Teatro - Cias da África - Circuito de Teatro em Português (3 a 11/3)

 

As apresentações são gratuitas e ocorrem no Centro Cultural Penha,

Centro Cultural Vila Formosa, Tetro Flávio Império e na Galeria Olido.

 

XIII Circuito de Teatro em Português - festival internacional de países lusófonos, que aconteceu em novembro de 2022 – segue com sua programação, finalizando a edição, entre os dias 3 e 11 de março de 2023, com três espetáculos vindos da África e uma oficina online de Portugal.

 

Esta edição do Circuito é realizada pela Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo e Associação de Cultura e Cidadania Contadores de Mentira, com direção artística de Creuza Borges.

 

A programação é gratuita em equipamentos municipais de cultura. Os espetáculos são:  Saudade, de Cabo Verde / Praia - Centro Cultural Vila Formosa (3/3, às 20h) e Centro Cultural Olido (4/3, às 18h); Mar Me Quer, de Moçambique / Maputo - Centro Cultural da Penha (8/3, às 20h) e Centro Cultural Olido (10/3, às19h); e Pedro e o Capitão, de Angola / Luanda - Teatro Flávio Império (9/3, às 19h) e Centro Cultural Olido (11/3, às 18h). A oficina Dramaturgia Portuguesa Contemporânea: o “Eu”, o “Outro” e o “Nós” (7 e 8/3, às 19h), com Zé Pedro Pereira da Cia. Teatro Art’Imagem, de Portugal / Porto, está com inscrições abertas pelo LINK.

 

O Circuito de Teatro em Português foi criado, em 2003, com o objetivo de promover o intercâmbio cultural entre os nove países de língua portuguesa. “Por meio das artes cênicas buscamos o estreitamento das relações artísticas e o reconhecimento de nossas diferenças e semelhanças culturais”, declara Creuza Borges, diretora do Circuito. Em 19 anos de história, foram realizadas mais de 450 espetáculos, 76 oficinas e 38 seminários, envolvendo dezenas de cidades brasileiras e um público aproximado de 90 mil pessoas. A realização deste festival proporcionou coproduções entre companhias de Portugal e Moçambique, Portugal e São Tomé Príncipe, Brasil e Portugal. Artistas brasileiros tiveram a oportunidade de se formar e trabalhar em Portugal, por meio das oficinas realizadas, assim como artistas portugueses fizeram residência artística no Brasil, em colaborações primordiais ao fortalecimento do projeto. O Circuito também resultou na criação do Ciclo de Teatro Brasileiro, em Arcos de Valdevez, que viabiliza, em Portugal, novas perspectivas das artes cênicas brasileiras, que já chegou à sua 12ª edição.

 

XIII Circuito de Teatro em Português

De 3 a 11 de março de 2023

Gratuito - Ingressos: 1h antes das sessões.

Inscrição - oficina: https://forms.gle/VFu5cFZ6pJUBd68D8

Facebook - @CircuitoTeatroPortugues e @GrupoDragao7

Instagram - @circuitodeteatroemportugues e @grupodragao.7

 

Espetáculo: Saudade

País: Cabo Verde/Praia - África

Duração: 60 min. Classificação: 16 anos. Gênero: Drama.                                                                          

 

3 de março (sexta, às 20h): Centro Cultural Vila Formosa

End.: Av. Renata, 163 - Vila Formosa. SP/SP.

4 de março (sábado, às 18h): Centro Cultural Olido

End.: Av. São João, 473 - Centro Histórico de São Paulo.




 

Saudade é um monologo cuja narrativa é calcada no drama poético a partir de estrofes de poesias e diferentes autores da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), que escreveram sobre o tema ‘saudade’. Recorrendo ao mar como confidente ou inspirado pelo mar como fonte de saudade ou ponte pela qual se desperta o sentimento de saudade. Ou ainda o horizonte para além do qual se emanam as memorias de uma vida permeada pelo sufoco das saudades. O ator navega nas estrofes que, mesmo sendo de estruturas poéticas diferentes e de autores provenientes de diferentes países, aparentam uma unidade poética, uma linguagem comum por terem a mesma fonte de inspiração, o mar e a língua que os une. Em um cenário que ora traz um barco em alto mar ora é um parque das memórias da infância e ainda um precipício do desabafo das dores da saudade, o ator Jailson Miranda figura como elemento de ligação do espaço-tempo para uma única dimensão sentimental e atemporal. FICHA TÉCNICA - Coletânea de poesias: Sabino Baessa e Gildaris Pandim. Encenação e figurino: Sabino Baessa. Interpretação e sonoplastia: Jailson Miranda. Iluminação: Paulo Silva. Audiovisual: Oficina de Audiovisual sobre a escritora brasileira Clarice Lispector.

