“TIMIDEZ”, suspense psicológico baiano estreia no Festival do Rio

 “TIMIDEZ”, suspense psicológico baiano estreia no Festival do Rio

Entre silêncios e fantasmas, o longa aborda cicatrizes íntimas e afetos
na jornada em busca do amor




 O cinema brasileiro se prepara para receber TIMIDEZ, o filme que estreia no dia 4 de outubro no 27º Festival do Rio, o maior festival de cinema da América Latina. O longa  baiano mergulha nas nuances da intimidade, da solidão e das marcas invisíveis do passado, acompanhando a jornada de um jovem que enfrenta fantasmas pessoais e familiares.

 Com uma narrativa intensa e sensível, TIMIDEZ promete envolver o espectador em um drama de suspense psicológico cheio de tensão, afetos e possibilidades de reinvenção. O roteiro de Susan Kalik, Cláudia Barral e Marcos Barbosa é uma adaptação do texto teatral baiano O Cego e o Louco, de Cláudia Barral, importante espetáculo baiano remontado no Brasil há 25 anos.

 A trama acompanha Jonas, jovem negro que divide a casa com Nestor, seu irmão cego, em uma relação familiar marcada tanto pelo afeto quanto pela tensão. Carregado por memórias que o adoecem, Jonas vive isolado, nutrindo em segredo o afeto por Lúcia, sua vizinha. Quando ela aceita um convite para jantar, ele enfrenta um confronto inevitável: com o irmão, com seu passado e com os fantasmas que o impedem de se reconhecer digno de amor. 

 “Timidez é um retrato íntimo dos extremos que a experiência de pessoas como Jonas, num país como o nosso, pode ser. Mas principalmente, uma reafirmação de que a celebração constante da memória afetuosa de nossas trajetórias pode ser a cura permanente. Timidez é assertivo em afirmar  que, buscar viver em totalidade pode ser um caminho para tão sonhada liberdade “, afirma Dan Ferreira, protagonista do longa.

100% baiano
O filme reúne um elenco inteiramente negro e composto exclusivamente por atores baianos, combinando talento, identidade e representatividade. reforçando a autenticidade e a força cultural da produção. Totalmente gravado na Bahia, TIMIDEZ é protagonizado por Dan Ferreira (A Porta ao Lado; Pixinguinha; Meu Nome é Gal; Alemão 2) e Antônio Marcelo (As Balas que Não Dei ao Meu Filho; Couraça).

O que o público pode esperar do filme
Mais do que um drama familiar, TIMIDEZ propõe um mergulho na experiência de um homem negro frente às marcas invisíveis que o racismo imprime, não em sua forma explícita ou institucional, mas como cicatriz íntima, silenciosa e cotidiana. O longa explora as complexidades emocionais de um jovem negro, revelando feridas profundas, timidez e a luta pela intimidade e conexão.

Estética e sensibilidade
Com direção de Susan Kalik (Couraça; indicada ao Emmy Internacional pela série Anderson Spider Silva) e Thiago Gomes Rosa (Bando, um filme de; Tudo que Move), cineastas com sólida trajetória em documentários que agora estreiam na ficção, o filme aposta em uma narrativa intimista, mergulhando no psicológico dos personagens e nas marcas silenciosas do racismo e da solidão.

 “O que me move em TIMIDEZ é olhar para o que não se diz. Para os silêncios que o racismo instala dentro de nós, e como eles podem se transformar em labirintos íntimos. O filme é sobre cicatrizes invisíveis, mas que, no afeto, encontram um caminho para existir em voz alta”, afirma Susan Kalik.

 “Todos nós temos nossos monstros e fantasmas. A forma como lidamos com eles nos momentos mais íntimos de conflito, e como o afeto pode se tornar o ponto de virada desses instantes, foi o que mais me impulsionou na direção deste filme. Também me instigou a possibilidade de construir um suspense psicológico que não fosse sobre o susto, mas sobre o silêncio”, completa Thiago Gomes Rosa.

 Carol Tanajura, diretora de arte de Timidez e Oeste Outra Vez (Prêmio ABC e finalista do Prêmio Grande Otelo), e Matheus da Rocha Pereira, diretor de fotografia de Timidez (Elon Não Acredita na Morte, Trabalhar Cansa), assinam a estética delicada e potente do filme. Segundo a diretora de arte, a casa dos personagens funciona como um palco onde passado, presente e futuro convivem, com cada cor traduzindo memória, presença e desejo. A coreografia da cena de dança é de Zebrinha (Balé Folclórico da Bahia e Dança dos Famosos), a trilha original traz canções de Jarbas Bittencourt e Gilberto Gil.


