Dia 12/09 > Em São Bernardo do Campo, a Companhia de Danças de Diadema apresenta o espetáculo 'ANTROPO100 - DE CASCUDO A EROS', grátis no Teatro Elis Regin

 Companhia de Danças de Diadema apresenta

ANTROPO100 - DE CASCUDO A EROS

em São Bernardo do Campo, no Teatro Elis Regina, grátis



Cena do espetáculo Antropo100 - De Cascudo a Eros - Foto de Francisco Silva

Link de fotos e teaser AQUI


Teatro Elis Regina recebe Antropo100 - De Cascudo a Eros, da Companhia de Danças de Diadema, para uma apresentação única no dia 12 de setembro, quinta-feira, às 20h, com entrada franca. A apresentação faz parte da circulação do grupo apoiada pelo ProAC Editais - 04/2023 (Dança / Circulação de Espetáculo). O espetáculo é uma obra coreográfica concebida por Ana Bottosso, com a colaboração fundamental dos artistas intérpretes criadores da Companhia de Danças de Diadema. “A ideia de Antropo100 - De Cascudo a Eros era resgatar a origem de cada um dos bailarinos da companhia, a história de onde veio, os bisavós, os avós, pai, mãe, um pouco daquele resgate antropofágico do começo do século passado. Então, cada um foi falando suas histórias, e estes textos, transformados em dramaturgia, roteiro, estão em cena”, explica Bottosso.

Antropo100 - De Cascudo a Eros busca trazer à cena uma reflexão artística a partir dos grandes acontecimentos históricos da década de 1920, como a Semana de Arte Moderna. O subtítulo da coreografia faz referência direta a Câmara Cascudo Eros Volúsia. Na década de 1920, o folclorista Luís da Câmara Cascudo aprofundou suas pesquisas sobre a história dos gestos na cultura brasileira. Ele documentou as expressões corporais que refletiam a miscigenação de etnias e tradições no Brasil, destacando como gestos cotidianos, danças e rituais comunicavam identidades e emoções como uma linguagem não verbal significativa.

Cascudo observou a influência das danças africanas no samba e no maracatu, gestos indígenas em cerimônias e a incorporação de elementos europeus em danças folclóricas. Ele também ressaltou o papel de artistas como Eros Volúsia, que ressignificou gestos tradicionais em suas coreografias, integrando folclore e dança moderna. Assim, suas pesquisas ajudaram a valorizar e preservar as manifestações culturais brasileiras, contribuindo para a construção de uma identidade nacional baseada na diversidade e riqueza das tradições.

Eros Volúsia (Rio de Janeiro, 1914 - 2004), foi uma artista brasileira que se projetou nacional e internacionalmente através de coreografias próprias inspiradas na cultura brasileira, fez de seu corpo um instrumento catalisador das inovações tão necessárias à dança brasileira. Aos quatro anos, Eros iniciou sua formação clássica em balé na Escola de Bailados, com Maria Olenewa. No mesmo ano, deu seus primeiros passos de dança na macumba de João da Luz, em frente à sua casa, algo que a marcaria para a vida. Aos oito anos, estreou descalça no Teatro Municipal, recebendo elogios pela técnica clássica, mas sempre se interessou mais pelo ritmo étnico. Buscou na raiz do intenso processo de miscigenação, fruto de fatores sócio-histórico-culturais, os elementos essenciais para a construção de uma dança, cuja singularidade de movimentos refletia não somente a diversidade de culturas, mas, sobretudo, a busca de uma identidade própria para a dança brasileira, influência do nacionalismo então em voga.

Sobre a montagem Antropo100 - De Cascudo a Eros
Com 10 bailarinos em cena e uma trilha original composta por LoopB - colaborador frequente da companhia - a ideia era trazer para o palco elementos que dialogassem com o momento efervescente da década de 1920. A trilha tem uma sonoridade que remete ao impulsionamento industrial da época, aos operários e um som percussivo, martelos e uma sonoridade metalizada, mescladas a outros ritmos brasileiros como o maracatu e o samba. Há referências, na trilha, que estão ligadas à obra de Tarsila do Amaral, e de Heitor Villa-Lobos, por exemplo.

