[REESTREIA / TEATRO] "De Mãos Dadas Com Minha Irmã" volta em cartaz com trilha sonora ao vivo do bloco afro Ilú Obá de Min - 15, 16 e 17 de março, no Sesc Vila Mariana
Para toda a família, "De Mãos Dadas Com Minha Irmã" volta a cartaz em sessões com trilha sonora ao vivo do bloco afro Ilú Obá de Min
As apresentações ocorrem nos dias 15, 16 e 17 de março; sendo sexta e sábado, às 20h e no domingo, às 18h.
(Foto da Mariana Ser)
No próximo dia 15 deste mês, a peça infanto-juvenil "De mãos
As apresentações ocorrem nos dias 15, 16 e 17 de março; sendo sexta e sábado, às 20h e no domingo, às 18h.
Narrado pela atriz Léa Garcia (1933 - 2023), "De Mãos Dadas Com Minha Irmã" conta uma fábula inspirada na Orixá Obá, que dá nome à heroína da história, cuja missão é recuperar a memória e salvar seu povo de uma seca.
Trata-se de uma história sobre irmandade feminina dirigida por Aysha Nascimento, escrita por Lucelia Sergio e com produção da Cia. Os Crespos.
(Fotos de Divulgação: Os Crespos e Ilú Obá de Min)
Com montagem que propõe uma interação entre o teatro e o audiovisual, a Cia. Os Crespos apostam em uma pesquisa de linguagem cheia de tecnologia. Lucelia Sergio é a única atriz em cena e interage com os cenários e personagens animadas, como em um “game” projetado em telas no palco.
Trata-se de uma história sobre irmandade feminina dirigida por Aysha Nascimento, escrita por Lucelia Sergio e com produção da Cia. Os Crespos.
Gestado desde meados de 2018, a peça, segundo Lucelia Sergio, representa um marco nos 19 anos de trajetória d'Os Crespos - companhia de teatro que fundou em parceria com o ator Sidney Santiago Kuanza e diversos outros artistas em 2005, quando frequentavam a Escola de Arte Dramática da USP. Após a Cia voltar-se por dois anos ao audiovisual, devido ao período da pandemia, Lucelia retoma as temporadas de estreia nos palcos de São Paulo.
"Estamos com sede de palco. Esse flerte com o audiovisual foi fundamental para esse retorno, através de um espetáculo multilinguagens, com teatro, dança, música e vídeo", afirma Lucelia Sergio, que dirigiu ao lado de Cibele Appes o curta-metragem da companhia, "Dois Garotos que se Afastaram Demais do Sol" (2021), vencedor do prêmio do Júri de "Melhor Curta-Metragem" do 29º Festival Mix Brasil.
Para "De Mãos Dadas com Minha
(Foto da Mariana Ser)
Sobre o processo criativo
“Não é à toa que a pessoa tem os olhos voltados para fora, enxergar por dentro exige outra compreensão", trecho de
As ilustrações são criadas de forma autoral para o espetáculo, assim como a dramaturgia e a música, que partem de contos e ritmos afro-brasileiros para narrar a trajetória de uma heroína negra.
O nome do espetáculo parte de um capítulo do livro “Ensinando a Transgredir” da escritora estadunidense bell hooks e busca valorizar conceitos de matrilinearidade e de irmandade entre mulheres. O espetáculo se nutre da filosofia iorubá dos povos nagô, para a qual as águas representam a feminina. E é a partir desta ideia que a dramaturgia traça um paralelo entre um mundo devastado pela seca e a desvalorização das mulheres em nossa sociedade.