TIMIDEZ é uma produção da MODUPÉ PRODUTORA em coprodução com a RACCORD PRODUTORA e distribuição da 02 PLAY, realizado com investimento FSA/BRDE/ANCINE e Governo da Bahia, apoio financeiro da Fundação Cultural do Estado da Bahia, Fundo de Cultura e Secretaria de Cultura, através da Lei Paulo Gustavo e Política Nacional Aldir Blanc. 

SERVIÇO

SINOPSE

Jonas divide a casa com Nestor, seu irmão cego, que é ao mesmo tempo amparo e prisão. Sob o silêncio de memórias que o adoecem, Jonas alimenta em segredo o afeto por Lúcia, sua vizinha. Mas nesta noite Lúcia virá para o jantar, e Jonas precisará enfrentar a sombra de sua timidez, confrontando os fantasmas que o impedem de se reconhecer digno de amor.

FESTIVAL DO RIO - LANÇAMENTO “TIMIDEZ”

05/10| 16:15 - Estação NET Rio (Sessão + bate papo)

06/10| 18:00 - Cine Carioca José Wilker

Ingressos: https://www.ingresso.com/filme/timidez

SOBRE A MODUPÉ PRODUTORA

A MODUPÉ PRODUTORA é uma produtora audiovisual baiana, vocacionada, focada na criação, desenvolvimento de obras audiovisuais de ficção e documentário, principalmente em questões raciais, LGBTQIAPN+ e mulheridades, com foco em temáticas e estéticas com relevante potencial artístico, político e social. Em seu portfólio, 04 longas-metragens documentais já lançados e 01 longa-metragem de ficção, além de 10 curtas-metragens, dezenas de filmes promocionais e mais de 30 espetáculos teatrais, acumulando mais de 60 prêmios diversos. 

SOBRE A RACCORD PRODUÇÕES

Fundada em 1993, a Raccord Produções já lançou mais de 23 produções no mercado brasileiro (longas, curtas e séries). Liderada por Clélia Bessa, tem se dedicado a novas plataformas, fortalecendo suas parcerias com a Globo Filmes, Disney, Downtown Filmes, Paris Filmes, O2 Play, entre outras. Viajou o mundo com o longa 'Madalena', dirigido por Madiano Marcheti, e realizou a produção infantil de maior orçamento da história brasileira até então, o longa “Pluft, O Fantasminha”, que recebeu os prêmios de “Melhor Longa-Metragem Infantil” e “Melhores Efeitos Visuais” da Academia Brasileira de Cinema. O filme foi dirigido por Rosane Svartman, autora indicada ao Emmy Internacional e considerada um dos maiores nomes da dramaturgia contemporânea,  e trouxe a magia do teatro para o cinema com um efeito fantasmagórico gravado debaixo d’água, em 3D. Em 2024, lançou a primeira série animada infantil com vozes da multiartista brasileira Elisa Lucinda, "Vovó Tatá", uma coprodução com a Gloob, além do longa documental "O Nascimento de H. Teixeira" e a ficção "Câncer com Ascendente em Virgem", dirigido por Rosane Svartman e finalista do Prêmio Grande Otelo.


FICHA TÉCNICA

Personagens | Elenco:  Dan Ferreira (Jonas) | Antônio Marcelo (Nestor) | Evana Jeyssan (Lúcia) | Jane Santa Cruz (Tereza) |  João Pedro Costa (Jonas - criança) | Zion Marley (Nestor - jovem) |Lilica Rocha (Ana Flor) |Ridson Reis (Porteiro) 

Direção: Susan Kalik e Thiago Gomes Rosa

Produção: Clélia Bessa e Marcos Pieri

Roteiro: Susan Kalik, Cláudia Barral e Marcos Barbosa

Baseado na peça teatral: O Cego e o Louco, de Cláudia Barral

Direção de fotografia: Matheus da Rocha Pereira

Direção de arte: Carol Tanajura

Direção musical e trilha original: Jarbas Bittencourt

Montagem: Lucílio Jota e Quito Ribeiro, EDT.

Coreografia de dança: José Carlos Arandiba "Zebrinha"

Figurino: Lena Santana

Caracterização: Jade Alves

1º assistente de direção: Rodrigo Luna

Som direto: Napoleão Cunha

Edição de som e mixagem: Bernardo Uzeda

Colorista sênior: Paulo M. Andrade, ABC (in memoriam)

Direção de produção: Alessandra Pastore

Produção executiva: Paula Alves

Produção de finalização: Gabriela Capanema

Produção associada: Susan Kalik, Dan Ferreira, Rosane Svartman e Thiago Gomes Rosa

Distribuição: O2 Play

Cartaz: @darwinmarinho

Foto: @adeloyaoficial


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