Hoje 14/09 - Marcelo Lavrador lança CD "Violão Nordestino Instrumental" com participação Badi Assad, Toninho Ferragutti, Marcos Suzano, Ricardo Vignini, Socorro Lira, Bruno Menegatti e André Rass.

 Lançamento do álbum "Violão Nordestino Instrumental” de Marcelo Lavrador


Marcelo Lavrador faz de seu álbum uma celebração de suas raízes. "Violão Nordestino Instrumental" Projeto “Violão Nordestino Instrumental” viabilizado através do Edital ProAC 15/2022 é uma homenagem, com olhar criativo, à cultura musical nordestina.
O disco ainda conta com participações especiais e Badi Assad, Toninho Ferragutti, Marcos Suzano, Ricardo Vignini, Socorro Lira, Bruno Menegatti
 e André Rass.

 

 

Hoje, 14 de setembro de 2023 chega as plataformas digitais o novo trabalho de Marcelo Lavrador, "Violão Nordestino Instrumental" (http://tratore.ffm.to/violaonordestino ), produzido por Ricardo Vignini e pelo próprio Lavrador. O disco foi gravado, mixado e masterizado no Estúdio Bojo Elétrico, entre janeiro e abril de 2023.

 

A música faz parte da trajetória do paulistano Marcelo Lavrador desde a infância - aos 7 anos já se arriscava no violão Di Giorgio que ganhou de seu pai. Influência de uma família musical e de sua profunda admiração por Baden Powell, Toquinho, Paulinho Nogueira, João Bosco entre outros. Marcelo cresceu e o que era brincadeira tornou-se vocação, profissionalizou-se. Estudou no lendário Centro Livre de Aprendizagem Musical (CLAM), criado pelo Zimbo Trio na época de ouro, e cursou Licenciatura em Música no Instituto de Artes da UNESP. Nestes 30 anos de carreira lançou seis discos. O "Violão Nordestino Instrumental" que Lavrador nos traz agora tem 13 músicas, sendo 12 músicas autorais, e o clássico "Qui Nem Jiló", de Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira.

 

Projeto “Violão Nordestino Instrumental” viabilizado através do Edital ProAC 15/2022

 

Faixa a Faixa

 

Exu

Lavrador participou, como convidado, de uma turnê teatral que percorria o Nordeste. Ao chegar ao chão de Pernambuco lembrou-se do mais notável músico nordestino. Resolveu, antes de juntar-se à trupe, visitar Exu, a cidade de nascimento de Luiz Gonzaga. A emoção que sentiu ao chegar a essa região foi tão forte, que esta música, que abre o álbum, foi composta inspirada nas recordações de lá. Lembra que Exu é o orixá que abre os caminhos, Laroyê! Sob medida como primeiro passo para a jornada deste disco. Marcelo Lavrador no violão, no baixo Renan Dias, com percussão de André Rass.

 

Violeiro na Porta da Igreja

Marcelo Lavrador toca violão de 7 cordas, Bruno Menegatti na rabeca, percussão de André Rass e Socorro Lira na narração do poema do Lavrador. Um baião, que, como diz o título, relata um violeiro a tocar nos degraus de uma igreja em hora de missa. Lavrador conta que o poema surgiu em sua cabeça, como se tivesse sido psicografado. Para ele Socorro Lira fazia falta à cena artística brasileira. Marcelo considera um privilégio poder contar com a voz forte e expressiva de Socorro para interpretar e traduzir com tanto talento toda a emotividade contida neste pequeno e significativo poema.

 

Qui Nem Jiló

Marcelo Lavrador fez um arranjo para violão solo à princípio, entretanto sentiu a necessidade de que a faixa tivesse mais cores. Resolveu que o baixo elétrico e o acústico ficassem nas mãos de Renan Dias. André Rass traz sua criatividade à percussão. Marcelo teve a ideia de que seria interessante acrescentar uma sanfona. Não sabia quem poderia chamar. Foi quando Ricardo Vignini sugeriu o Toninho Ferragutti. Aconteceu o encontro perfeito. Diz o violonista: "Toninho Ferragutti é um gigante. Ele honra a sanfona original de Luiz Gonzaga. Comprova porque é, hoje, um dos maiores instrumentistas do Brasil."

