Instituto Felipe Neto visita Afroreggae e conhece de perto a iniciativa pioneira de educação digital nas favelas

Instituto Felipe Neto visita Afroreggae e conhece de perto a iniciativa pioneira de educação digital nas favelas 

Na última segunda-feira, 16 de junho, o Grupo Cultural AfroReggae recebeu a visita do Instituto Felipe Neto em uma agenda de trocas e reconhecimento mútuo entre duas iniciativas que compartilham o compromisso com a juventude e a inclusão no mundo digital. A equipe do Instituto percorreu diferentes espaços da organização, com início na sede da Lapa e visitas às unidades de Vigário Geral e do Complexo da Maré (Nova Holanda e Timbau).

“As visitas técnicas realizadas hoje nos permitiram conhecer de forma mais próxima o trabalho potente desenvolvido pelo AfroReggae — desde a sede no Centro, que abriga a produtora e o projeto Segunda Chance, até as unidades em territórios como Vigário Geral, Nova Holanda e Timbau, onde acompanhamos de perto a implementação do AfroGames. A experiência foi fundamental para aprofundar nosso entendimento sobre a metodologia e os impactos do projeto, além de promover trocas valiosas com a equipe local. O mapeamento de sinergias entre o Instituto Felipe Neto e o AfroReggae, especialmente nas áreas de educação midiática e saúde mental, revela um potencial significativo de colaboração. Essa aproximação abre caminho para iniciativas conjuntas que podem ampliar e fortalecer ainda mais o impacto social de ambas as instituições nos territórios periféricos do Rio de Janeiro”, afirma Lucas Venâncio, coordenador de Projetos e Produtos do Instituto Felipe Neto.



O encontro teve como foco o intercâmbio de experiências em torno da educação digital, saúde mental e desenvolvimento de competências essenciais para o presente e o futuro das novas gerações. Criado em 2020, o Instituto Felipe Neto atua com formação crítica, educação midiática e acolhimento emocional de crianças e adolescentes — com destaque para o Espaço Vida, programa de apoio psicológico em escolas públicas, e iniciativas voltadas à cidadania digital.

Já o AfroGames, programa do AfroReggae, oferece formação gratuita em games, tecnologia e inglês, com trilhas voltadas à criação de jogos e à preparação de atletas profissionais de eSports. Com metodologia própria e foco na juventude das favelas, o programa integra formação técnica, cidadania e inovação como caminhos para a geração de oportunidades concretas.

“A presença do Instituto Felipe Neto é um reconhecimento importante do que temos construído com o AfroGames. Nossas ações se conectam porque preparar jovens para o mundo digital vai muito além de ensinar tecnologia: envolve acolher, formar e ampliar horizontes”, afirma Karla Soares, diretora social do AfroReggae.

Durante a visita, foram debatidos temas como cyberbullying, misoginia digital, racismo algorítmico e os impactos dessas violências simbólicas no desenvolvimento emocional de jovens das periferias. Também surgiram propostas de ações conjuntas com foco em escuta ativa, produção de conteúdo educativo e ampliação das redes de cuidado em saúde mental.

A visita reforça o diálogo entre organizações que enxergam a cultura digital como ferramenta de transformação social e democratização de futuros possíveis.



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