Seminário gratuito “Performances, escrita e personagens”, com curadoria e apresentação de Flávio Gomes, reúne os escritores e roteiristas Eliana Alves Cruz e Tom Farias_29ABRIL2023_Centro Cultural Sesc Quitandinha, em Petrópolis

 


O evento integra a programação da exposição “Um oceano para lavar as mãos”

 

 

Centro Cultural Sesc Quitandinha, Petrópolis

29 de abril de 2023, às 17h

Entrada gratuita

 

Dentro da programação cultural gratuita que acompanha “Um oceano para lavar as mãos”exposição inaugural do Centro Cultural Sesc Quitandinha, em Petrópolis, será realizado no dia 29 de abril de 2023, às 17h, o seminário  Performances, escrita e personagens, com a escritora, roteirista e jornalista Eliana Alves Cruz e o escritor, ensaísta, dramaturgo e roteirista Tom Farias. A apresentação e mediação será do historiador Flávio Gomes, curador das ações de linguagem escrita, literária e oral de “Um oceano para lavar as mãos”.

 

“Num Atlântico Negro – entre África, Brasil e Américas – personagens reinventaram culturas e os mundos em torno delas. Fundamentalmente produziram experiências, desenvolvendo performances. Neste encontro vamos conversar com escritores que seguiram trajetórias e misturaram biografias”, conta Flávio Gomes.

 

Ao longo do período da exposição “Um oceano para lavar as mãos”, que fica em cartaz até 17 de setembro de 2023, serão quatro os encontros em formato de seminário.  Flávio Gomes explica que “uma das principais propostas do eixo seminário é resgatar as formas poéticas da língua escrita, bem como das formas da tradição oral, da livre conversação, do conto, do contar uma história, à mão livre. A cultura griot na qual estamos imersos celebra a roda, a escuta e a fantasia de forma sagrada. Observar a dimensão da poesia no dia-a-dia de trabalhadoras e trabalhadores, bem como de suas crianças e idosos é um compromisso da nossa exposição. Estes seminários e apresentações contarão com importantes nomes da tradição da escrita e da fala sul-americanas”.

 

Os curadores-gerais da exposição, Marcelo Campos e Filipe Graciano, destacam que “pensar a história do Brasil é se aproximar, inevitavelmente, de um passado diaspórico. O corpo negro se reconfigura em lócus de outros atravessamentos que, hoje, apresentam-se em uma renovada potência crítica quando nos conscientizamos dos sujeitos invisibilizados por um passado colonial, imperial e escravocrata. Um mar de distância separa saberes e tradições de sujeitos desapropriados e sequestrados de suas terras que passaram a ser explorados. Um mar, um oceano, onde muitos lavaram as mãos em sentido duplo é ambíguo. Se ainda vivemos em uma sociedade racista, pouco foi feito para a igualdade racial. Contudo, este mesmo mar nos traz as divindades que nos ajudam a limpar e expurgar tanta desumanidade. A partir dessas observações constrói-se coletivamente a exposição ‘Um oceano para lavar as mãos’”.

 


SOBRE ELIANA ALVES CRUZ

Eliana Alves Cruz é carioca, escritora, roteirista e jornalista pós-graduada em comunicação empresarial. Foi a ganhadora do Prêmio Jabuti 2022 na categoria Contos, pelo livro “A vestida”. Seu romance de estreia, “Água de barrela”, ganhou o Prêmio Oliveira Silveira de 2015, da Fundação Cultural Palmares/Ministério da Cultura, e foi menção honrosa do Prêmio Thomas Skidmore 2018, do Arquivo Nacional e da universidade americana Brown University. O segundo romance, “O crime do cais do Valongo”, foi escolhido como um dos melhores de 2018 pelos críticos do jornal “O Globo”, e foi semifinal do Prêmio Oceanos 2019. O romance "Nada digo de ti, que em ti não veja", lançado em junho de 2020 pela Editora Pallas, recebeu em 2022 prêmio da União Brasileira dos Escritores, e o romance “Solitária”, lançado pela Companhia das Letras em 2022, já está entre os mais vendidos da editora. A autora tem também dois livros infantis: “A Copa Frondosa da Árvore” e “O desenho do mundo”.

