Mostra Feminina de Hip Hop retorna a São Paulo com evento na Matilha Cultural entre os dias 10 e 13 de dezembro
Quarta edição do projeto reúne artistas e produtoras para discutir e fortalecer a presença feminina no Hip Hop, com programação gratuita que inclui dança, filme e shows abertos ao público
A Mostra Feminina de Hip Hop (MFHH) realiza, na Matilha Cultural, no centro de São Paulo, a última edição desta temporada, entre os dias 10 e 13 de dezembro, após passar por São Paulo e Porto Alegre em suas três edições anteriores. Com programação integralmente gratuita, o evento reforça o protagonismo das mulheres na cultura Hip Hop, reunindo formação, música, filmes e debates que ampliam a presença feminina na cena urbana. As atividades incluem ainda oficinas de dança, mostra audiovisual, bate-papos, apresentações de DJs e shows, culminando em um grande encontro no sábado, dia 13 de dezembro, a partir das 14h, na região central da capital paulista.
Idealizado pela produtora, jornalista e cineasta Luana Damasceno e a rapper e também pela produtora cultural Lica Tito, do grupo La Bella Máfia, a MFHH tem se consolidado, ao longo de suas edições, como um proeminente espaço de fomento e articulação do hip hop, como enfatiza Lica: “A Mostra está em seu ano de estreia e já ocupa um lugar de muita importância e relevância por tudo que se propõe a ser. Um espaço de coletividade feminina, de potenciais artísticas, e de grande troca, como vem acontecendo desde sua primeira edição”.
As atividades formativas do evento acontecem nos dias 10 e 12 de dezembro, com duas oficinas de dança gratuitas na Matilha Cultural, ministradas por Lu Bauer (Hip-Hop Freestyle Dance) e Mari Style (Afro Dance). As oficinas acontecem das 14h às 17h. As oficinas estão com as vagas preenchidas e as inscrições encontram-se encerradas. O resultado das atividades será apresentado pelas oficineiras no dia 13, durante o evento principal, quando as participantes também receberão seus certificados.
Sábado à tarde começa com a exibição dos documentários e um bate-papo com as produtoras audiovisuais e diretoras de conteúdo Thais Morresi e Azaleia, que discutirão processos de criação, produção e narrativa no audiovisual dentro do Hip Hop feminino, com foco em representatividade, memória e protagonismo de mulheres no setor. "A mostra é um espaço onde as mulheres têm seu devido reconhecimento a partir de suas vivências e talentos no Hip Hop, e ter iniciativas como essa é essencial para fortalecer e impulsionar o ‘corre’ das mulheres dentro do movimento.", comenta Azaleia, que vem da Baixada Santista especialmente para participar do evento.
Na parte musical, o evento recebe o grupo La Bella Máfia (RS), referência do rap gaúcho dos anos 1990, que retorna a São Paulo para uma apresentação especial de reencontro. “Para nós, um grupo pioneiro do Rio Grande do Sul, que foi criado há quase 30 anos, estar em São Paulo participando da Mostra é uma ponte mostrando o quanto as mulheres já estão aí há muito tempo e quanto ainda é importante termos um espaço para as mulheres se expressarem dentro da cultura. Então, a mostra tem uma relevância histórica, e para a La Bella Máfia vai ser realmente um ponto muito alto na nossa existência como um grupo feminino”, afirma Lica Tito.
O line-up também conta com a MC Monna Brutal, destaque do rap paulistano, que chega com rimas afiadas, forte presença de palco e uma narrativa política e identitária potente, trazendo para a Mostra a força de suas vivências como mulher trans, negra e periférica. Seu repertório tem como destaque o mais recente disco, “Tormento”, lançado em novembro deste ano. Completando a programação, Clara Lima, uma das vozes mais expressivas do rap contemporâneo, faz uma apresentação com foco em seu último álbum lançado também em 2025, intitulado “As Ruas Sabem”.
”Feliz demais em particpar do último show do ano na Mostra Feminina de Hip Hop, esse evento feito por mulheres, que fortalece outras mulheres também e que tem um objetivo foda de conectar diferentes gerações, inspirar as mais novas e honrar as mais velhas. Estou ansiosa para esse momento e trazendo o show novo pra fechar com chave de ouro esse ano” celebra Clara Lima.
A discotecagem fica por conta da DJ Laíz Regina (RS), que abre o evento e integra a La Bella Máfia , e da DJ Tati Laser, responsável pelas transições, pela ambientação sonora e pelo set de encerramento da 4ª edição da MFHH.
A Mostra Feminina de Hip Hop se consolida como um espaço de celebração, formação e fortalecimento do protagonismo feminino na cena, conectando artistas, produtoras, DJs, MCs, dançarinas e público. O encerramento desta temporada marca um ciclo de expansão da Mostra, reafirmando sua importância no estímulo à presença e à memória das mulheres dentro da cultura Hip Hop.
SERVIÇO:
Mostra Feminina de Hip Hop (MFHH)
Data: Sábado, 13 de dezembro
Horário: A partir das 14h
Local: Matilha Cultural (Rua Rego Freitas, 542 - República - SP)
Classificação etária: 15 anos
Entrada gratuita
PROGRAMAÇÃO:
OFICINAS DE DANÇA (10 e 12 de dezembro)
• Hip-Hop Freestyle Dance - com Lu Bauer
• Afro Dance - com Mari Style
Datas e horários:
• 10 e 12 de dezembro, das 14h às 17h
• 13 de dezembro - Apresentação final e entrega de certificado.
EVENTO - MOSTRA FEMININA DE HIP HOP (13 de dezembro)
Mostra Audiovisual + Bate-papo
• Thais Morresi - produtora audiovisual e diretora de conteúdo
• Azaleia - produtora audiovisual e diretora de conteúdo
Shows
La Bella Máfia (RS)
DJs
DJ Laíz Regina (RS)
Sobre a Boia Fria Produções:
Há 17 anos no mercado, a Boia Fria Produções é uma produtora cultural, assessoria de comunicação, gestão de talentos, editora musical e selo fonográfico com foco na música negra em todas as suas vertentes, desde a MPB, passando pelo jazz, samba, funk setentista, até o rap e a soul music nacional. Já trabalhou com artistas de renome como Azymuth, Seu Jorge, Racionais MCs e Elza Soares, e foi responsável pelas carreiras dos rappers Dexter e Rincon Sapiência. Atualmente, administra as carreiras de Amanda Magalhães e Samantha Schmütz. Como selo e editora, além das duas artistas, conta com nomes como Lia de Itamaracá, Dexter e MC Soffia no casting. Também se dedica a projetos como o Mestres da Soul e o SP RAP, eleito pelo público do Guia da Folha o melhor festival de 2014, além dos festivais Filhos do Guetto, Fico em Casa BR, Favela em Casa e do projeto Diversidartes.
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