Último fim de semana > Gabinete de Curiosidades, com direção de Luciano Alabarse e dramaturgia de Gilberto Schwartsmann no Teatro Anchieta | Até 22/01

 

Crédito: Vilmar Carvalho.

Gabinete de Curiosidades se passa no ano de 2040, em um velho asilo público, prestes a fechar, na capital Corrúpnia, um país imaginário, cheio de contradições e injustiças. Uma história sobre dois atores nonagenários, moradores desse asilo, que descobrem o lançamento de um edital de financiamento para a montagem de um novo espetáculo. As personagens trazem melancolia e muito humor, entre falas, lembranças, literatura e clássicos, versam sobre seus tempos de glória nos palcos, textos imortais e elaboram um plano para receber apoio financeiro à iniciativa artística. 

Com dramaturgia de Gilberto Schwartsmann, direção de Luciano Alabarse, o espetáculo traz no elenco, os atores gaúchos Arlete Cunha e Zé Adão Barbosa, com participação de Fernando Zugno. Gabinete de Curiosidades estará em São Paulo, no palco do Teatro Anchieta, do Sesc Consolaçãode 13 a 22 de janeiro - sextas e sábados, às 20h, e domingos, às 18h

“Eu quis fazer uma declaração de amor ao teatro. Ao mesmo tempo, falar sobre o preço da ignorância. Uma sociedade que não valoriza a cultura tem mais risco de ser manipulada por indivíduos sem virtudes”, assegura Gilberto Schwartsmann, que teve um texto seu adaptado ao teatro pela primeira vez e assina a dramaturgia da montagem. 

Quando Alabarse leu o texto de Gilberto Schwartsmann pela primeira vez, reconheceu eixos dramatúrgicos relevantes, pelos quais a direção do espetáculo poderia e deveria seguir: a solidão dos personagens – dura, cruel, lírica, turbulenta; dois velhos jogados, e esquecidos, num asilo público; as falhas e insuficientes políticas públicas relacionadas à velhice e à terceira idade; o entorno político desse descaso institucional, intenso e permanente, com a cultura e com a velhice. Nesse contexto realidade e ficção se misturam borrando fronteiras, uma homenagem à própria história da dramaturgia ocidental. Beckett, Ionesco, Brecht, além de muitos outros nomes da história teatral, montam uma aula primorosa sobre dramaturgia.

“Para mim, homem de teatro prestes a completar 50 anos de carreira, dirigir um espetáculo que reverencia dramaturgos e atores, ter em mãos um texto debruçado sobre os sonhos e as dificuldades da profissão, os ossos do ofício, o inventário teatral que nos foi legado, e, - com tudo isso, por tudo isso -, sentir em mim, intacto, o amor pelo Teatro, foi revigorante, radiante e doloroso. A empatia com o texto foi fulminante. Revelar mais um dramaturgo gaúcho, foi a derradeira razão para aceitar essa empreitada. Gilberto Schwartsmann, amigo a quem tanto admiro, me surpreendeu mais uma vez. Encarei sua proposta dramatúrgica disposto a dar minha contribuição à beleza criativa de seu texto”, conta Luciano Alabarse.



Gilberto Schwartsmann, que assina a dramaturgia do espetáculo, celebra sua criação nesta montagem teatral. O texto original é da obra literária O Sol Brilhou na Corrúpnia. “O autor – na solidão de sua escrivaninha – sonha com a possibilidade de que o texto possa, quem sabe, inquietar o maior número possível de mentes da plateia, quando ela deixar a sala de teatro”, deseja Schwartsmann. 

Zé Adão Barbosa interpreta Oneirópolos, enquanto Arlete Cunha dá vida a Disoíonos, que em grego significam otimista e pessimista, respectivamente. Zé e Arlete em meio a suas genialidades e atenção aos detalhes vão do drama à comédia em fração de segundos e asseguram a seriedade e ao mesmo tempo conferem leveza ao texto juntos e cada um de seu modo também. “Gabinete de Curiosidades é uma declaração de amor ao teatro, às palavras. À arte enfim. É uma metáfora fascinante sobre a resistência da arte e da cultura em tempos de ignorância e barbárie”, declara Zé Adão. “Um velho ator com suas lembranças e as memórias de uma velha atriz. E vestem retalhos de personagens. E brincam com conhecidas palavras. Alimentam-se nas emoções, nos confrontos, nas tristezas, nos amores. E divertem-se um com o outro nos ecos do teatro das suas vidas”, reflete Arlete. Já a participação de Fernando Zugno no espetáculo quebra um jejum de dez anos longe dos palcos. “Está muito gostoso voltar para os palcos. A peça traz uma tristeza de fundo, mas também tem humor, feito incrivelmente pelo Zé e pela Arlete. Nos divertimos muito. É um trabalho desafiador e delicioso”, celebra Zugno. 