 

Espetáculo: Mar Me Quer

País: Moçambique/Maputo - África

Duração: 60 min. Classificação: 16 anos. Género: Drama.

 

8 de março (quarta, às 20h): Centro Cultural da Penha

End.: Largo do Rosário, 20 - Penha de França. SP/SP.

10 de março (sexta, às 19h) - Centro Cultural Olido

End.: Av. São João, 473 - Centro Histórico de São Paulo.




 

"Sou feliz só por preguiça. A infelicidade dá uma trabalheira pior que doença: É preciso entrar e sair dela, afastar os que nos querem consolar, aceitar pêsames por uma porção da alma que nem chegou a falecer”. Inspirados pelas fala do escritor Mia Couto, o Grupo de Teatro Girassol apresenta o espetáculo Mar Me Quer. O enredo conta uma história de amor e conquista à beira mar, com segredos e confissões, entre a gorda, a bela Luarmina e o despreocupado pescador Zeca Perpétuo, intermediados pelo avó Celestiano. FICHA TÉCNICA - Texto original: Mia Couto. Adaptação do texto: Joaquim Matavel. Encenação: Joaquim Matavel. Cenografia: Joaquim Matavel e Rute Osório de Castro. Elenco: Albertina Guilaze, Horácio Mazuze e Rafael Vilanculos. Luz e som: O grupo - criação conjunta. Apoio cultural: Faizal António.

 

Espetáculo: Pedro e o Capitão

País: Angola/Luanda – África

Duração: 60 min. Classificação: 16 anos. Gênero: Drama.

 

9 de março (quinta, às 19h) - Teatro Flávio Império

End.: R. Prof. Alves Pedroso, 600 – Cangaíba. SP/SP.

11 de março (sábado, às 18h) - Centro Cultural Olido

End.: Av. São João, 473 - Centro Histórico de São Paulo.




 

O espetáculo Pedro e o Capitão traz uma larga conversação entre um torturador e um torturado na qual a tortura não está presente de fato, mas se manifesta como a grande sombra que pesa sobre o diálogo. A peça se define como uma indagação dramática na psicologia de um torturador, investiga a resposta ao porquê ou mediante qual processo um ser humano normal pode se tornar um torturador. Apesar do tema ‘tortura’ nortear a obra como um feito físico ela não figura na cena. “Como tema artístico, a tortura pode caber na literatura ou no cinema, mas no teatro torna-se uma agressão demasiada evidente para o espectador”, afirma o encenador Meirinho Mendes. FICHA TÉCNICA - Texto: Mario Benedetti. Tradução e encenação: Meirinho Mendes. Dramaturgia: Rogerio Carvalho. Elenco: Meirinho Mendes e Dionísio Caminha Kiluanji. Técnica: Nuno Martinho. Cenografia e figurino: Meirinho Mendes. Produção: Meirinho Mendes/Net-Fs. Fotos: Marta Silva Mendes. Coprodução: 3M e Fundação Sindika Dokolo. IdealizaçãoCia. Kafukolo.

 

Oficina: Dramaturgia Portuguesa Contemporânea: o “Eu”, o “Outro” e o “Nós”

País: Portugal | Porto

Com Zé Pedro Pereira – Dramaturgo do Teatro Art’Imagem

Duração: 4h – Dois encontros de 2h.

 

7 e 8 de março (terça e quarta, às 19h) -  Centro Cultural Olido

End.: Av. São João, 473 - Centro Histórico de São Paulo.

Online. Inscrições abertas: https://forms.gle/VFu5cFZ6pJUBd68D8




 

Lecionada por Zé Pedro Pereira, a oficina foca na exploração de conceitos da filosofia fenomenológica (o “Eu”, o “Outro” e o “Nós”) por meio da análise de alguns exemplos da dramaturgia portuguesa contemporânea. Analisando seis obras levadas a cena pelo Teatro Art’Imagem, entre 2009 e 2020, são estudadas as suas diferentes visões identitárias no decorrer de duas sessões. Na primeira sessão, Visões Auto Identitárias, são discutidas as obras: Um Punhado de Terra, de Pedro Eiras; Vítima da Crise, de Jorge Palinhos; e O Fascismo (Aqui) Nunca Existiu!, de José Leitão. Na segunda sessão, Visões Extra Identitárias, são analisadas as obras: Desumanização, dramaturgia de Zé Pedro a partir da obra A Desumanização, de Valter Hugo Mãe; A Noite de Ravensbruck, de José Viale Moutinho; e História da Ilha do Tesouro de Stevenson, de Jorge Louraço Figueira. A oficina inclui apresentação do espetáculo Desumanização, que servirá como documento vivo para reflexão.

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