O espetáculo solo “Ninguém sabe meu nome” traz uma mãe preta, que conta que um de seus maiores sonhos é ver o filho preto ultrapassar a marca dos 30 anos. Ela desfia uma lista de recomendações que sintetizam a angústia de milhões de mães no Brasil e no mundo.
- seja educado
- não use óculos escuros
- não reaja pela emoção
- não responda
- não faça contato físico
- não faça movimentos bruscos
- não fale muito
- não fale
- lembre-se do seu objetivo: voltar pra casa em segurança
- corte os cabelos
- não perambule a noite
- não use pullover com capuz
- deixe as mãos sempre à vista
- nunca esqueça a carteira de identidade
- não faça nada que leve as pessoas a terem medo de você
- não corra
- não grite por socorro
- não grite
- respeite o código tácito
- fique calmo
“Ninguém sabe meu nome” reflete sobre os códigos racistas tácitos da sociedade, seus impasses, impactos e possíveis propostas de reparo. Em uma conversa íntima com o público, uma mãe preta se pergunta: deve educar seu filho para que cresça e floresça em sua pureza ou despi-lo em tenra idade de sua inocência e prepará-lo para enfrentar uma sociedade que não o reconhece como igual? Ou ainda, é possível fazer as duas coisas?
O espetáculo foi indicado ao Prêmio Shell e Prêmio APTR na categoria Melhor Atriz e é dirigido por Inez Viana e Isabel Cavalcanti. A idealização do projeto, o texto e a pesquisa é da própria Ana Carbatti.
Serviços:
Teatro Firjan SESI Caxias, sexta, 10/11, 20h
Teatro Firjan SESI Jacarepaguá, sábado, 11/11, 20h
+ Teatro Firjan SESI Macaé, 23/11
Teatro Firjan SESI Campos, 24/11
Teatro Firjan SESI Itaperuna, 25/11
Ingressos: R$ 30,00 inteira / R$ 15,00 meia
Classificação: 12 anos
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