(8 e 9/4) - Brasileirinho: um carioca da gema do ovo” da performance teatral literária de contação de histórias “Ritmar, Musicar... Vamos Brincar?”

 “Brasileirinho: um carioca da gema do ovo” da performance teatral literária de contação de histórias “Ritmar, Musicar... Vamos Brincar?”

 


Dias 8 e 9/4, às 10h30, no Teatro Angel Vianna, que fica no Centro Coreográfico da Cidade do Rio de Janeiro, na Tijuca

 

A performance teatral literária de contação de histórias “Ritmar, Musicar... Vamos Brincar?” começa com o poema “Amarelinhos” de autoria da atriz Dayze Nascimento, escrito na primeira metade  dos anos 80 e inspirado nas crianças do Morro do Salgueiro. “Era dia de São Cosme e Damião e saíram todas às ruas da Tijuca pedindo doce”, lembra a contadora de histórias, que segue narrando sobre o poema que inspirou a obra do pintinho chamado “Brasileirinho”.

“Lá em cima daquele morro/ tem uma casinha amarela/ Com portas amarelas, janelas amarelas, telhado amarelo/ Com crianças/ pretas, pardas/ marrons, brancas e amarelas... Aí… tudo tão amarelo/ Da cor da Gema do ovo/ Ih…! da Gema do Ovo nasceu um pintinho/ Um pintinho todo amarelinho/ Geme, Geme, Gema pálida. A cor do Samba tu sabes muito bem qual é. 

 

_ A cor amarela do poema “Amarelinhos” não só significa o que já havia identificado a poetisa, sobrevivente do lixo, Maria Carolina de Jesus. Para ela, a cor amarela era a cor da fome. Segundo Carolina, tudo fica amarelo quando se sente fome – explica Dayze Nascimento.

No poema, a contadora de histórias destaca a cor pálida: “Geme, Geme Gema pálida", ao evidenciar o nascimento de “Brasileirinho” ela associa a cor amarela ao sentimento de resiliência.

E acrescenta, a autora, refletindo suas memórias de infância: “Pálida, minha cor quando criança, cor de fome, falta de ferro. Pálidas, minhas pálpebras, que eram pardas, quase sem cor, para não dizer brancas. As cores faziam com que as pessoas, até mesmo familiares, confundissem preguiça com uma profunda anemia, amarela… amarelinha” – conclui Dayze. 

 

Uma programação para animar a garotada

O Brasileirinho, morador de um quilombo na Mata Atlântica, nasce emitindo um som muito parecido com o som de um instrumento de nome cuíca.  Suas frases rítmicas contagiam toda a comunidade. Entre som, ritmo, palavras e imagens, seus ensinamentos servem como base para se viver em harmonia com as diversidades, valorizando e respeitando o meio ambiente.

Cantando e dançando no palco, a contadora de histórias interage com a plateia e usa como apoio as ilustrações com projeções audiovisuais exibidas no telão. Sem querer dar muito spoiler, Dayze deixa escapar que no final do poema há uma pergunta aos professores, mães, pais e familiares para  que todos possam refletir juntos às crianças. É referente ao nascimento e a conscientização do “Brasileirinho” sobre sua origem, quando ela afirma em tom poético: “A cor do Samba tu sabes muito bem qual é”.

_ E o público? Será que alguma vez já  se perguntou?  Qual é a cor do Samba? É uma alusão à raça e a cor da cultura ancestral, afro-brasileira, muito questionada no Brasil: se preta ou negra? - esclarece a atriz, que em seguida responde com o final  de seu  poema: “E é verde azul/ vermelho e rosa/ Rosa e branco/ Branco e negro/ Negro?/ Negro! Negro, negro, negro/ Muito negro/ é o samba, brasileiro!”.

 

Participação de alunos de escolas da Tijuca

A apresentação da performance teatral literária de contação de histórias “Ritmar, Musicar... Vamos Brincar?” vem circulando há 3 anos pelos espaços da cidade carioca com entrada franca. Com inspiração em elementos da memória afro-brasileira, tem roteiro, atuação e ilustrações da atriz e escritora Dayze Nascimento. A abordagem lúdica e poética da iniciativa integra o percurso performativo teatral literário idealizado por Dayze Nascimento e desenvolvido com crianças de escolas públicas italianas.

Dayze é formada em Artes Cênicas (UniRio) e graduada pela “Università La Sapienza di Roma” na Itália onde morou por alguns anos. O trabalho tem origem no livro bilíngue “Giocando con il Samba”, de autoria da multiartista, publicado pela Editora Sinnos (Roma/ Itália, 2002).

As duas apresentações no Centro Coreográfico da Cidade do Rio de Janeiro terão transmissão em Libras e como convidados os  alunos de escolas públicas e particulares do entorno do Teatro Angel Vianna. 

O projeto é contemplado pelo edital Viva o Talento, da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, através da Secretaria Municipal de Cultura. Produção e realização da EspressartBrasile.

Para conhecer mais sobre “Ritmar, Musicar... Vamos Brincar”:

Site: https://espressartbrasile.com

YouTube: https://youtube.com/@espressartbrasile

Instragram:

@espressartbrasile

@dayzenascimento_espressartbras

Mais Informações: contato@espressartbrasile.com

 

 

Serviço: 

Dias 8 e 9/4, terça e quarta-feiras, às 10h30

Performance teatral literária “Ritmar, Musicar... Vamos Brincar?”

Com roteiro, direção, ilustrações, atuação da atriz e contadora de histórias Dayze Nascimento. Apresentação com tradução em Libras

Local: Centro Coreográfico da Cidade do Rio de Janeiro/ Teatro Angel Vianna.

Endereço: Rua José Higino, 115, Tijuca, Rio de Janeiro Rio, R.J

Telefone: (21) 3238-0357 / 3238-0601

Capacidade: 150 lugares

Duração: 45 minutos

Classificação etária:  livre (indicado para 5 a 9 anos de idade)

Entrada franca

 

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