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 Palhaço Jerônimo celebra 20 anos

com espetáculos no Sesc Campinas


As comemorações das duas décadas acontecerão no próximo domingo (22/10), às 16h30, com A Banda do Jerônimo, e, em 29/10 (domingo), às 16h, com Gran Cirque Brado.





Qual a melhor maneira de celebrar os 20 anos de existência de um palhaço? A resposta é única: levando a sua arte ao Respeitável Público. E assim será com o fanfarrão e musical Palhaço Jerônimo, que completa duas décadas de nascimento neste ano. “Já estou me tornando um palhaço velho”, brinca Thiago Sales, o intérprete do aniversariante.

Na primeira parte das celebrações, abrigadas no Sesc Campinas, a plateia desfrutará de dois espetáculos do rico repertório da Circo Caramba, trupe que tem Jerônimo como o seu protagonista.

Anote aí: no próximo domingo (22/10), às 16h30, no Galpão Multiuso, a plateia confere A Banda do Jerônimo, montagem que já percorreu quase todos os estados do BrasilA entrada é grátis.

Em 29/10 (domingo), às 16h, o Teatro do Sesc Campinas abriga Gran Cirque Brado, montagem  construída em parceria com a Damião e CiaCom valores entre R$ 8 e R$ 25, os ingressos já estão à venda no portal (www.sescsp.org.br/campinas) e nas bilheterias das unidades. Crianças com até 12 anos acompanhadas de um adulto pagante entram de graça.

“A idade, o tempo e a experiência são muito favoráveis à profissão de palhaço. Afinal, os palhaços tendem a ir sempre melhorando ao longo dos anos. Celebrar 20 anos é comemorar um trabalho de muito orgulho em que pude estabelecer parcerias artísticas, fazer amizades e ter a oportunidade de levar a arte do Jerônimo por quase todo o Brasil, consolidando, assim, uma pesquisa sobre o palhaço excêntrico musical que me faz muito feliz”, avalia Thiago.

 

A Banda do Jerônimo

 

Um homem-banda já é algo bastante excêntrico! Agora, imagine quando um palhaço se mete a querer tocar vários instrumentos ao mesmo tempo! E se esse palhaço for o Jerônimo? A loucura é ainda maior, já que ele vai utilizar instrumentos nada convencionais, como violão com corpo de bacia, gaita de pente, balde de lixo, forma de pizza, buzinas, tampas de panela, campainhas e muito mais. Tudo isso, somado a muita interação com o público, só pode resultar em pura diversão.

 

“As pesquisas que resultaram neste trabalho começaram em 2007, quando iniciei experimentações cênicas e musicais utilizando vários instrumentos ao mesmo tempo. Uma das características marcantes deste trabalho é a utilização de objetos convencionais como instrumentos musicais”, destaca Thiago.

 

Assim, um grande balde de lixo é utilizado como bumbo, um pente se transforma numa gaita e tampas de panela assumem o papel de um chimbal. Um violão estilizado, que tem como corpo uma bacia, em conjunto com buzinas de bicicleta, forma de pizza, campainha de balcão, dentre outras coisas, completam a instrumentação utilizada por Jerônimo em sua performance.

 

Ficha Técnica

Violão: Jerônimo

Voz: Jerônimo

Pente: Jerônimo

Balde de lixo: Jerônimo

Tampas de panela, campainha, buzinas, prato, chocalho e tudo mais:

Jerônimo também

Criação e atuação: Thiago Sales

Duração: 40 minutos

 



 

Gran Cirque Brado

 

Experimente ler o nome desse espetáculo cômico tentando unir as duas últimas palavras: “cirquebrado”. Conseguiu? O tom inicial da montagem é justamente esse: as dificuldades de uma trupe paupérrima de circo.

 

Para começar, o espetáculo propõe um grande encontro de palhaços: o de Jerônimo (Thiago Sales), do Circo Caramba, com Begônia (Fernanda Jannuzzelli) e Currupio (Rodrigo Nasser), da Damião e Cia. Na trama, eles viverão os netos de Stoy Fallid, o fundador do Gran Cirque Brado, trupe que resiste, beirando a quase falência, à falta do Respeitável Público.

 

“Em um determinado momento, a plateia deixa de ir a esse circo e nem mesmo os palhaços sabem o motivo desse abandono. Contudo, seguem sonhando com a volta do público. E ele retorna! Com isso, esses palhaços enxergam uma oportunidade de salvar o circo da família. Mas, para tanto, precisam fazer um grande espetáculo. Como o restante da trupe foi embora, o trio vai tentar dar conta de toda a apresentação, fazendo o que sabem e também o que não sabem”, conta Thiago Sales, o Palhaço Jerônimo, que assina a direção e o roteiro da montagem.

 

Quem assistir ao espetáculo perceberá o diálogo entre diversas virtuoses circenses. Além da palhaçaria, outras delas recheiam a cena, como a música, a acrobacia, a mágica e o arremesso de facas. Todas, é claro, ao sabor da comicidade. “Imersos dentro desta dramaturgia inédita, os números que compõem a montagem são inspirados no repertório do palhaço tradicional de picadeiro, além dos criados especialmente para o Gran Cirque Brado”, destaca o diretor.

