(21/11) Lançamento: "Razões Africanas " herança africana que produziu o Blue, o Jongo e a Rumba

Razões Africanas: Jefferson Mello lança documentário que faz paralelo entre escravidão e musicalidade africana

O projeto audiovisual estreia no Brasil em 21 de novembro e conta a história do blues, do jongo e da rumba



Dos porões dos navios, na travessia transatlântica dos negros escravizados, o soturno som do sofrimento dos cânticos se traduziu em uma vibrante polirritmia, que ecoou pelo mundo, como um legado cultural do continente africano. Esse é o pano de fundo do documentário Razões Africanas, do diretor Jefferson Mello, que percorreu seis países para desbravar as histórias por trás do blues, do jongo e da rumba. 


A obra audiovisual nasce a partir da diáspora africana para abordar a herança africana que produziu esses 3 ritmos musicais, consolidados mundialmente, e estreia no próximo dia 21 de novembro em seis capitais brasileiras. Em seguida, o documentário segue o cronograma de estreias em mais nove cidades em todo o país, nas cinco regiões. 


Segundo o diretor, o  filme segue a jornada de três personagens em seis países, revelando as origens africanas comuns a esses estilos musicais. Jefferson Mello, destaca a importância da reparação histórica e do diálogo intercultural, valorizando tradições e culturas. “A narrativa começa em Angola e percorre o caminho dos congoleses, abrangendo Brasil, EUA, Cuba, Congo e Mali, oferecendo um retrato profundo e íntimo desses gêneros musicais e sua identidade cultural”, explica. 


Jefferson revela que o lançamento oficial do Razões Africanas foi realizado em Angola, no dia 1º de novembro, privilegiando o continente africano, protagonizando a região. Ainda segundo ele, a produção do documentário contratou equipes de profissionais locais, agindo de forma diferente quando norte-americanos e europeus vão gravar no continente. 


“Um dos objetivos é valorizar a África, dar protagonismo, e trabalhar com africanos é ser coerente com a proposta inicial do projeto. Não se pode fazer um filme sobre a África, sem africanos. Além disso, os profissionais se sentiram muito valorizados e isso também facilitou o trabalho, executá-lo com pessoas nativas de cada localidade. Lembrando que não é comum isso acontecer, normalmente, os cargos que ‘sobram’ para os africanos são de motoristas e seguranças, mas optamos por dar o protagonismo a eles, aos parceiros”, revela o diretor. 


Razões Africanas é um filme universal. Um legado que valoriza as tradições, promove o diálogo entre as culturas e as distintas visões de mundo que aborda e que são os maiores representantes do espaço francófono mundial. A obra é um retrato delicado, intimista e musicalmente profundo em imagens e entrevistas com músicos e especialistas no assunto que traçam o resgate da identidade destes gêneros musicais na valorização de suas culturas.


Produzido pela Tremè Produções, o documentário valoriza a “Mãe África” e a ancestralidade nos três ritmos musicais, criando uma expectativa grande em torno das histórias e dos personagens da obra audiovisual. “A expectativa é que as pessoas fiquem emocionadas porque, atualmente, o jovem está muito mais impactado pelos novos ritmos do que pelos que já são consolidados e pouco sabem dessa ancestralidade. E um dos nossos objetivos é apresentar aos jovens africanos, o quanto a África é importante no cenário musical mundial”, finaliza Jefferson Melo. 


Sobre o diretor


Jefferson Mello, brasileiro e cidadão do mundo, é fotógrafo de moda e publicidade, diretor de fotografia e de filmes publicitários, empreendedor e documentarista, com uma trajetória especializada na diáspora. Dedicou duas décadas capturando a essência do samba e do jazz no Brasil, em Nova Orleans e no mundo. Com uma jornada que abrange 12 países, explorou as raízes do jazz, percorreu o sul dos Estados Unidos e criou um livro de fotografias sobre o universo do jazz, intitulado "Os Caminhos do Jazz". 


Além de suas contribuições visuais, dirigiu o documentário "Samba & Jazz", refletindo seu compromisso com a representação da música afro e da ancestralidade africana nos ritmos musicais. Dirigiu e produziu o documentário "Brasil & Angola". Atualmente, está filmando um novo filme sobre o racismo no futebol, com uma abordagem global sobre o tema, que contará também a história dos Camisas Negras. Seus projetos cinematográficos transcendem fronteiras, impactando países e continentes. 



Ficha Técnica – Razões Africanas

Direção, Roteiro e Fotografia - Jefferson Mello

Edição - Juliana Nicolini

Assistente de Edição - Antônia Quintiliano

Produção - Jefferson Mello

Assistente de Produção - Yasmin Gonçalves

Produção Executiva - Tremè Produções 

Mixagem - Luciano Stelzer

Cor - Bernardo Brik

Videografismo - Paulo Cesar Galvão

Montagem - Juliana Nicolini e Jefferson Mello

Tradução - Kerollyne Cubeiro Evans, Sadjo Sisse, Mauricio Tchinho Kaabunke, Yasmin Gonçalves, Antônia Quintiliano, Feldy Jodelph Espoir, Valentina Luz Mello, Mardochée Falanka, Iris Arazunu Vasconcel.


Equipe Brasil: Paula Monte (Câmera), Ricardinho Benjamin (Câmera), Jefferson Mello (câmera), Anne Carolina Melo dos Santos (Som), David Seminário Valcarcel (Som), Vinicius Brum (câmera), Hanna Beatriz (Drone), Pam Nogueira (Assistente de Câmera), PC Azevedo (Som)


Equipe Angola: Alexandre Buta (Produção), Jefferson Mello (Câmera), Dario Rocha (Câmera), Batutina Kimbundo (câmera), Job Manuel (Som)


Equipe Cuba: Alejandro Glez (Produção), Carla Franco (Câmera), Jefferson Mello (Câmera), Kalet Polo (câmera), Vinicius Brun (Câmera), Alan Mairena (Som), Claudia Cepero (Som), Velia Diaz de Villavilla (Assistente de Câmera)


Equipe Congo: Peter Miyalu (Câmera), Jefferson Mello (Câmera), Samuel Mwani (Câmera), Nizar Saleh (Som), Mardochée Maluta Falanka (Intérprete), Michel Maluta (Intérprete)


Equipe Mali: Foulématou Natalia Sylla (Produção), Jefferson Mello (Câmera), Aboubacar Bablé Draba (Câmera), Mamadou Diarra (Som), Sadjo Sissi (Intérprete), André S Diarra (Produção)


Equipe Mississipi: Kerollyne Cubeiro Evans (Produção), Jefferson Mello (Câmera), Mailson Santana (Câmera), Greco de Bandeira Nogueira (Som), Guilherme Garcia de Freitas (Câmera).




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