“Há vinte anos temos a lei 10673/03, que institui a obrigatoriedade do ensino da história afro-brasileira nas escolas, e ainda encontramos muitas barreiras para sua real aplicação. Para nós é urgente não só contar as nossas histórias, mas entender as filosofias que balizam a cultura negra no Brasil, preservando nossas memórias. Ainda hoje é um trabalho quase arqueológico falar sobre nós mesmos, mas esperamos que os jovens e crianças de agora possam ter outras oportunidades.” Afirma Lucelia
Sinopse
Obá é uma heroína que sai de sua terra com a missão de salvar seu povo de uma terrível seca. Longe da sua gente ela perde a memória e tudo o que sabe sobre si é o pouco que lhe contam. Ela terá de entrar no fundo da floresta das feiticeiras ancestrais para encontrar água e reencontrar sua identidade. Mas, para salvar a si mesma e ao seu povo, Obá terá de escutar todas as águas do universo.
Serviço
“De mãos dadas com minha irmã”
Com Os Crespos participação especial Ilú Oba De Min
Dias 15, 16 e 17 de março no Sesc Vila Mariana
Sexta e Sábado, às 20h | Domingo, às 18h
Ingressos: R$ 10 (credencial plena), R$ 15 (meia entrada) e R$ 30 (inteira)
Crianças até 12 anos não pagam
Duração: 80 min | Classificação Livre
SESC VILA MARIANA
Endereço: Rua Pelotas, 141
Vila Mariana – São Paulo (SP)
Telefone: (11) 5080-3000
https://www.sescsp.org.br/
Ficha técnica
Criação e produção - Cia Os Crespos
Direção - Aysha Nascimento
Direção Visual - Lucelia Sergio
Direção Musical - Beth Beli
Dispositivo Cênico - Lucelia Sergio e Ramon Zago
Dramaturgia e Roteiro de vídeo - Lucelia Sergio
Narração - Léa Garcia
Atriz - Lucelia Sergio
Dançarinas - Jazu Weda e Brenda Regio
Trilha sonora - Beth Beli, Dani Nega e Teo Ponciano
Elenco em Voz Off - Ailton Graça, Ayô Tupinambá, Aysha Nascimento, Alzira Espíndola, Dirce Thomaz, Fabiana Cozza, Flávio Rodrigues, Negra Rosa, e Rafael Ferro.
Instrumentos - Griot Toumani Kouyaté (Korá), Matheus Crippa, Ilú Obá de Mim - Adriana Aragão, Nenê Cintra, Adriana Quedas, Mônica Mendes, Talita Beltrame, Thaíssa Barbosa, Giselle de Paula, Ariane Carmo, Bárbara Magalhanis e Diana Maria.
Cantoras - Lenna Bahule, Matheus Crippa, Adriana Moreira, Jéssica Gaspar, Sara Hana, Negra Rosa, Janaína Cunha, Beth Beli, Adriana Aragão e Lucelia Sergio
Composições - Lucelia Sergio e Lenna Bahule
Desenho de som - Viviane Barbosa
Captação Sonora - Dani Nega, Maurício Caetano, Henrique Leoni e Teo Ponciano
Mixagem - Maurício Caetano e André Papi
Iluminação - Wagner Pinto e Gabriel Greghi
Personagens e Cenários em vídeo - Nirvana Santos, Alexandre Brejão, Ramon Zago e Felipe Domingos
Animação - Ramon Zago, Nirvana Santos e Felipe Domingos
Edição de vídeo - Ramon Zago
Consultoria de Arte - Telumi Hellen
Figurinos e Adereços - Tairone Porto e Guilherme Santti
Jóias - Ojire Art
Costureiras - Diamu Fallow Diop (Mama Nossa Cultura), Larissa Alves, Valéria Zago, Edna Moreira e Enrique Casas
Cenografia - Wanderley Wagner
Cenotécnicos - Fernando Zimolo, Joaquim Francisco, Tatiane Peixoto
Maquiagem - Guilherme Santti e Tasia de Paula
Fotografia - Isabel Praxedes e Mariana Ser
Dramaturgismo e assistência de direção primeira etapa - Willi Versi
Orientação Teórica - Onisajé
Palestrantes - Katiuscia Ribeiro e Aza Njeri
Preparação Corporal e coreografias - Janette Santiago
