GRATUITO | Cinemateca Brasileira faz sessão especial dos filmes "O Atalante" e "Zero de Conduta", de JEAN VIGO, no sábado, 7 de junho

 



 
CINEMATECA BRASILEIRA faz sessão especial dos filmes O ATALANTE e ZERO DE CONDUTAde JEAN VIGO, no sábado, 7 de junho

 

Sessão será precedida pela exibição de entrevista de François Truffaut, conduzida por Éric Rohmer, na qual ele comenta os filmes de Jean Vigo

 

Programação inclui palestra do pesquisador Marcelo Ramalho sobre a vida e obra do realizador francês

 

 

Site Cinemateca Brasileira

 

 


Figura central no desenvolvimento do realismo poético francês dos anos 1930 — e, posteriormente, referência fundamental para a Nouvelle Vague —, Jean Vigo (1905–1934) construiu uma breve, porém extraordinária carreira. Em apenas quatro filmes, soube articular imagens do cotidiano com elementos documentais e toques de surrealismo, resultando em uma obra marcada por um espírito ao mesmo tempo inventivo e anárquico.

 

Para celebrar a obra do cineasta, a Cinemateca Brasileira apresenta uma sessão especial de Zero de conduta (1933) e O Atalante (1934) em parceria com a Embaixada da França no Brasil, com a Cinemateca da Embaixada da França e com o Institut Français.

 

Vigo foi objeto de estudo do crítico Paulo Emilio Salles Gomes durante sua estadia na França, nos anos 1940, resultando no livro Jean Vigo, publicado pela primeira vez em 1957. Ao mesmo tempo biografia, pesquisa histórica e estudo estético dos filmes, o livro tornou-se uma referência essencial na bibliografia sobre o cineasta. Nele, Paulo Emilio escreve: “Resumindo a posição das pessoas em relação a Vigo: existe um grande respeito por aquilo que ele poderia ter sido; lamenta-se que tenha apenas dado início à sua obra; dá-se muita importância aos defeitos de seus filmes, considerados de vanguarda.” Para François Truffaut, que teve acesso ao manuscrito, tratava-se do “mais belo livro de cinema” que havia lido, segundo escreveu em 1954.

 

A programação inclui também a palestra "Vida e obra de Jean Vigo", ministrada pelo pesquisador Marcelo Ramalho. A apresentação traça um panorama histórico e pessoal do cineasta e de seus filmes, combinando pesquisa e memória a fim de instigar a curiosidade dos novos espectadores e a afeição dos já iniciados na filmografia de Vigo.

 

Antes da exibição dos filmes, será apresentada uma entrevista de François Truffaut, conduzida por Éric Rohmer em 1968, na qual ele comenta a obra de Jean Vigo.

 

A programação é gratuita e os ingressos são distribuídos uma hora antes.

 

 


CINEMATECA BRASILEIRA

Largo Senador Raul Cardoso, 207 – Vila Mariana

 

Horário de funcionamento

Espaços públicos: de segunda a segunda, das 08 às 18h

Salas de cinema: conforme a grade de programação.

Biblioteca: de segunda a sexta, das 10h às 17h, exceto feriados

 

Sala Grande Otelo (210 lugares + 04 assentos para cadeirantes)

Sala Oscarito (104 lugares)

Retirada de ingresso 1h antes do início da sessão


 

 

SÁBADO, 07 DE JUNHO, NA SALA GRANDE OTELO

 

17h _ PALESTRA: VIDA E OBRA DE JEAN VIGO COM MARCELO RAMALHO

Com acessibilidade em Libras e transmissão ao vivo pelo canal da Cinemateca no YouTube.

SOBRE O DEBATEDOR

Marcelo Ramalho é formado em Cinema pela Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP), produtor e curador de cinema com passagem pelo Museu da Imagem e do Som de São Paulo (MIS), Empresa de Cinema e Audiovisual de São Paulo (Spcine) e Associação Paulista dos Amigos da Arte (APAA). Atualmente se dedica à pesquisa, à produção e difusão audiovisual.

 

19h _ SESSÃO DUPLA | ZERO DE CONDUTA E O ATALANTE

Sessão precedida da exibição de trecho de entrevista de Éric Rohmer a François Truffaut sobre Jean Vigo (1968, 17 min).

 

 

CINEMATECA BRASILEIRA

A Cinemateca Brasileira, maior acervo de filmes da América do Sul e membro pioneiro da Federação Internacional de Arquivo de Filmes – FIAF, foi inaugurada em 1949 como Filmoteca do Museu de Arte Moderna de São Paulo, tornando-se Cinemateca Brasileira em 1956, sob o comando do seu idealizador, conservador-chefe e diretor Paulo Emílio Sales Gomes. Compõem o cerne da sua missão a preservação das obras audiovisuais brasileiras e a difusão da cultura cinematográfica. Desde 2022, a instituição é gerida pela Sociedade Amigos da Cinemateca, entidade criada em 1962, e que recentemente foi qualificada como Organização Social.

O acervo da Cinemateca Brasileira compreende mais de 40 mil títulos e um vasto acervo documental (textuais, fotográficos e iconográficos) sobre a produção, difusão, exibição, crítica e preservação cinematográfica, além de um patrimônio informacional online dos 120 anos da produção nacional. Alguns recortes de suas coleções, como a Vera Cruz, a Atlântida, obras do período silencioso, além do acervo jornalístico e de telenovelas da TV Tupi de São Paulo, estão disponíveis no Banco de Conteúdos Culturais para acesso público.

 

 

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