Estreia em São Paulo: "Uirapuru": Pássaros-corpos em Celebração da Diversidade e Identidades Brasileiras

  

Uirapuru: Pássaros-corpos em celebração da diversidade e
identidades brasileiras no Teatro Anchieta  
 

Nova criação de dança de Marcelo Evelin, coreógrafo de renome nacional e internacional,
traz uma experiência que transcende a imaginação, reafirmando a importância de preservar e valorizar a riqueza cultural e natural do país 
 

Estreia dia 9 de junho em São Paulo  


 

Cena de“Uirapuru”  

Foto: Pedro Sardinha 

 

Uirapuru”, um pássaro lendário e símbolo da floresta amazônica, intitula a nova obra do coreógrafo e dançarino Marcelo Evelin. Após temporadas em Teresina (Piauí), Montpellier (França) e Porto (Portugal), o espetáculo estreia em São Paulo, no Teatro Anchieta do Sesc Consolação, no dia 9 de junho, sexta-feira, às 20h.
 

A palavra Uirapuru tem origem no Tupi-Guarani, a língua dos povos originários do Brasil, e significa "ser humano transformado em pássaro" ou "ave enfeitada".
 

“O projeto começou por chamar-se Povo da Mata e aí eu queria falar da mata... Não só do aspecto ecológico da floresta brasileira, não só da Amazônia, mas, sobretudo, o que habita as matas, todo o tipo de conhecimento, qualidade subjetiva e poética que existe na mata brasileira. Ela é densa, a gente não conhece. E, para mim, na verdade, é isso que me interessa: tocar uma coisa que não conheço”, revela Evelin. 
 

“Uirapuru” transporta o público para a floresta, abordando-a como uma cosmologia particular selvagem e encantada, uma espécie de retorno a sensorialidades de um interior profundo de Brasil. "Uirapuru" se inspira em entidades, sons e corporeidades outras que habitam as matas de nosso país ampliando a presença do imaginário mítico das floras brasileiras.
 

A existência do Uirapuru é envolta em uma lenda indígena que conta a história do encantamento de um dos amantes de um amor impossível. Uma pessoa que foi transformada em ave rara, cujo canto fazia os ouvintes delirar.
 

“Fiquei muito tocado com a ideia de alguém morrer de tristeza por não conseguir um amor. Essa noção de amor impossível toca-me muito, porque parece que está cada vez mais impossível a gente amar-se. Está cada vez mais difícil a gente confiar para se entregar”, comenta Evelin. Para ele, o amor está associado às concepções de gentileza, afeto e delicadeza e, consequentemente, ao cuidado com as águas, florestas, animais e agricultura tradicional. Segundo Evelin, trata-se de um amor utópico constantemente ameaçado, mas é a única coisa que faz o dançarino acreditar.
 

Com uma equipe de bailarinas e bailarinos que abrange a diversidade brasileira, incluindo pessoas negras, brancas, indígenas, cisgêneras e transgêneras, a apresentação é uma valorização da pluralidade de corpos, existências, movimentos, sons e silêncios.

 

Sobre Marcelo Evelin: 
 

Marcelo Evelin é bailarino, coreógrafo e pesquisador, conhecido por suas contribuições significativas para a dança contemporânea. Vive entre Teresina (Piauí) e Amsterdam (Holanda), tendo passagens importantes pela França e Alemanha. Neste último, estagiou sob a direção da celebrada coreógrafa Pina Bausch.
 

Evelin trabalha no Brasil, Japão e em vários países da Europa como artista independente com artistas da Plataforma Demolition Incorporada, baseada no CAMPO, um espaço de Residência e Resistência das Artes Performáticas em Teresina, no Piauí.
 

Suas obras “De Repente Fica Tudo Preto de Gente”, “Batucada” e “A Invenção da Maldade” circulam atualmente por teatros e festivais do mundo.
 

É docente na Escola Superior de Artes de Amsterdam desde 1999 e vem criando projetos com Universidades e em cursos de pós-graduação, entre eles ISAC (Bruxelas - Bélgica), Museu Reina Sofia (Madri - Espanha), EXERCE (Montpellier) e CND (Paris), ambos na França.
 

