Nota de repúdio - O racismo e a intolerância religiosa são estruturais, mas no governo ganham recortes que remetem ao neonazismo


 
Na última quarta-feira, 09 de agosto de 2022, a conta da primeira-dama Michelle Bolsonaro foi tirada do ar pelo Twitter, por clara manifestação de racismo e intolerância religiosa. Note, não foram apenas entidades da Sociedade Civil Organizada, do Movimento Negro ou pelas Liberdades Religiosas a se manifestarem. Mas a própria plataforma mundial considerou ofensivas e inaceitáveis as declarações da esposa de Bolsonaro.


Quando os líderes de uma nação incitam ao ódio, ao preconceito, ao racismo e à intolerância, mandam um recado direto para milhões de brasileiros desavisados. Não à toa temos visto, pelo Brasil afora, homicídios, atos de violência, invasão e derrubada de terreiros, traficantes de Jesus expulsando os religiosos de matriz africanas das comunidades. E o clima de tensão só tende a piorar.

Buscando o voto dos evangélicos, o candidato Bolsonaro e sua mulher, se esquecem que ele é o presidente de todos os brasileiros e não apenas daqueles que votaram neles. E comparam o outro/a diversidade ao Diabo e às Trevas.

Esse é mais um exemplo de que a luta travada nas urnas em outubro, será da Civilização contra a Barbárie. De um avanço rumo às liberdades democráticas e o respeito à diversidade do III Milênio, ou se um retorno às fogueiras da Santa Inquisição de Torquemada. À perseguição, tortura, paixão e crucificação do próprio Cristo.

Cristãos, judeus, muçulmanos, budistas, ateus, agnósticos e militantes de tantas outras e tão importantes religiões precisam entender que, como disse o Cacique Seattle em sua carta ao presidente dos Estados Unidos, Francis Pierce: “O que fere a terra fere também aos filhos da terra”. Ou ainda mais, como sugerido no poema antinazista de Martin Niemöller:

“Um dia vieram e levaram meu vizinho que era judeu.
Como não sou judeu, não me incomodei.
No dia seguinte, vieram e levaram
meu outro vizinho que era comunista.
Como não sou comunista, não me incomodei.
No terceiro dia vieram
e levaram meu vizinho católico.
Como não sou católico, não me incomodei.
No quarto dia, vieram e me levaram;
já não havia mais ninguém para reclamar...”

PRECISAMOS TODOS REAGIR, ANTES QUE NÃO HAJA MAIS NENHUM DE NÓS. TODOS JUNTOS NA CAMINHADA EM DEFESA DA LIBERDADE RELIGIOSA.

Em tempo: O domingo - do dia 18 de setembro, a partir das 10h. Acontece 15º Caminhada em Defesa da Liberdade Religiosa, no Posto 5, em Copacabana, no RJ


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