SAMBA
"Minha
trajetória no carnaval, vem de muito pequeno, por influência da família, meu
pai já fazia parte do carnaval, era ritmista da Portela há muitos anos, foi campeão com a Portela em
1984. O samba sempre foi muito presente. Nasci em 1989 e cheguei a frequentar a
quadra da Portela, ainda muito criança, na barriga de minha mãe. Ouvia a
bateria da Portela, ela conta várias histórias e tudo mais, então desde sempre,
estou incluído no samba".
Felipe,
começou profissionalmente a trabalhar no samba com 18 anos, "a cair para a
pista", onde teve coragem de botar
a voz na rua, cantar vários ritmos.
Por volta de
2010/2011, começou a defender sambas de
enredo nas disputas em várias quadras. "Uma experiência muito bacana, aí aprendi
que o samba que corre na veia é carnavalesco de verdade".
"No
mundo do samba, sou aquele cara sonhador, não vejo o momento que o samba esteja em outro patamar, que a gente possa
cantar por aí, e colocar nosso sustento dentro de casa. Sou apenas um cara que
quer sempre estar aprendendo com os mais velhos, com os mais antigos, que isso
seja sempre constante. Nunca sabemos tudo, sempre precisamos aprender mais um pouquinho, respeitando os mais
a todos".
SUOR
"Acho
que os maiores sufocos que já passei no samba, foram os calotes que tomei, nas
minhas rodas de samba. Fiz show de carnaval por conta própria, não foi nem
representando as agremiações, mas com minha banda, fazendo um show durante o
carnaval, fora dos desfiles, um extra,
digamos assim. Levamos passistas,
ritmistas, fui como cantor, onde tomei um baita de um calote, isso em plena
Barra da Tijuca, até hoje não recebi esse carnaval".
SAUDADE
"A
maior saudade que sinto na verdade, para ser bem sincero, é da tranquilidade de
você pular um carnaval ou de você cantar.
Hoje em dia é muita violência, você está na rua e não sabe se chega ou
se volta pra casa".
E sinto
muita saudade também dos grandes sambistas que se foram, fazem muita falta na
música popular brasileira e também no carnaval, assim como Mestre Jamelão e Emílio Santiago.
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