Emílio Dantas lê Cazuza na série A(u)tores e entrega relação próxima com Lucinha Araújo, mãe do cantor: ‘Ela, às vezes, me trata como Cazuza’

 Emílio Dantas lê Cazuza na série A(u)tores e entrega relação próxima com Lucinha Araújo, mãe do cantor: ‘Ela, às vezes, me trata como Cazuza’



Protagonizar ‘Cazuza — Pro dia nascer feliz’, no teatro, era algo que não passava pela cabeça do ator Emilio Dantas. Tanto que ele fez o teste por acaso. Mas, a mãe do cantor, Lucinha Araújo, estava lá e gostou muito do que viu. Essas e outras histórias são contadas por Emílio no episódio desta semana da série A(u)tores, do canal Futura. O programa que vai ao ar nesta sexta-feira, dia 13 de junho, às 22h30, conta com artistas da televisão, do teatro e da música vivenciando experiências por meio da leitura de grandes autores da literatura mundial, e apresentará Emílio lendo Cazuza.  

 

“Quando eu fui fazer o musical, eu peguei a obra dele e comecei a perceber o que ele realmente estava falando. O que foi me surpreendendo muito no trabalho do Cazuza eram as escolhas de palavras que ele tinha. Apesar de ser um cara culto, de uma classe um pouco acima do que o padrão, ele usava palavras acessíveis, do dia a dia. Tudo muito vivo, muito latente”.  
 

Durante o episódio, Emílio também lembra como acabou interpretando Cazuza no teatro. “Em 2010, teve o musical do Rock in Rio, e foi o meu primeiro trabalho com o João Fonseca, que era o diretor. Ele já estava prestes a montar o musical do Cazuza. Um dia, ele me ligou e disse: ‘Emílio, eu vou fazer audição. Você não vem?’. Eu disse que não. Mas, eu fui. Ele me enviou dois textos que ele queria que eu fizesse: um era uma conversa do Cazuza com a Bebel Gilberto e o outro era sobre a Aids. Eu decidi jogar na vibe do Cazuza, entrei no estado de espírito dele para ver no que dava. Então, eu entrei, já fui beijando a Lucinha e falando com todo mundo. Fiz a cena da Bebel e quando o João Fonseca pediu para fazer a outra, eu disse: ‘A outra é o maior papo brabo, não vou ficar falando de doença. Vamos ser felizes’. Aí a Lucinha riu me vendo tocar o rebu no teste. Depois o João me escreveu dizendo que a Lucinha amou e não queria ver mais ninguém. Aí, com esse aval dela, eu pensei que se a mãe do Cazuza estava dizendo que era, quem era eu para dizer que não era”.  
 

Após o fim da temporada, muito do cantor permanece na vida de Emílio, como a presença de Lucinha. “Ela, às vezes, me trata como Cazuza. Assim como eu acho que ela trata o Daniel (Oliveira) também. Todo mundo que acolhe o Cazuza de alguma forma, ela acolhe como uma parte dele. Durante a temporada, o João já tinha falecido e a Tereza, que foi a funcionária deles, faleceu também, e a Lucinha começou a ir à peça todo fim de semana. Eu falava: ‘Lucinha, você vai cansar’. Mas ela falava que isso não aconteceria porque a família dela, naquele momento, estava ali”, finaliza. 
 

Programa com novo formato
 

A grande novidade da produção A(u)tores, do canal Futura, é o seu formato inédito, que apresenta leituras de obras consagradas, de autores contemporâneos ou do passado, feitas por artistas renomados ou coletivos culturais relevantes para o público do canal. Ao todo, serão 13 episódios de 30 minutos de duração. 
 

Nesta temporada, com a ampliação do tempo de exibição da série - que antes era de cinco minutos - Thiago Sacramento, diretor e roteirista do programa ao lado de Marcio Vianna, ambos da Guaraná Conteúdo, buscam ampliar o contato dos expectadores com a leitura de obras a partir de autores que marcaram a literatura nacional e internacional. Outra novidade é a presença da Fabiana de Pinho, doutora em Literatura, Cultura e Contemporaneidade. Ela traz um olhar acadêmico sobre cada autor, com depoimentos em todos os episódios.  
 

“Esperamos que o público seja capturado pela beleza, atemporalidade e magnitude de obras escritas por Machado de Assis, Lima Barreto, Clarice Lispector, Carolina Maria de Jesus, Caio Fernando Abreu, Shakespeare, entre outros, e que se permita tanto o prazer de revisitá-las quanto de conhecê-las. E, principalmente, que a série desperte no espectador o enorme prazer que é estar diante de um livro aberto, que certamente é uma das maiores janelas para o mundo”, afirma Thiago.  
 