 

Por Dentro D'água

Marcelo nunca esquece de confirmar a grande importância de Badi Assad em sua obra. Ao conhecê-la pessoalmente criou-se de imediato uma amizade, em que se sentia o discípulo, com Badi como a mestra. Inspirado no trabalho de percussão vocal e corporal da cantora criou Por Dentro d'Água. Acredita que ela é também é compositora da música, "uma recriação da inspiração criadora". As vocalizações de Badi nesta canção podem ser consideradas como a voz cantada a acompanhar o violão solitário de Lavrador.

 

Mata Cavalo

Uma música entre o baião e o xaxado, com toques de jazz e de música brasileira instrumental. Nela relembra histórias de seu pai, o baiano José Santana, quando viajava a um sítio no interior da Bahia em que, em parte do caminho, cavalos não conseguiam passar. E era seguir a pé ou de jegue. Mata Cavalo é também como José Cândido de Carvalho chama a fazenda de seu romance O Coronel e O Lobisomem.

Marcelo Lavrador no violão, Marcos Suzano toma conta do pandeiro com sua irretocável técnica, Júnior Kaboclo dá seu toque nordestino com sua flauta transversal e pífanos, Renan Dias no seu baixo com sua incrível musicalidade técnica. 

 

Ariana Armorial

Está peça foi composta primeiramente para violão de 6 cordas, mais tarde adaptada pelo próprio Marcelo para o de 7, para melhor explorar o som dos graves e experimentar diferentes afinações. Ele se inspirou no inesquecível Quinteto Armorial, do berimbau, da viola nordestina. O título homenageia o idealizador desse movimento, Ariano Suassuna.

 

Caçote

Para esta música, Lavrador também procurava um colorido especial que a realçasse. Acreditou que a solução poderia vir de Marcos Suzano no pandeiro/ percussão e de Bruno Menegatti na rabeca acompanhando os acordes do seu violão. Ele diz: "Marcos Suzano não é apenas um instrumentista que sabe explorar os meandros entre diferentes sonoridades e ritmos. Antes, é o músico que mudou o modo de tocar o pandeiro... Sua influência sobre meu trabalho é enorme."

 

Esperando Nara

Foi composta durante a pandemia, quando Lavrador e a Ana Lúcia estavam grávidos de Nara, que logo chegaria para que a vida alegrasse o casal em meio à pandemia. A música é apresentada pelo Marcelo Lavrador no violão, Renan Dias no baixo e Thiago Fermino na percussão.

 

Recado

Trata-se de um baião estilizado onde novamente nota-se um quê de jazz e da música instrumental. Somando-se ao seu violão, Lavrador conta com o baixo acústico de Renan Dias, a percussão de André Rass, e a viola caipira de Ricardo Vignini que realiza um encaixe com toada do Quarteto Novo. Marcelo conta que ele e o violeiro e produtor conheceram-se aos 13 anos. Ele e Ricardo eram vizinhos e começaram a tocar juntos, embalados pelo Rock and Roll e Heavy metal dos anos 80.

 

Baião de Dois da Adenir

Este solo de violão é uma homenagem ao "delicioso prato Baião de Dois", cozido por sua tia Adenir Farias, cearense radicada em Maceió. A canção foi lançada em seu primeiro álbum, "Casa das Bruxas". O autor decidiu regravá-la "pelo cheiro, pelo gosto, pelo som deste Baião de Dois".

 

Maracutaia Esferográfica

Foi ao assistir ao Duo Fel, e a Badi com Zig Zum, a banda Cabruera com uma capa da caneta esferográfica, com que Marcelo percebeu a sonoridade de arco conseguida ao se esfregar uma vareta às cordas. Depois viu Arthur Pesso e Rodrigo Cataia conseguirem esse resultado utilizando também a capa de uma caneta esferográfica. Assim chegou ao som de arco para esta Maracutaia Esferográfica. Marcelo cita conotações barrocas, como um pedal característico da obra de Bach. A percussão de Thiago Fermino completou o resultado.

