Mulheres na ficção científica é tema de mostra de filmes na Cinemateca Brasileira, de 01 a 03 de agosto
Mulheres na ficção científica é tema de mostra de filmes na Cinemateca Brasileira, de 01 a 03 de agosto
Além dos longas Geada de Netuno, Estranhos prazeres, Terremoto em Lisboa, Flaming Ears, e Tremor Iê, a mostra inclui duas sessões de curtas-metragens: a primeira com produções brasileiras recentes e a segunda dedicada à cineasta e artista palestina Larissa Sansour
Site Cinemateca Brasileira
A Cinemateca Brasileira dá continuidade ao seu ano dedicado aos gêneros cinematográficos e realiza, entre os dias 1 e 3 de agosto, a mostra MULHERES NA FICÇÃO CIENTÍFICA. Serão exibidos catorze filmes dirigidos por mulheres que exploram elementos especulativos inspirados pela ciência e pela tecnologia, com especial atenção às questões sociais e políticas do mundo contemporâneo.
A seleção reúne obras que abordam viagens espaciais, cenários distópicos, tecnologias a serviço do autoritarismo e fabulações futuristas enraizadas no presente.
A mostra tem início com uma sessão dedicada a dois filmes afrofuturistas. Afronautas, da cineasta ganesa Nuotama Bodomo, revisita – com liberdade poética – o episódio real de uma missão espacial organizada na Zâmbia com o objetivo de superar os Estados Unidos na corrida à Lua. Geada de Netuno, dirigido pela ruandesa Anisia Uzeyman e pelo americano Saul Williams, apresenta uma história de amor ambientada em uma vila no Burundi construída com peças de computadores, e explora como a tecnologia pode funcionar tanto como ferramenta de libertação quanto de controle dos corpos.
Completam a seleção os longas Estranhos prazeres, de Kathryn Bigelow, Terremoto em Lisboa, de Rita Nunes, Flaming Ears, de Ursula Puerrer, A. Hans Scheirl, Dietmar Schipek e o cearense Tremor Iê, de Lívia de Paiva e Elena Meirelles.
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A programação inclui ainda duas sessões de curtas-metragens: a primeira com produções brasileiras recentes que experimentam novas e ousadas linguagens – muitas delas atravessadas pelo desejo de dar forma ao caos político e social pós-2013; a segunda é dedicada à cineasta e artista palestina Larissa Sansour, cuja obra imaginativa é marcada pela defesa do território palestino.
Todas as sessões são gratuitas, com retirada de ingressos uma hora antes do início de cada sessão.
CINEMATECA BRASILEIRA
Largo Senador Raul Cardoso, 207 – Vila Mariana
Horário de funcionamento
Espaços públicos: de segunda a segunda, das 08 às 18h
Salas de cinema: conforme a grade de programação.
Biblioteca: de segunda a sexta, das 10h às 17h, exceto feriados
Sala Grande Otelo (210 lugares + 04 assentos para cadeirantes)
Sala Oscarito (104 lugares)
Retirada de ingresso 1h antes do início da sessão
Sexta-feira, 01 de agosto, na Sala Grande Otelo
20h: AFRONAUTAS, de Nuotama Bodomo (EUA, 2014, 14 min, 14 anos)
GEADA DE NETUNO, de Anisia Uzeyman, Saul Williams (EUA | Ruanda, 2021, 105 min, 14 anos)
Sábado, 02 de agosto, na Sala Grande Otelo
15h: Sessão de Curtas Brasileiros
PRINCESA MORTA DO JACUÍ, de Marcela Ilha Bordin (Brasil | RS, 2018, 17 min, 12 anos)
PLANO CONTROLE, de Juliana Antunes (Brasil | MG, 2019, 16 min, 10 anos)
BLACK OUT, de Rossandra Leone (Brasil | RJ, 2019, 19 min, 14 anos)
ABJETAS 288, de Júlia da Costa, Renata Mourão (Brasil | SE, 2020, 21 min, 16 anos)
17h30: TERREMOTO EM LISBOA, de Rita Nunes (Portugal, 2024, 74 min, 14 anos)
20h: ESTRANHOS PRAZERES, de Kathryn Bigelow (EUA, 1995, 145 min, 16 anos)
Domingo, 03 de agosto, na Sala Grande Otelo
15h: Sessão de Curtas Larissa Sansour
UM ÊXODO ESPACIAL (Dinamarca | Palestina, 2008, 5 min, 12 anos)
ESTADO-NAÇÃO (Dinamarca | Palestina, 2012, 9 min, 12 anos)
NO FUTURO, ELES COMIAM DA MELHOR PORCELANA (Reino Unido, Dinamarca, Catar, 2016, 29 min, 12 anos)
IN VITRO (Dinamarca, Reino Unido, Palestina, 2019, 28 min, 12 anos)
17h30: FLAMING EARS, de Ursula Puerrer, A. Hans Scheirl, Dietmar Schipek (Austria, 1992, 89 min, 18 anos)
20h: TREMOR IÊ, de Elena Meirelles, Lívia de Paiva (Brasil | CE, 2019, 87 min, 14 anos)
CINEMATECA BRASILEIRA
A Cinemateca Brasileira, maior acervo de filmes da América do Sul e membro pioneiro da Federação Internacional de Arquivo de Filmes – FIAF, foi inaugurada em 1949 como Filmoteca do Museu de Arte Moderna de São Paulo, tornando-se Cinemateca Brasileira em 1956, sob o comando do seu idealizador, conservador-chefe e diretor Paulo Emílio Sales Gomes. Compõem o cerne da sua missão a preservação das obras audiovisuais brasileiras e a difusão da cultura cinematográfica. Desde 2022, a instituição é gerida pela Sociedade Amigos da Cinemateca, entidade criada em 1962, e que recentemente foi qualificada como Organização Social.
O acervo da Cinemateca Brasileira compreende mais de 40 mil títulos e um vasto acervo documental (textuais, fotográficos e iconográficos) sobre a produção, difusão, exibição, crítica e preservação cinematográfica, além de um patrimônio informacional online dos 120 anos da produção nacional. Alguns recortes de suas coleções, como a Vera Cruz, a Atlântida, obras do período silencioso, além do acervo jornalístico e de telenovelas da TV Tupi de São Paulo, estão disponíveis no Banco de Conteúdos Culturais para acesso público.
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