 


SOBRE TOM FARIAS

Tom Farias é carioca, formado em Letras – com especialização em literatura afro-brasileira do século 19 – e Comunicação Social. É escritor, crítico literário, ensaísta, dramaturgo e roteirista. Tem livros publicados nas áreas de biografia, critica literária, ensaio e romance, com destaque para "Cruz e Sousa: Dante Negro do Brasil", finalista do prêmio Jabuti 2009, e "José do Patrocínio: a pena da abolição". Autor dos romances “A Bolha” e “Toda Fúria”, este no prelo pela editora Autêntica. Publicou “Carolina, uma biografia”, finalista do Jabuti de 2019, e ganhador do prêmio Flup; e “Escritos negros: crítica e jornalismo literário”, contando a experiência de 30 anos no jornalismo brasileiro. Já recebeu diversos prêmios literários, entre os quais, “Sílvio Romero”, de crítica e história literária, da Academia Brasileira de Letras. É crítico literário do jornal “O Globo” e colunista semanal da “Folha de S. Paulo”. Na comunidade de Manguinhos, no Rio, uma biblioteca comunitária tem seu nome, além de ser Embaixador, por São Paulo, em prol dos refugiados africanos. É membro efeito da Academia Carioca de Letras.

 


SOBRE FLÁVIO GOMES

Flávio Gomes é historiador especializado na história das relações de poder, das instituições e das territorialidades, bem como na história das práticas e das culturas políticas. É estudioso do pensamento social e da história do racismo, da escravidão e da história atlântica. É professor da UFRJ e autor de “Negros e políticas” (2005), “A hidra e os pântanos” (2006), “O alufá Rufino” (2011), “Mocambos e quilombos: história do campesinato negro no Brasil” (2015), co-organizador de “Mulheres negras no Brasil escravista e do pós-emancipação” (2012), e “Políticas da raça” (2014), e com Lília Schwarcz o “Dicionário da escravidão e liberdade” (2018) e “Enciclopédia Negra” (2021).

 

“UM OCEANO PARA LAVAR AS MÃOS”

A exposição “Um oceano para lavar as mãos”, que tem curadoria de Marcelo Campos e Filipe Graciano, reúne obras dos artistas negros Aline Motta, Arjan Martins, Ayrson Heráclito, Azizi Cypriano, Cipriano, Juliana dos Santos, Lidia Lisbôa, Moisés Patrício, Nádia Taquary, Rosana Paulino, Thiago Costa e Tiago Sant'ana, que ocupam um espaço monumental de 3.350 metros quadrados do Centro Cultural Sesc Quitandinha, em Petrópolis.

 

A exposição será acompanhada, ao longo de sua duração, de uma programação gratuita de música, cinema, teatro, literatura, atividades infantis, oficinas e um seminário. O Café Concerto do Centro Cultural Sesc Quitandinha, amplo teatro com capacidade para 270 pessoas, sedia a programação de música, cinema e seminário criada por curadores negros que são referências nessas áreas.  A curadoria de música é do cantor, compositor, violonista e poeta baiano Tiganá Santana. A mostra de cinema tem como curador Clementino Junior, cineasta dedicado à difusão da obra audiovisual racializada. O grupo Pretinhas Leitoras, formado pelas gêmeas Helena e Eduarda Ferreira, nascidas em 2008 no Morro da Providência, no Rio de Janeiro, está à frente das atividades infantis, que serão feitas na Biblioteca do Centro Cultural. Para ampliar a percepção do público das obras expostas, haverá oito oficinas e laboratórios, nos salões da exposição e nas Varandas. Flávio Gomes, pesquisador do pensamento social e da história do racismo, da escravidão e da história atlântica, é o curador das ações da linguagem escrita, literária e oral paralelas à exposição.

 

SERVIÇO: seminário Performances, escrita e personagens

29 de abril de 2023, 17h

Centro Cultural Sesc Quitandinha

Entrada gratuita

Terça a domingo, e feriados, das 9h30 às 17h (conclusão do itinerário até às 18h)

Visitas guiadas: terças a domingos e feriados, das 10h às 16h30 (conclusão do itinerário até as 18h)

Visitação ao entorno do Lago Quitandinha: terças a domingos e feriados, das 9h às 17h (em caso de chuva a visitação é suspensa)

Centro Cultural Sesc Quitandinha

Avenida Joaquim Rolla, nº 2, Quitandinha, Petrópolis

Entrada gratuita

Assessor de Imprensa Sesc RJ – Wando Soares

+5521.98845.2931

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