Espetáculo leva arte e reflexão ambiental a escolas públicas do DF
Galhada, em tempos de fissura circula por cinco Regiões Administrativas com apresentações e mediações culturais que unem teatro, ecologia e educação sensível
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| Foto: Diego Bressani |
O espetáculo Galhada, em tempos de fissura do grupo Teatro do Instante, chega a escolas públicas do Distrito Federal propondo um diálogo entre arte, meio ambiente e educação. A circulação contempla dez apresentações para estudantes do Ensino Médio em cinco regiões administrativas.
O projeto, que conta com recurso do Fundo de Apoio à Cultura (FAC) da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do DF, já passou por Gama e Planaltina e, em novembro, chega a escolas de Brazlândia, Taguatinga e Sobradinho.
A montagem, dirigida e interpretada por Alice Stefânia, propõe uma reflexão poética e crítica sobre a crise ambiental e o impacto das ações humanas no planeta. O espetáculo questiona os modos de vida e de consumo que colocam em risco o equilíbrio da Terra, convidando o público a pensar em novas formas de convivência entre pessoas, natureza e outras existências.
“Levar esse tema às escolas é fundamental, porque é uma discussão que atravessa todas as existências. Estamos num momento em que os jovens vão enfrentar, nas próximas décadas, desafios ambientais cada vez mais urgentes. A arte pode ser uma forma de despertar consciência e sensibilidade diante disso”, afirma Alice Stefânia, diretora e idealizadora do projeto.
O espetáculo apresenta a figura da mulher galhada, personagem que se conecta aos mundos vegetal, animal e mineral do Cerrado, evocando paisagens, sons e símbolos desse bioma que é o berço das águas brasileiras. A encenação combina música ao vivo, projeções, poesia e performance, convidando o público a uma experiência sensorial e reflexiva.
Além das apresentações, o projeto oferece um trabalho de mediação cultural em parceria com o LACRI - Laboratório de Crítica Teatral da Universidade de Brasília. As atividades são coordenadas por Wellington Oliveira e envolvem estudantes em oficinas que aproximam literatura, crítica e criação cênica. O objetivo é preparar o público escolar para uma recepção sensível da obra e ampliar a compreensão dos temas abordados.
“Existe um desejo muito forte de romper a bolha do público tradicional do teatro e dialogar com outras comunidades. Quando a arte entra nas escolas, ela alimenta também uma educação estética, sensível, algo essencial para pensar novas formas de estar no mundo”, acrescenta Alice.
Com acessibilidade garantida, o projeto inclui apresentações voltadas a pessoas surdas e cegas, reforçando o compromisso com a inclusão e a democratização do acesso à arte.
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