Espetáculo de Dança Terra no Sesc Belenzinho

    SESC BELENZINHO RECEBE O ESPETÁCULO TERRA

Peça multimídia de dança contemporânea

Terra concepção Coletivo Ruínas



Foto: Inês Bonduki

 

 

TERRA peça multimídia de dança contemporânea é um trabalho cênico que nasce do incômodo e dos transtornos provocados pela especulação imobiliária na cidade de São Paulo. A destruição de casas para a construção de altos edifícios, por vezes muitos em uma mesma rua ou quarteirão, altera a vida de todas as moradoras, o trânsito, os valores do comércio local, para além uma série de outros problemas. Outro fator relacionado à alteração do cenário residencial é a velocidade com que as alterações acontecem devido ao uso de altas tecnologias de manipulação do solo e da construção civil.

A partir da observação, reflexão e pesquisa artística sobre as mudanças do ambiente urbano é que o Coletivo Ruínas, composto por profissionais de diversas linguagens artísticas criou TERRA e agora tem o prazer de compartilhar com o público do SESC Belenzinho.

 

 "Há um quadro de Klee que se chama Angelus Novus. Representa um anjo que parece querer afastar-se de algo que ele encara fixamente. Seus olhos estão escancarados, sua boca dilatada, suas asas abertas. O anjo da história deve ter esse aspecto. Seu rosto está dirigido para o passado. Onde nós vemos uma cadeia de acontecimentos, ele vê uma catástrofe única, que acumula incansavelmente ruína sobre ruína e as dispersa a nossos pés. Ele gostaria de deter-se para acordar os mortos e juntar os fragmentos. Mas uma tempestade sopra do paraíso e prende-se em suas asas com tanta força que ele não pode mais fechá-las. Essa tempestade o impele irresistivelmente para o futuro, ao qual ele vira as costas, enquanto o amontoado de ruínas cresce até o céu. Essa tempestade é o que chamamos progresso." Walter Benjamin - o Anjo da história

 

TERRA é uma peça multimídia de dança contemporânea em cinco atos, onde a dançarina interage com uma grande volumetria, transformando, a cada ato, sua topologia e imprimindo sobre ela as forças ativas do que chamamos de progresso.

 

Invoca-se, à superfície da terra, a solidez da rocha para criar, em um paralelo com os ossos [estruturas edificantes do corpo], uma dança de embate, de tremores, repouso, quedas, desmoronamentos, perfurações, rasgos e irrupções – relações simbolicamente atreladas a forças geofísicas [inorgânica e orgânica] –, numa teia compositiva de criação simultânea com a música e o audiovisual.

 

A instalação em movimento, TERRA atua na zona de contágio entre dança, sonoridade e audiovisual generativo, experimento que se constrói a partir de um sistema personalizado.

 

Num fluxo sucessivo de paisagens expressivas, em que é proposto um diálogo entre forças motoras, forças plásticas, os elementos audiovisuais e sonoros criados ao vivo, cada uma sugere uma narrativa de transformação da terra e destaca um vetor principal do imperativo civilizatório como fundamento da movimentação.

 

Ao unir diferentes práticas artísticas e transdisciplinares, atravessadas por narrativas e artes visuais em ações ao vivo, o trabalho permite ao público apreciar tanto uma experimentação cênica quanto uma instalação de arte.

 

 “A protagonista aqui é a criação de uma metáfora sobre a Terra em movimento, que, numa dança de embate contra as forças de dominação do solo e do planeta pelo ser humano e o poder do capital, revela-se frágil e impotente numa disputa bastante desigual, mas que segue mesmo assim”, revela Michele Carolina, intérprete que concebeu o trabalho contando com Luah Guimarãez e Alejandro Ahmed como provocadores cênicos, o suporte dramatúrgico de Silvia Geraldi e com Eduardo Fukushima na preparação corporal.

 

A criação coletiva tem ainda Jovem Pelarosi na composição sonora, Luciana Ramin, Thiago Capella Zanotta e Rafael Frazão no conteúdo audiovisual e vídeo-mapping, Juliana Morimoto, Thais Ueti e Vitória Savini, assistentes na criação cênica, e Hernandes de Oliveira na iluminação. Assina o figurino Rogério Romualdo.