 

Rendendo-se ao spoiler, Thiago Sales comenta sobre um número musical desenvolvido exclusivamente para o espetáculo em cartaz. Na cena, Jerônimo, Currupio e Begônia se propõem a fazer um concerto especial (e nada convencional) para a plateia a partir de trompete, violão e zabumba. “Ao mesmo tempo em que tocamos os nossos instrumentos, executamos uma coreografia e ainda tocamos os instrumentos uns dos outros de uma forma nada tradicional. Tudo isso juntos e misturados. Não arremessamos os instrumentos para cima, mas o número é quase um malabarismo musical”, descreve.

 

Na mesma sintonia de diálogo, a estética do espetáculo se torna um convite à pluralidade cênica. Justificável: a montagem combina a linguagem da palhaçaria, da música e de outras virtuoses circenses, marca do Circo Caramba, com a do teatro popular, em especial o de rua e o circo-teatro, matéria-prima da Damião e Cia. “Essas duas facetas da pesquisa de cada grupo contribuem enormemente para a criação de uma obra plural, que explora um amplo espectro das espetacularidades populares e está apta a divertir, impressionar e emocionar o grande público”, destaca Rodrigo Nasser, o Palhaço Currupio.

 

Sob a lona da compreensão, Gran Cirque Brado ainda trata dos reencontros e da importância da galhofa no dia a dia. “As artes da cena, como o teatro e o circo, promovem o encontro entre as pessoas que, coletivamente, participam de uma experiência única. Depois de tanto tempo de isolamento social, em que esse encontro não podia acontecer, a volta desse evento coletivo já é por si só necessária. E, com este espetáculo, pautado pela palhaçaria, ainda ressaltamos a importância do riso e do humor em nossa vida ordinária”, avalia Fernanda Jannuzzelli, Palhaça Begônia.

 

Da mesma forma, o diretor complementa com outras virtudes e emoções aguçadas pela montagem. “O espetáculo tem muito a ver com resiliência, persistência, resistência e em não desistir daquilo que você acredita. No final das contas, é isso que os palhaços do Gran Cirque Brado fazem. Embora passando por uma situação complicada, eles permanecem no circo, esperando, cada um à sua maneira, o retorno do Respeitável Público, que representa a esperança pelo sucesso da trupe e, claro, por dias melhores”, finaliza Thiago Sales.

  

Ficha Técnica

Texto e direção: Thiago Sales

Atuação: Fernanda Jannuzzelli, Rodrigo Nasser e Thiago Sales

Cenário: Juliana Fernandes

Figurinos: Juliana Fernandes e Graciete Mary

Orientação em Mágica: Rafael Medeiros e Márcio Parma

Colaboração: Bruno Peruzzi, Júnior Taz e Rodrigo Robleño

Fotografia: Nina Pires

Produção: Circo Caramba e Damião e Cia

 

Circo Caramba

 

A companhia Circo Caramba, sediada em Campinas-SP, foi criada em 2009 por Thiago Sales. A carreira do artista teve início no ano de 2003, quando nasceu seu palhaço, o Jerônimo. Ao longo de sua trajetória, o Circo Caramba vem sendo reconhecido pela qualidade artística de suas produções e pela forma criativa como une a linguagem da palhaçaria a outras modalidades circenses e, em especial, à música. O trabalho de Thiago Sales é atualmente uma das referências brasileiras na linha do palhaço excêntrico musical.

 

Além de integrar o elenco de diversas montagens em conjunto com grupos e artistas parceiros, o Circo Caramba vem circulando com o seu próprio repertório de trabalhos, cuja primeira produção foi o espetáculo Caramba, quanta bobagem!, parceria entre Thiago Sales e Márcio Parma, que estreou em 2010 e contou com a direção de Esio Magalhães. Em 2014, o Circo Caramba montou o espetáculo Jerônimo Show, primeiro trabalho solo de Thiago Sales, que fez sua estreia no Circos - Festival Internacional Sesc de Circo.

 

Já em 2016, o artista estreou a intervenção circense-musical A Banda do Jerônimo: uma inusitada banda de um homem só. Em 2019, criou mais um espetáculo solo, intitulado A Estreia, em comemoração aos 15 anos de carreira do Palhaço Jerônimo. Em 2022, acontece a estreia do espetáculo Gran Cirque Brado, uma produção conjunta entre as companhias Circo Caramba e Damião e Cia. Ao longo de sua trajetória, o Circo Caramba tem se apresentado para públicos de todas as idades, nos mais variados espaços, entre os quais unidades do SESC e SESI, festivais circenses e teatrais, circos, hotéis, empresas, clubes e universidades.

 

 

SAIBA MAIS

 

20 anos do Palhaço Jerônimo

 

Domingo (22/10), às 16h30

A Banda do Jerônimo | Circo Caramba

 

Onde: Galpão Multiuso do Sesc Campinas (Rua Dom José I, 270/333, no Bonfim, em Campinas/SP)
Quanto: Grátis

Classificação: Livre
Informações: Central de Atendimento - (19) 3737-1500

 

 

Domingo (29/10), às 16h

Gran Cirque Brado | Circo Caramba e Damião e Cia


Onde: Teatro do Sesc Campinas (Rua Dom José I, 270/333, no Bonfim, em Campinas)
Quanto: R$ 25 (inteira), R$ 12,50 (meia entrada) e R$ 8 (credencial plena). Crianças com até 12 anos acompanhadas de um adulto pagante entram de graça.

Classificação: Livre
Informações: Central de Atendimento - (19) 3737-1500

 

 

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