Tatuí recebe oficina de dramaturgia alemã e espetáculo inspirado em texto da ganhadora do nobel de literatura Elfriede Jelinek

 Teatro do Fim do Mundo apresenta o espetáculo “O Caso Meinhof” no Conservatório de Tatuí


Além da apresentação, o Teatro do Fim do Mundo irá promover uma oficina gratuita com o tema “DEPOIS DE BRECHT - Dramaturgia política contemporânea em língua alemã”.




Tatuí recebe espetáculo inspirado em texto da ganhadora do nobel de literatura Elfriede Jelinek 


No dia 20 de outubro de 2024 (domingo), às 18hcom entrada gratuita, o Teatro do Fim do Mundo ( @teatrodofimdomundo ) apresenta O Caso Meinhof” no Teatro Procópio Ferreira, no Conservatório Dramático e Musical Dr. Carlos de Camposque fica na Rua São Bento, 415, no Centro, em Tatuí (SP).


O espetáculo O Caso Meinhof” discute o fracasso e a herança dos movimentos revolucionários do século XX, além de debater a presença das mulheres na liderança de processos políticos, entre outros temas que se mostram urgentes no Brasil de hoje. 


A montagem é livremente inspirada no texto “Ulrike Maria Stuart”, da ganhadora do Nobel de literatura Elfriede Jelinek. Lançada logo após a premiação com o Nobel em 2004, a peça é considerada como a mais importante de Elfriede Jelinek, autora fundamental para a dramaturgia contemporânea, apesar de sua obra ainda ser pouquíssima encenada no Brasil. 


A narrativa parte da história da RAF (ou Grupo BaaderMeinhof), grupo terrorista alemão dos anos 70 liderado por duas mulheres: Ulrike Meinhof e Gudrun Ensslin. Após a morte de seus quatro principais na prisão, seus cérebros foram retirados para estudos. Houve inclusive quem afirmasse que uma lesão no cérebro de Ulrike teria sido responsável pelo comportamento violento e consequentemente sua atividade de terrorista. 


Somente décadas depois, a filha (já adulta) de Meinhof conseguiu na justiça reaver e enterrar o cérebro da mãe. Ocasião em que também descobriu-se que os três outros haviam desaparecido misteriosamente. 


A partir desses estranhos fatos, a peça do Teatro do Fim do Mundo inventa o misterioso roubo do cérebro de Ulrike por parte de seus filhos, que o teriam preservado em um vidro para se comunicar com ele a fim de investigar a verdade sobre a morte da mãe. Nesta investigação, eles criam um podcast e, a cada episódio, confrontam um entrevistado envolvido na história usando meios pouco convencionais de comunicação, inclusive com os mortos.


Para narrar essa história, o Teatro do Fim do Mundo transformou a trajetória de vida da terrorista Ulrike Meinhof em um podcast que é apresentado em cena pelos filhos da guerrilheira. 


A história é divida em três episódios, com 50 minutos cada, e o público escolhe se quer ver cada um deles de maneira independente ou assistir a todos juntos, em um espetáculo de quase 3 horas de duração, com dois intervalos. Mas a peça também pode ser lida como uma disputa entre três figuras – um pai, uma mãe e a rival desta – pela influência sobre os filhos do casal. 


Oficina DEPOIS DE BRECHT - Dramaturgia política contemporânea em língua alemã


No mesmo dia, de 14h às 16h, o grupo promove uma oficina gratuita com o tema “DEPOIS DE BRECHT - Dramaturgia política contemporânea em língua alemã”, abordando a obra de quatro autores fundamentais do teatro de língua alemã, levando os participantes a analisar o legado de Bertolt Brecht, referência incontornável para a proposta de uma poética política no campo dramatúrgico e teatral.


As ações fazem parte do projeto contemplado no Edital PROAC Nº 02/2023 – Teatro/Circulação de Espetáculo. 


Informações: www.instagram.com/teatrodofimdomundo e www.facebook.com/teatrodofimdomundo


Ficha técnica: livremente inspirado em ULRIKE MARIA STUART, de Elfriede Jelinek. Direção: Clayton Mariano e Maria Tendlau. Tradução e dramaturgismo: Artur Kon. Elenco: Artur Kon, Carla Massa, Clayton Mariano, Maria Tendlau, Mariana Otero e Marilene Grama. Direção de arte e material gráfico: Renan Marcondes. Cenotecnia: Matias Arce. Desenho de luz, direção e operação técnica: Cauê Gouveia. Trilha original: Renato Navarro. Confecção das golas: Antonio Slusarz. Fotografia: Cacá Bernardes. Registro em vídeo: Bruta Flor Filmes. Assessoria de imprensa: Luciana Gandelini de Souza. Assistente de produção: Mariana Pessoa. Direção de produção: AnaCris Medina - Jasmim Produção Cultural


Serviço: Espetáculo “O Caso Meinhof”

Com Teatro do Fim do Mundo

Teaser: https://www.youtube.com/watch?v=AARHdIE78fQ&feature=youtu.be

Sinopse: Livremente inspirada no texto “Ulrike Maria Stuart”, da ganhadora do Nobel de literatura Elfriede Jelinek, a peça parte de uma história curiosa do RAF, grupo terrorista alemão dos anos 70. Após a morte na prisão de seus principais integrantes, seus cérebros foram retirados para estudos, incluindo o de Ulrike Meinhof, que acabou sendo enterrado após muitos anos de investigação. A partir desses estranhos fatos, a peça inventa o misterioso roubo do cérebro de Ulrike por parte de seus filhos, que o teriam preservado em um vidro para se comunicar com ele a fim de investigar a verdade sobre a morte da mãe. Nesta investigação eles criam um podcast e, a cada episódio, confrontam um entrevistado envolvido na história e usam meios pouco convencionais de comunicação, inclusive com os mortos. Duração: 120 minutos

Quando: 20 de outubro de 2024 - Horário: domingo às 18h

Onde: Teatro Procópio Ferreira - Conservatório Dramático e Musical Dr. Carlos de Campos - Rua São Bento, 415 - Centro - Tatuí (SP)

Grátis - Distribuição de ingressos uma hora antes do espetáculo na bilheteria do teatro

Classificação: 14 anos. Acessibilidade: Sim - Capacidade: 429 lugares. Estacionamento: não possui





Oficina: DEPOIS DE BRECHT - Dramaturgia política contemporânea em língua alemã

Coordenação: Artur Kon

Sinopse: A oficina abordará a obra de quatro autores fundamentais do teatro de língua alemã para investigar os modos e sentidos de escrever para a cena hoje, convidando os participantes a reavaliar o legado de Bertolt Brecht, referência incontornável para a proposta de uma poética política no campo dramatúrgico e teatral. Partindo da ideia de que “ser contemporâneo” não é tão simples quanto se pode imaginar, a oficina propõe um olhar aprofundado para o duplo desafio: levar ao extremo a experimentação formal e (para) refletir sobre nosso tempo sem escamotear seus impasses.

Público-alvo: maiores de 16 anos, estudantes de Teatro ou com interesse na temática.

Duração: 2h –  Horário: das 14h às 16h

Vagas: 30. Grátis - inscrições no próprio local

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