 

Link do teaser da peça TERRA: https://youtu.be/9irBXobpl2U Link de registro videográfico da peça

TERRA na íntegra: https://youtu.be/SML1RRdADQw

 

Contatos

www.coletivoruinas.com.br

@coletivoruinas

coletivoruinas@gmail.com

 

Ficha Técnica

 

Concepção: Coletivo Ruínas

Dança e Coordenação Artística: Michele Carolina

Provocação Cênica: Luah Guimarãez e Alejandro Ahmed

Suporte Dramatúrgico: Silvia Geraldi

Desenho de som: Jovem Palerosi

Conteúdo Audiovisual e Vídeo-mapping: Luciana Ramin, Thiago Capella Zanotta e Rafael Frazão

Assistentes de Criação Cênica: Juliana Morimoto, Thais Ueti e Vitória Savini

Iluminação: Hernandes de Oliveira

Preparação Corporal: Eduardo Fukushima

Figurino: Rogério Romualdo

Registro em foto: Inês Bonduki

Registro em vídeo: Gideoni Júnior

Assessoria de Imprensa e Redes Sociais: Elaine Calux e Talita Bretas (Portal MUD)

Produção: Júnior Cecon

Designer gráfico: Gustavo Domingues

 

Coletivo Ruínas

 

O Coletivo Ruínas existe desde 2013, como uma plataforma artística independente de investigação, pesquisa e criação transdisciplinar entre as linguagens da dança contemporânea, do teatro, do audiovisual expandido, da fotografia, da música e da iluminação. Nos reunimos pelo assombro e pela atração que nos geram os sítios de demolição de casas para construção de altos edifícios e condomínios, fundamentalmente em bairros residenciais da cidade de São Paulo, não só pelo fenômeno da voracidade com que máquinas põem casas abaixo, mas por mudar radicalmente a natureza dos lugares. Nos interessa como os processos de especulação imobiliária e desestatização coreografam o cotidiano e afetam os corpos. Este motivo fez com que começássemos a criar modos e meios de nos relacionarmos poeticamente com determinadas topologias urbanas e a refletir, ética e politicamente, por meio de criações artísticas (como Intervenções Urbanas, Instalações, Performances, Videodanças, Experimentos Cênicos e Peças) o modo como percebemos os processos de transformação em tempo real e as contribuições que a ação direta do corpo nos lugares agrega às discussões sobre este atual fenômeno. A interlocução com a topologia movente dos sítios de demolição e construção de edifícios residenciais, a metamorfose do ambiente lar e a remodelagem dos corpos e dos modos de vida, nos coloca frente ao modo com que a espécie humana está ocupando a Terra. Quanta floresta tem em um edifício? No entendimento de que somos natureza, a pesquisa corporal se apoia nas práticas de matrizes japonesa, Do-ho, e chinesa, Tai Chi Chaun Dao Yin. No campo teórico, nos interessamos por conceitos sobre Ecologia, Antropoceno, Filosofia, Direitos Humanos e a Terra como ser de direitos.

 

 

TERRA
De 23 a 25 de fevereiro de 2024. Sexta e sábado, às 20h. Domingo, às 18h30.
Local: Sala de Espetáculos II
Valores: R$ 40 (inteira); R$ 20 (Meia entrada), R$ 12 (Credencial Sesc)  
Ingressos à venda no portal sescsp.org.br e nas bilheterias das unidades Sesc 
Classificação: 16 anos
Duração: 40 minutos


SESC BELENZINHO

Endereço: Rua Padre Adelino, 1000.

Belenzinho – São Paulo (SP)

Telefone: (11) 2076-9700

Sescsp.org.br/Belenzinho

 

Estacionamento

De terça a sábado, das 9h às 21h. Domingos e feriados, das 9h às 18h.

Valores: Credenciados plenos do Sesc: R$ 5,50 a primeira hora e R$ 2,00 por hora adicional. Não credenciados no Sesc: R$ 12,00 a primeira hora e R$ 3,00 por hora adicional.

 

Transporte Público

Metro Belém (550m) | Estação Tatuapé (1400m)

 

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