Em 2007, recebeu o Prêmio Shell de Melhor Coreografia em 2007, o Prêmio Governador do Estado de São Paulo para a Cultura em 2013 e foi agraciado com a Ordem do Mérito Cultural, concedida pelo Ministério da Cultura do Brasil, em 2016. Em 2019 recebeu o título de Doutor Honoris Causa pela Universidade Federal do Piauí.
 

Em 2020 criou "And Yes, I sad Yes, I will Yes" para Coroline Eckly/Companhia Carte Blanche (Bergen, Noruega), “Drama” para La Manufacture (Lausanne, Suíça), “La Nuit Tombe Quand Elle Veut” (Rennes, França), em colaboração com Latifa Laabissi, e reapresentou seu solo "ai, ai, ai" (1995) no Festival d'Automne em Paris. Em 2022 recriou o acontecimento performático “BARRICADA” para o Festival Transborda (Almada, Portugal) e estreou “UIRAPURU”, a mais recente criação da Plataforma Demolition Incorporada.
 

 


 Foto: Pedro Sardinha 

 

Ficha Técnica 
 

Concepção e Coreografia: Marcelo Evelin

Criação e Performance: Bruno Moreno, Fernanda Silva, Gui de Areia, Luis Carlos Garcia, Márcio Nonato, Rosângela Sulidade, Vanessa Nunes.

Dramaturgia: Carolina Mendonça

Assistência de criação: Bruno Moreno

Luz: Márcio Nonato

Som: Danilo Carvalho

Figurino: Gui de Areia

Direção técnica: Andrez Ghizze

Preparação e ensaio: Mariana Alves

Ilustração: Elza Hieramente

Foto, vídeo, gráfico: Maurício Pokemon

Produção de receptivo/Campo: João Marcos

Direção de Produção: Regina Veloso/Casa de Produção

Assessoria administrativo-financeira e de logística: Humilde Alves

Produção e Difusão: Sofia Matos/Materiais Diversos

Residências artísticas: CAMPO arte (Teresina/Brasil), Teatro Municipal do Porto - Teatro Campo Alegre (Porto/Portugal), La Vignette (Montpellier/France)

Co-produção: Teatro Municipal do Porto/Pt, Festival Montpellier Danse 202/Fr e Festival d'Automne à Paris/Fr.

Classificação indicativa: 12 anos

 

Sinopse 
 

Uirapuru é uma peça inspirada nas entidades que habitam as matas do Brasil e no imaginário mítico das floras brasileiras. A floresta como cosmologia particular selvagem e encantada, e como regresso a um interior profundo e desconhecido.

O Uirapuru é um pássaro brasileiro, considerado o cantor da floresta. Uirapuru significa "ser humano transformado em pássaro" ou "ave enfeitada" em Tupi-Guarani, a língua dos povos originários do Brasil. Tem sua existência envolta em uma lenda indígena, a história do encantamento de um dos amantes de um amor impossível em uma ave rara, cujo canto faz os ouvintes delirar. Um pássaro mítico, quase nunca visto, de canto belo, conhecido por trazer boa sorte a quem o escuta, símbolo de um Brasil que apesar de destroçado ainda canta.
 

Informações sobre o espetáculo: 
 

UIRAPURU 

Uma obra Demolition Incorporada 

Concepção e Coreografia: Marcelo Evelin

 

Estreia em São Paulo: 9 de junho de 2023, sexta-feira, às 20h. 

Curta temporada: 9 a 18 de junho.

Horários: Sextas e sábados, às 20h. Domingos, às 18h.

Local: Teatro Anchieta (Sesc Consolação)

Capacidade de público por sessão: 280 lugares

Duração: 53 minutos

Classificação indicativa: 12 anos

Ingressos: R$40,00 (inteira) | R$ 20,00 (meia-entrada) | R$12,00 (credencial plena)

Ingressos disponíveis para vendas em sescsp.org.br e nas bilheterias do Sesc São Paulo. 

 

Textos escritos sobre “Uirapuru”: LINK 
 

 

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 Horário de funcionamento       

Terça a sexta, das 10h às 21h30       

Sábados, das 10h às 20h    

Domingos e feriados, das 10h às 18h    


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