 

Ficha Técnica

 

Dramaturgia: GILBERTO SCHWARTSMANN

Direção: LUCIANO ALABARSE

Elenco: ARLETE CUNHA e ZÉ ADÃO BARBOSA

Participação: FERNANDO ZUGNO

Iluminação: MAURÍCIO MOURA e JOÃO FRAGA

Trilha Sonora: LUCIANO ALABARSE

Operação de Som: LUIZ MANOEL 

Figurinos: ANTONIO RABÀDAN

Cenário: LUCIANO ALABARSE

Cenotécnico: RODRIGO SHALAKO

Acessório Lustre: DANIEL JAINECHINE

Projeto Gráfico: DIDI JUCÁ

Coordenação de Produção: LETÍCIA VIEIRA

Produção Executiva: JAQUES MACHADO

Produção: PRIMEIRA FILA PRODUÇÕES

 

Serviço:

Gabinete de Curiosidades  

Texto de Gilberto Schwartsmann

Direção Luciano Alabarse

Com Arlete Cunha, Zé Adão Barbosa e participação de Fernando Zugno.

 

De 13/1 a 22/1/2023
Sextas e sábados, às 20h, domingos, às 18h.
   

Local: Teatro Anchieta (280 lugares) – Sesc Consolação

Duração:  105 minutos

Classificação: Não recomendado para menores de 12 anos

Preço: R$40,00 (inteira) | R$20,00 (meia entrada) | R$12,00 (credencial plena) 

 

Os ingressos estão disponíveis para venda em sescsp.org.br ou nas bilheterias do Sesc São Paulo. 

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Biografia

 

Gilberto Schwartsmann

Além de escritor, é oncologista, professor titular da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), membro titular e ex-diretor da Biblioteca da Academia Nacional de Medicina. Presidiu a Academia Sul-Rio-Grandense de Medicina. É membro correspondente da Real Academia de Medicina da Espanha. Preside a Associação de Amigos do Theatro São Pedro, a Bach Society Brasil e a Associação de Amigos da Biblioteca Pública do Estado do Rio Grande do Sul. É patrono do Instituto Zoravia Bettiol e sócio benemérito da Associação de Artes Plásticas Francisco Lisboa. É membro do Conselho da Fundação e Museu Iberê Camargo. Presidiu a Fundação Bienal de Artes Visuais do Mercosul. É cronista e ensaísta nos jornais Zero Hora e Correio do Povo. É autor de livros e capítulos médicos no país e no exterior, com mais de 250 artigos científicos originais publicados no exterior, os quais receberam até o presente mais de doze mil citações por outros autores. Segundo estudo realizado em 2021, coordenado e divulgado pela Universidade de Stanford, nos EUA, ele é considerado um dos cinco mais atuantes pesquisadores do HCPA da UFRGS. Como escritor, Gilberto Schwartsmann publicou Frederico e outras histórias de afeto (Libretos), Meus olhos (Sulina), Acta diurna (Sulina), Max e os demônios (Sulina; em segunda edição), publicado também em espanhol (Leviatã), Divina rima: um diálogo com a Divina comédia, de Dante Alighieri (Sulina), Gabinete de curiosidades (Sulina), A Amante de Proust (Sulina) e a peça teatral O sol brilhou na Currúpnia (Sulina).