Preparação Corporal primeira etapa - Tainara Cerqueira e Luciane Ramos
Apoio de cena primeira etapa - Niara Ngozi
Preparação Vocal - Raniere Guerra
Operação Som - Mau Caetano e Lana Scott
Operação Luz - Felipe Thaça e Bruna Tovian
Operação de Vídeo - Ramon Zago
Contrarregragem - Joaquim Francisco
Direção de Produção - Rafael Ferro e Lucelia Sergio
Produção - Alencar Francisco, Mariana Mollys, Rafael Ferro e Ramon Zago
Designer - Bruno Marcitelli
Assessoria - Pedro Madeira e Rafael Ferro
Agradecimentos
Teatro de Container, Cia Mungunzá, Cia Os Inventivos, Teatro Ruth Escobar e à SP Escola de Teatro pela parceria. à Mãe Rosa de Oyá, Makota Ya Odomin, Ao Bábà Sidney de Xangô, Mãe Yara de Obá, Ilê Omo Ayê, Ya Odokere Nadia Sant’Anna e Mestre Lumumba pelos ensinamentos e acolhida. À Mãe Stella de Oxóssi, Naiara Paula Eugênio e Elizandra Souza por sua literatura. À Jandilson Vieira, Airá Fuentes e Natan Garcia, à Tereza Flor e à Sidney Santiago Kuanza pelo apoio e parceria.
Este projeto foi realizado com apoio do 35ª Edição do Programa Municipal de Fomento ao Teatro para a Cidade de São Paulo (2020/ 2021) - Secretaria Municipal de Cultura em sua primeira etapa.
SOBRE A CIA OS CRESPOS
Os Crespos é um coletivo teatral de pesquisa cênica e audiovisual, debates e intervenções públicas, composto por artistas negros e negras. Formou-se na Escola de Arte Dramática EAD/ECA/USP e está em atividade desde 2005. A Cia. trabalha, há dezoito anos, a construção de um discurso poético que debata a sociabilidade do indivíduo negro na sociedade contemporânea, seus desdobramentos históricos e a construção de sua identidade, aliado a um projeto de formação de público e aperfeiçoamento estético.
A Cia circulou com espetáculos, intervenções e palestras por diversas cidades e estados do país, além de apresentações na Alemanha e Espanha. Tem em seu repertorio 7 espetáculos teatrais, 11 intervenções urbanas; a elaboração e publicação da revista de teatro negro Legítima Defesa, que está em seu quarto número; a Mostra Cinematográfica Faz lá o Café em parceria com o Grupo Clariô de Teatro, os curtas D.O.R, Nego Tudo e Imagem Autoimagem; e desde 2018, a Cia promove as “Segundas Crespas”, encontros entre artistas para discutir arte negra e é uma das organizadoras do Fórum de Performance Negra de São Paulo.
Entre os principais trabalhos, estão: Anjo Negro + A Missão (2006) dirigida pelo alemão Frank Castorf, diretor do Teatro Volksbühne; Ensaio Sobre Carolina texto e direção de José Fernando Peixoto de Azevedo (2007); a trilogia Dos Desmanches Aos Sonhos (2011-2013), que investiga o impacto da escravidão na forma de amar dos brasileiros e é composta pelos espetáculos Além do Ponto com direção de José Fernando Peixoto de Azevedo, Engravidei
Em 2019 a Cia realiza às Terças Crespas no Centro Cultural São Paulo, com a qual concorre ao Prêmio Aplauso Brasil 2019, na categoria Destaque. E em 2021 estreou seu novo filme Dois Garotos que se Afastaram Demais do Sol, premiado na 29ª edição do Festival Mix Brasil de Cultura da Diversidade, como “Melhor Curta-Metragem – Prêmio do Público”.
Para este ano, em que completa 18 (dezoito) anos de atividades ininterruptas, a Cia apresenta seu mais novo espetáculo juvenil "De mãos dadas com
Comentários
Postar um comentário