Marcio complementa: “A série nasceu para mostrar como a leitura pode nos transportar para diferentes universos, das aventuras eletrizantes até as mais tocantes reflexões sobre a vida. A atração sempre contou com o carisma e o talento de artistas para apresentar os textos, tornando o convite ainda mais irresistível para o público. Nessa temporada, com episódios maiores e uma curadoria de autores consagrados, conseguimos mergulhar mais fundo nessa jornada. Com mais profundidade nessa conversa entre o público e os convidados que protagonizam os episódios, numa troca cheia de afeto sobre o prazer de conhecer cada livro, poema ou letra de música declamada”.  
 

No programa, o público poderá embarcar nas obras de Clarice Lispector, Machado de Assis, Carolina Maria de Jesus, Literatura Indígena, Lima Barreto, Fernando Sabino, Mário de Andrade, Cazuza, Djamila Ribeiro, Shakespeare, Caio Fernando de Abreu, Conceição Evaristo e Solano Trindade. A ideia é, junto com eles, despertar conexões e emoções a partir das histórias apresentadas.  
 

Para Mariana Seivalos, supervisora do Canal Futura, essa nova roupagem do A(u)tores mostrará que diferentes linguagens artísticas podem conversar com a literatura. “Ver artistas que admiramos mergulhando nas obras de seus escritores favoritos é uma experiência poderosa. Revela conexões profundas entre diferentes linguagens artísticas e mostra como a literatura continua a inspirar, provocar e transformar. Estamos muito orgulhosos de lançar a quarta temporada deste projeto — agora com episódios mais longos — e de trazer para a tela autores fundamentais como Lima Barreto, Carolina Maria de Jesus, Mário de Andrade, Machado de Assis, entre tantos outros que moldaram a literatura brasileira.” 
 

Os episódios desta temporada trazem Beth Goulart, Martinho da Vila, Maria Gal, Zahy Tentehar, Luis Miranda, Verônica Sabino, Hugo Germano, Emílio Dantas, Luana Xavier, Grupo Galpão, Cia Luna Lunera, Complexo Negra Palavra, Tatiana Tiburcio, Damiana Inês e Luciana Lopes. 
 

-> Programação

Estreia aconteceu em 25 de abril, às 22h30

Horários alternativos:  

Sábado 12h; Domingo 21h; Segunda 2h15; Terça 15h30;   

Quarta 1h; Quinta 10h30 

25 de abril - Clarice Lispector por Beth Goulart: interpretou Clarice Lispector nos palcos e compartilha sua jornada

2 de maio - Machado de Assis por Martinho da Vila: debutou no samba-enredo com uma canção sobre Machado de Assis e segue admirando sua obra

9 de maio - Carolina Maria de Jesus por Maria Gal: interpretou Carolina Maria de Jesus no teatro, encantada pelos textos e atitudes ousadas da escritora

16 de maio - Literatura Indígena por Zahy Tentehar: destacou a importância de Ailton Krenak na Academia de Letras e sua conexão com as palavras

23 de maio - Lima Barreto por Luis Miranda: interpretou Lima Barreto no cinema e, desde então, admira sua obra

30 de maio - Fernando Sabino por Verônica Sabino: filha do escritor e cronista, deu um depoimento íntimo sobre sua relação com a Literatura e sobre a obra do seu pai

6 de junho - Mário de Andrade por Hugo Germano: falou sobre sua adaptação de "Macunaíma" no teatro e a obra de Mário de Andrade.

13 de junho - Cazuza por Emílio Dantas: interpretou Cazuza em espetáculo musical, compartilha seu processo, valorização das letras e poesias das canções do artista 

20 de junho - Djamila Ribeiro por Luana Xavier: brilhou no teatro com o monólogo adaptado do livro de Djamila Ribeiro, convida-nos a conhecer mais sobre a escritora. 

27 de junho - Shakespeare por Grupo Galpão: único grupo brasileiro a se apresentar no Globe Theatre, compartilha sua versão inovadora do clássico "Romeu e Julieta" 

4 de julho - Caio Fernando de Abreu por Cia Luna Lunera: companhia encenou texto baseado em um conto de Caio Fernando Abreu, celebra a escrita do autor e sua relação com o cotidiano 

11 de julho - Conceição Evaristo por Tatiana Tiburcio, Damiana Inês e Luciana Lopes: texto de Conceição Evaristo foi o ponto de partida do espetáculo Ponciá 

18 de julho - Solano Trindade por Complexo Negra Palavra: coletivo artístico homenageia o poeta Solano Trindade 

Sobre o Canal Futura

O Futura é uma experiência pioneira de comunicação para transformação social que, desde 1997, opera a partir de um modelo de produção audiovisual educativa, participativa e inclusiva. É uma realização da Fundação Roberto Marinho e resultado da aliança estratégica entre organizações da iniciativa privada unidas pelo compromisso de investir socialmente, líderes em seus segmentos: SESI - DN / SENAI - DN, FIESP / SESI - SP / SENAI - SP, Fundação Bradesco, Itaú Social, Globo e Sebrae. O Futura está presente nas principais operadoras de TV por assinatura no Brasil e ainda em uma rede de TVs universitárias parceiras com sinal disponível em TV aberta e parabólicas digitais.  

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