A intenção era ter um cenário que pudesse trazer em si a ideia de um Brasil que queria mostrar suas raízes, que significasse o engessamento dos artistas em uma cultura que já não os representava mais. Assim nasceu a ideia de ter caixas - ao todo são 68 no palco. “Uma simbologia de um muro concreto, uma divisória, um aprisionamento, é um pouco a ideia como os artistas talvez se sentissem naquele momento em que queriam falar mais das raízes do Brasil, falar mais das suas origens. E os bailarinos vão desmontando esse muro e em cada cena as caixas assumem um certo significado e função”, explica a coreógrafa Ana Bottosso.



 

A Companhia de Danças de Diadema

A Companhia de Dança de Diadema é formada, atualmente, por 12 profissionais, e conta com apoio da Secretaria de Cultura da Prefeitura de Diadema. Em constante contato com a comunidade do entorno, a companhia ministra cursos e oficinas de forma gratuita para crianças a partir dos 3 anos até a terceira idade. Em 2023, o número de espectadores dos espetáculos mais o de alunos em oficinas foi de 20.737 pessoas. “Acho essencial o ABCD ter esse expoente em artes e dança e toda cidade deveria ter uma escola e uma companhia municipal de dança”, afirma ao considerar que é muito importante manter viva a arte no dia-a-dia das pessoas.

 

Ana Bottosso destaca também a adesão da comunidade aos cursos e oficinas que são oferecidos, mas é importante destacar que as audições para os profissionais que desejam integrar a Companhia de Dança de Diadema acontecem anualmente, e não são restritas a moradores de Diadema.

 

A coreógrafa adianta que a Companhia tem, hoje, projetos aprovados em leis de incentivo, e está em busca de colaboradores para seus projetos sócio culturais.

FICHA TÉCNICA

Direção geral e concepção coreográfica: Ana Bottosso

Assistência de direção e produção administrativa: Ton Carbones

Intérpretes colaboradores: Carlos Veloso, Carolini Piovani, Daniele Santos, Felipe Julio, Flávia Rodrigues, Guilherme Nunes, Leonardo Carvajal, Noemi Esteves, Thaís Lima e Ton Carbones

Assistência de coreografia: Carolini Piovani

Concepção musical: Loop B

Desenho de luz: Alexandre Zullu

Operação de luz: Rossana Boccia ou Roseli Marttinely

Assistência de produção e sonoplastia: Jehn Sales

Figurino: Salomé Abdala

Assistência de figurino: Caio Katchborian

Estampa: DaCota Monteiro

Cenografia: Marcos Sanches e Patrícia Lopes

Pintura cenográfica: Rafael Boese

Professores de Dança Clássica: Márcio Rongetti e Paulo Vinícius

Professor de Pilates: Wil Helvecio

Professores de Dança Contemporânea: Ana Bottosso e Ton Carbones

Professor de View Points: Bruno de Oliveira

Condicionamento físico: Carolini Piovani

Orientação em Yoga: Daniele Santos

Professores convidados: Ilara Lopes, Daniela Moraes e Henrique Lima

Assistência de comunicação: Cristina Ávila

Assessoria de imprensa: Canal Aberto - Márcia Marques

 

Serviço

Antropo100 - De Cascudo a Eros

DURAÇÃO: 50 min

INDICAÇÃO ETÁRIA: 12 anos

Entrada Franca (retirada de ingressos no local)

 

12/set (quinta-feira), 20h

Antropo100 - De Cascudo a Eros

circulação pelo ProAC Editais - 04/2023 (Dança / Circulação de Espetáculo)

Teatro Elis Regina (Av. João Firmino, 900 - bairro Assunção - São Bernardo do Campo/SP)

+ bate-papo após o espetáculo

Comentários