 

Luciano Alabarse

Diretor teatral há mais de 40 anos, cursou o Departamento de Arte Dramática da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Além de encenar clássicos da tragédia grega e de William Shakespeare, levou aos palcos textos de autores gaúchos como Lya Luft, João Gilberto Noll e Caio Fernando Abreu. Sua última direção estreou em 2022, da cia Teatro ao Quadrado, O inverno do nosso descontentamento – Nosso Ricardo III. Na gestão pública, foi titular da Coordenação de Artes Cênicas da Secretaria Municipal de Cultura e diretor da Usina do Gasômetro. Nos últimos 20 anos, foi responsável por programas de intercâmbio cultural entre Porto Alegre e cidades como Buenos Aires e Montevidéu. Também foi diretor do festival Porto Alegre em Cena por cerca de 20 anos, referência no Brasil e no mundo como um dos principais eventos do setor. Em 2013, esteve à frente da então gestão, da Secretaria de Cultura de Canoas e em 2017 assumiu a Secretaria de Cultura de Porto Alegre, até final de 2020.

 

Arlete Cunha

É atriz de teatro que tem participado de importantes montagens teatrais do sul do país nestes últimos 40 anos. Iniciou no grupo Oi Nóis Aqui Traveiz, da Terreira da Tribo com diversas montagens premiadas como Ostal, Antígona Ritos de Paixão e Morte, Fausto de acordo com o nosso Tempo, Album de Família, entre outros. Trabalhou com grandes diretores como na peça Pequeno Trabalho Para Velhos Palhaços, direção de Adriane Motolla; OBS.CENAS com Marco Frochetti, peça sobre a obra em prosa de Hilda Hilst e IN-CANTUS de Hilda Hilst, espetáculo poético-musical que aborda a obra poética e entrevistas da autora e Expresso Paraíso, direção de Maurício Casiraghi.

 

Zé Adão Barbosa

Renomado profissional do teatro gaúcho, ator de grande reconhecimento, tendo recebido 3 vezes o Prêmio Açorianos de Melhor Ator. Professor na área de atuação e interpretação cênica há 3 décadas, com ampla trajetória e excelência em seus cursos. Carrega em seu currículo como ator em teatro personagens diversos e foi dirigido por nomes importantes do teatro gaúcho e também brasileiro como Luciano Alabarse, Luís Paulo Vasconscellos, Adriane Motolla e Patricia Fagundes.  No cinema atuou em obras dirigidas por Jorge Furtado, Sérgio Silva, Tabajara Ruas, Jayme Monjardim, entre outros. Também tem grande experiência em atuação para televisão, com participações em obras como “O Alienista”, “Luna Caliente”, “Laços de Família”, além de outros trabalhos para diversas emissoras. Dirigiu diversos trabalhos em teatro e apresentou, durante seis anos, o programa “Era Uma Vez em Porto Alegre” aos sábados pela manhã na Rádio Gaúcha. Um grande comunicador, vem administrando teoria e dinâmica de maneira ímpar, e repetindo seus cursos de Comunicação, Expressão e Criatividade por todo o estado e na Escola há duas décadas.

 

Fernando Zugno

A última peça feita por Fernando Zugno, que rendeu prêmio Açorianos de Melhor Ator, foi Inimigos de Classe, de Nigel Williams, com direção de Luciano Alabarse. Graduado em teatro pelo Teatro Escola de Porto Alegre – TEPA e em Jornalismo, pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul – PUCRS, de 2017 a 2020 foi coordenador de Artes Cênicas da Secretaria Municipal da Cultura de Porto Alegre e diretor artístico do Festival Porto Alegre em Cena.  Montou obras como Inimigos de Classe de Nigel Williams, Marxismo, Ideologia e Rock’n’roll de Tom Stoppard, O Lugar Escuro de Heloisa Seixas. Trabalhou com a Cia. Brasileira de Teatro de Marcio Abreu, Sarau Produções e eventos como Canoas Tango, Canoas Jazz, concerto de Bibi Ferreira e Elza Soares. Nos últimos anos participou de festivais, seminários e reuniões na Alemanha, França, Espanha, Reino Unido, Australia, Peru, Chile, Argentina, Colômbia e Estados Unidos. Em 2020 concebeu a revista de arte Corpo Futuro da qual é editor chefe e curador. Em 2022 criou a Mostra Internacional de Arte Contemporânea, evento que nas suas primeiras edições conta com nomes como Tim Etchells, Tom Zé, Ernesto Neto, Maria Nepomuceno, Cena 11, Marina Otero, Julha Franz, Nuno Ramos, entre outros.


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