tornaram-se fornecedores de grandes empresas durante e após o programa de forma contínua.
Esses resultados indicam que houve uma mudança cultural no mercado, que com a iniciativa do programa se sentiu incentivado a fechar negócios pensando no impacto social e priorização de fornecedores locais. Reforçando o compromisso do Salto Inclusão Produtiva com a construção de uma economia mais justa, diversa e territorializada. O Circulare se consolida como um programa que não apenas forma, mas integra empreendedores periféricos às cadeias formais de compra, gerando oportunidades concretas, ampliando renda e reduzindo desigualdades estruturais.
“Quando falamos em cadeia de fornecedores, ainda imaginamos um processo rígido, hierárquico, desenhado para manter tudo como sempre foi. Poder ver os resultados do Circulare, é confirmar a hipótese que construímos com o desenho do programa: a qualidade está distribuída, mesmo que as oportunidades não estejam e que dentro dos negócios periféricos soluções inovadoras já existem e muitas vezes são mais ágeis, mais customizáveis e mais conectadas ao território do que as grandes corporações imaginam. Investir em uma cadeia de fornecedores diversa não é apenas uma meta de ESG, mas uma ação estratégica”, destaca Camila Oliveira, gestora do Salto Inclusão Produtiva.
Com foco em diversidade, renda e oportunidades, Circulare: Mercado de Impacto, programa criado para impulsionar empreendedores periféricos da capital paulista, Grande São Paulo e região do ABC consolida modelo que conecta fornecedores periféricos a grandes empresas e estimula desenvolvimento territorial em seu primeiro ciclo de atividades.
O programa adotou um formato híbrido, com encontros online, oficinas práticas e dois momentos presenciais, com atividades realizadas entre maio e novembro deste ano, culminando em um evento de encerramento reunindo empreendedores, corporações e parceiros institucionais. Desde o início, a proposta era criar pontes reais entre a potência empreendedora das periferias e as demandas do mercado corporativo, promovendo geração de renda, acesso a oportunidades e inclusão produtiva.
A iniciativa foi desenhada com uma expectativa clara: estruturar pequenos e médios negócios liderados por grupos minorizados para acessar mercados até então inacessíveis, conectando eles à grandes empresas interessadas em diversificar sua cadeia de fornecedores, fortalecer suas práticas ESG e ampliar seu impacto socioambiental.
Diogo Bezerra é sócio-fundador da Mais1Code, empresa de tecnologia que ensina programação para jovens de periferia, e participou da 1ª edição do Circulare. Em 2025, firmou contrato com grandes empresas, como: RTM, LPD Hive e Mercado Livre, além da ONU, para o qual desenvolve projeto em São Tomé e Príncipe. “Eu acredito que participar do Circulare foi muito importante para que nós pudéssemos profissionalizar nossa área de vendas B2B. Nós tínhamos uma certa experiência prática aqui, mas nunca tínhamos tido, de fato, uma orientação. Sempre foi mais no instinto. Participar do Circulare ajudou não só a aprender, mas também que eu pudesse treinar o meu pessoal de vendas aqui.”
O sucesso do ciclo inaugural marca o início de um movimento que tende a crescer. O Salto pretende consolidar o Circulare como referência em compras inclusivas, ampliando sua atuação e envolvendo cada vez mais empresas comprometidas com impacto social e ESG.

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