 

Pepe e Faísca

Esses são os nomes dos gatos da cearense dona Graça, mãe do compositor. Ele compunha enquanto os bichanos corriam e brincavam a seu lado. Daí apareceu este coco estilizado com toques de choro e música instrumental: "uma melodia que flerta com a música nordestina".

 

Bença Dominguinhos

Sobre esta peça que encerra o álbum, Marcelo Lavrador diz: "Compus 'Bença Dominguinhos' em 2013 após a morte do eterno Dominguinhos. Resolvi que a homenagem à sua lembrança deveria fechar este álbum. No baixo, o grande amigo e baixista Renan Dias, na percussão André Rass, e a sanfona do grande Toninho Ferragutti."

 

 

É de Marcelo a conclusão: "A arte de viver a música traz no íntimo o verdadeiro significado de ser e sentir... sentir a sonoridade do instrumento, seu ritmo musical, sentir a arte no que tem de mais perfeito." É com essa ideia que ele nos brinda com as músicas de seu mais recente trabalho.

 

Projeto “Violão Nordestino Instrumental” viabilizado através do Edital ProAC 15/2022


Lançamento Violão Nordestino Instrumental

Marcelo Lavrador

Data: 14 de setembro de 2023

Em todas as plataformas de música

Distribuição: Tratore
http://tratore.ffm.to/violaonordestino

 

Ficha Técnica e Participações:

 

1-Exu (Marcelo Lavrador)

Marcelo Lavrador – violão;

Renan Dias – contrabaixo acústico;

André Rass – percussão.

 

2- Violeiro na Porta da Igreja (Marcelo Lavrador)

Marcelo Lavrador – violão de 7 cordas e autoria do poema;

Socorro Lira – narração do poema;

Bruno Menegatti – rabeca;

André Rass – percussão.

 

3- Qui Nem Jiló (Luiz Gonzaga/ Humberto Teixeira)

Marcelo Lavrador – violão;

Toninho Ferragutti – sanfona;

Renan Dias – baixo;

André Rass – percussão.

 

4- Por Dentro D´Água (Marcelo Lavrador)

Marcelo Lavrador – violão;

Badi Assad – voz, percussão vocal.

 

5- Caçote (Marcelo Lavrador)

Marcelo Lavrador – violão;

Bruno Menegatti – rabeca;

Marcos Suzano – pandeiro.

 

6- Ariana Armorial (Marcelo Lavrador)

Marcelo Lavrador – violão de 7 cordas.

 

7- Mata Cavalo (Marcelo Lavrador)

Marcelo Lavrador – violão;

Júnior Kaboclo – flauta transversal e pífanos;

Renan Dias – baixo;

Marcos Suzano – pandeiro.

 

8- Esperando Nara (Marcelo Lavrador)

Marcelo Lavrador – violão;

Renan Dias – baixo;

Thiago Fermino – percussão.

 

9- Recado (Marcelo Lavrador)

Marcelo Lavrador – violão;

Ricardo Vignini – viola caipira;

Renan Dias – contrabaixo acústico;

André Rass – percussão.

 

10- Baião de Dois da Adenir (Marcelo Lavrador)

Marcelo Lavrador – violão

 

11- Maracutaia Esferográfica (Marcelo Lavrador)

Marcelo Lavrador – violão com capa de caneta esferográfica;

Thiago Fermino – percussão.

 

12- Pepe E Faísca (Marcelo Lavrador)

Marcelo Lavrador – violão;

Marcos Suzano – pandeiro.

 

13- Bença Dominguinhos (Marcelo Lavrador)

Marcelo Lavrador – violão;

Toninho Ferragutti – sanfona;

Renan Dias – baixo;

André Rass – percussão.

 

Ficha Técnica

Gravado, mixado e masterizado no estúdio Bojo Elétrico, por Ricardo Vignini entre janeiro e abril de 2023.

Álbum produzido por Ricardo Vignini e Marcelo Lavrador.
Capa e Projeto Gráfico: Yuri Garfunkel

Fonte do Título: Victor Santos

Fotos: Rita Perran

Assessoria de Imprensa: Graciela Binaghi

Projeto “Violão Nordestino Instrumental” viabilizado através do Edital ProAC 15/2022

 

 

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