Japa (BA) vence a Grande Final do Duelo Nacional de MCs 2025

O baiano foi o vencedor entre os 32 MCs finalistas e levou para casa o troféu da 13ª edição do maior encontro da cultura Hip Hop brasileira. A final contou com show do rapper Djonga com participações especiais Japa levou para casa o troféu da 13ª edição do Duelo Nacional de MCs - Foto Cadu Passos Neste domingo, o baiano Caio Lima Silva de Souza, conhecido como MC Japa, conquistou o principal troféu do freestyle brasileiro, depois de tentar por cinco vezes o Duelo Nacional de MCs. Natural de Salvador (BA), Japa iniciou sua trajetória aos 14 anos, na Batalha do Pega Rex. Tornou-se o maior vencedor das tradicionais batalhas Torre e 3º Round e é o único MC penta campeão estadual da Bahia. Em 2025, ingressou na FMS e marcou a cena ao se tornar o primeiro nordestino a vencer o aniversário da Batalha da Aldeia. “Eu precisava fazer isso pelo meu estado. Fiquei cinco anos vindo aqui e precisava fazer por mim também. Era o meu sonho de infância, várias lendas ganharam o Nacional. Valeu a pena.” destacou o campeão. Japa ressaltou ainda que em breve quer o bicampeonato, e deixou o recado para que mais MCs de regiões de fora do eixo persistam. Ele venceu a batalha final do MC Barreto, nascido na zona leste de São Paulo e formado nas batalhas de Guarulhos, único tricampeão regional do estado, que ficou em segundo lugar. O primeiro lugar levou pra casa a premiação de R$ 35 mil, e o segundo lugar teve a premiação de R$ 15 mil.  Ainda no pódio, ficaram o mineiro MC Lorran que ficou em terceiro lugar, levando para casa R$ 10 mil e o quarto lugar ficou com o paraibano MC Rank, que faturou R$ 5 mil.  A final da competição foi transmitida online pelo canal do Youtube da Família de Rua, cerca de 400 mil visualizações totais até o fim do domingo, atingindo o público simultâneo de até 52.200. Show do Djonga  O rapper mineiro Djonga foi atração principal da noite ao lado de Coyote Beatz. Conhecido por suas letras afiadas e críticas sociais, ele se tornou um dos nomes mais influentes do rap nacional. Ele trouxe várias participações especiais, entre elas o rapper Jotapê, além de alguns dos MCs finalistas do Nacional e de seus filhos. O artista mineiro incendiou a platéia cantando músicas de diferentes momentos da carreira, como os hits “​​O Mundo É Nosso”, “Olho de Tigre”, “Sinônimo de amor” e “Melhor Que Ontem”.  Durante sua apresentação, ele destacou a força do palco no Viaduto Santa Tereza, na capital mineira. “Eu já subi aqui nesse palco várias vezes, a primeira vez foi em 2015. O Duelo tem que ser sempre aqui, aqui é solo sagrado, aqui é o fundamento do Hip Hop”, destacou Djonga. Confira como foram os resultados das batalhas: Oitavas de final: Vitu (PE) eliminou Felino Nordestino (PI) Barreto (SP) eliminou João Vega (RJ) Japa (BA) eliminou Snart (CE) Cigano (MT) eliminou Onze (AL) Épico (MA) eliminou Geovani (GO) Lorran (MG) eliminou JBlack (SC) Rank (PB) eliminou Pedog (DF) Miliano (MS) eliminou MT (RJ) Quartas de final: Barreiro (SP) eliminou Cigano (MT) Japa (BA) eliminou Miliano (MS) Rank (PB) eliminou Épico (MA) Lorran (MG) eliminou Vitú (PE) Semifinais: Japa (BA) eliminou Lorran (MG) Barreto (SP) eliminou Rank (PB) Disputa pelo terceiro lugar: Lorran (MG) venceu Rank (PB) Final: Japa (BA) vence de Barreto (SP) Rimas conectam um país continental No ano em que a Família de Rua celebra 18 anos do Duelo MCs, o projeto segue mostrando o poder da cultura Hip Hop e sua força na ocupação contínua dos espaços públicos urbanos. “O Duelo Nacional é um movimento que conecta gerações e principalmente batalhas de diferentes territórios e vozes de todo o país”, afirma Pedro Valentim, produtor e integrante da Família de Rua, coletivo que criou o projeto em 2007 em BH, e desde 2012 realiza uma competição anual nacional. Nesta edição, o evento é realizado pela Família de Rua por intermédio da Fundação Nacional de Artes - Funarte/Ministério da Cultura, decorrente da Emenda Parlamentar de autoria do Deputado Federal Patrus Ananias e conta com o apoio da Xeque Mate Bebidas. O evento integra a programação associada do Festival de Artes Negra - FAN BH, realizado pela Prefeitura de Belo Horizonte em parceria com o Instituto Periférico. 18 anos de Família de Rua  Desde 2007, a Família de Rua realiza o Duelo de MCs, projeto que se tornou um dos mais importantes movimentos periódicos de ocupação do espaço público de Belo Horizonte, a partir do encontro das manifestações artísticas do Hip Hop. Fazendo do baixio do Viaduto Santa Tereza - no centro da cidade - a sua casa, o Duelo reúne, a cada edição, uma média de 1.500 pessoas, vindas de todas as regiões da grande BH.  Mais do que uma organização, a Família de Rua é um movimento do Tamanho do Brasil. Nascida em Belo Horizonte, a FDR acredita na essência da cultura e das manifestações artísticas urbanas e realiza projetos e experiência culturais que conectam as juventudes de todo o país.  Nesta missão, a Família trabalha focada na promoção do Hip Hop e do skate em seus moldes originais, preservando a originalidade e a força presentes na arte e no estilo de vida das pessoas que respiram a rua cotidianamente. Final do Duelo de MCs Nacional 2025 1º lugar - Japa (BA) 2º lugar - Barreto (SP) 3º lugar - Lorran (MG) 4º lugar - Rank (PB) Final do Duelo Nacional de MCs contou com show do Djonga - Foto Pâmela Bernardo