Documentário sobre Bira Rasta estreia no MAC

 Documentário 'Eu Sou a Onda' resgata legado de Bira Rasta e estreia no MAC, em Niterói


Filme do diretor Gregori Bastos traz depoimentos de pessoas próximas, além de imagens do arquivo pessoal de seus familiares



O legado musical e cultural de Bira Rasta, um dos pioneiros do reggae brasileiro, será celebrado no documentário Eu Sou a Onda. O curta de 25 minutos estreia nesta quinta-feira, às 19h, no MAC, em Niterói, cidade onde Bira fez carreira costumava cantar na Cantareira. A exibição é gratuita.

O documentário revisita a história de Ubirajara Nascimento da Silva - músico, compositor e instrumentista - na cena independente do país. O filme, dirigido por Gregori Bastos, tem como trilha sonora músicas inéditas de três discos não-lançados pelo artista.

Bira Rasta era conhecido pelo seu carisma e magnetismo, e é isso que o documentário pretende mostrar. Bastos foi atrás de depoimentos de familiares, amigos e artistas que fizeram parte da vida do músico, como Serginho Meriti. As memórias são permeadas por imagens de arquivo também inéditas, que retratam desde a infância e adolescência na década de 1960 em Itaboraí e Rio Bonito, até os primeiros shows em Petrópolis, onde se radicou, e em Niterói, além da presença em festivais no Rio Grande do Sul e da Bahia.

“O legado de Bira Rasta transcende o reggae e se confunde com a própria história da música independente no Brasil. Nosso objetivo com Eu Sou a Onda é dar a ele o reconhecimento que merece e levar sua história para novas gerações. As faixas nunca lançadas serão um presente para os fãs que acompanharam sua carreira”, afirma Bastos.

A trajetória do músico está atrelada, ainda, à efervescência do movimento reggae da Baixada Fluminense, onde nomes como Toni Garrido e Marcelo Yuka surgiram. Seu primeiro álbum, junto com a banda Alma Reggae, foi lançado pelo selo Rock it, de Dado Villa Lobos. Já a canção Charuto de Rasta se tornou um hino para os amantes do reggae, e sua música Jah Vai Providenciar foi imortalizada em gravação do Cidade Negra.

A narrativa do filme se constrói sobre três pilares fundamentais: a infância de Bira Rasta e o primeiro contato com a música através do irmão Gatão; sua imersão no reggae e a luta antirracista por meio da arte; e os desafios enfrentados ao longo da vida, incluindo suas prisões, a batalha para se manter na cena independente e o reconhecimento póstumo que sua obra merece.

Serviço
Dia 09/10, às 19h
Onde: Museu de Arte Contemporânea (MAC) - Mirante da Boa Viagem s/nº, Boa Viagem, Niterói 
Entrada gratuita

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