No Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa (dia 21) - ​V Seminário Sobre Liberdade Religiosa, Democracia e Direitos Humanos

 V Seminário Sobre Liberdade Religiosa, Democracia e Direitos Humanos

No Dia Nacional de Combate à Intolerâncias Religiosa - 21 de janeiro

Transmitido pelo YouTube do CCJF e CEAP




 

Em celebração ao Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa, o Centro de Articulação de Populações Marginalizadas (CEAP), em parceria com a UNESCO, a Comissão de Combate à Intolerância Religiosa (CCIR) e o Centro Cultural Justiça Federal (CCJF), realiza o V Seminário Sobre Liberdade Religiosa, Democracia e Direitos Humanos, na próxima sexta-feira (21).

 

Por conta dos avanços das contaminações da Covid-19 o evento será transmitido on-line, das 9h às 18h, no YouTube do Centro Cultural da Justiça Federal – CCJF e do CEAP – Centro de Articulação de Populações Marginalizadas. Basta acompanhar nas redes os temas, convidados e horários. 

 

https://youtube.com/c/CEAPOFICIAL 

https://youtube.com/c/CentroCulturalJusti%C3%A7aFederal

 

Tal como vem se consolidando desde as edições anteriores, a atividade contará com a participação de pesquisadores e especialistas nos seguintes temas: Política, Religião e Democracia; Religiões no Campo do Direito; Religiões nos Meios de Comunicação; Estado Laico e Liberdades.

  

Propício para o lançamento do II Pré - Relatório Sobre Intolerância Religiosa, organizado pela equipe do Observatório das Liberdades Religiosas (OLR), do CEAP e coordenado pelo Prof. Dr. Babalawô Ivanir dos Santos (Interlocutor da Comissão de Combate à Intolerância Religiosa - CCIR) - Prof. e orientador no Programa de Pós-graduação em História Comparada da Universidade (PPGHC/UFRJ) e o Prof. Luan Costa Ivanir dos Santos (Mestrando pelo Programa de Pós-graduação em População, Território e Estatísticas Públicas - IBGE).

 

Segundo o Babalawô Ivanir dos Santos, o relatório é - “Fruto dos trabalhos que o CEAP, em parceria com a CCIR, vem desenvolvendo ao longo dos últimos 15 anos. O relatório, com bases em dados quantitativos e qualitativos, terá por objetivo evidenciar e chamar a atenção das autoridades públicas e da sociedade civil para o crescimento significativo dos casos de intolerância religiosa no Brasil e, principalmente no Estado do Rio de Janeiro”. 

 

Para o Prof. Luan Costa, o OLR servirá de grande ajuda para mapear os casos: “Com apresentação do relatório da comissão de combate à intolerância religiosa (casos ocorridos na cidade do Rio de Janeiro em 2021; informados e recebidos pela CCIR), queremos chamar atenção do poder público para essa questão. A ideia é sensibilizar as intuições de Estado para importância dos Dados como ferramenta de combate a intolerância"

 

Compreendendo que é preciso cada vez mais fomentar ações voltadas para combate à intolerância religiosa, também será apresentada a Campanha do Disque 190, desenvolvido pelo CEAP em parceria com a UniFoa - Centro Universitário de Volta Redonda. A PM do RJ passa a receber denúncias no nº 190 para casos de intolerância religiosa. O órgão estabeleceu regras orientando como os policiais devem proceder quando receberem denúncias de intolerância religiosa. Os casos configurados como intolerância religiosa podem agora ser denunciados pelo 190 - canal para denúncias da Secretaria de Polícia Militar da cidade do Rio de Janeiro.

 

Encerrando o seminário haverá o lançamento dos livros Caderno Pedagógico Afro-Indígenas, coordenado pelo Prof. Marcos Moura (Coordenador do Instituto Ajuri/ Parintins (AM) e pela Prof. Mariana Gino (Colaboradora no CEAP e Secrétaire Générale du Centre International Joseph Ki-Zerbo pour l'Afrique et sa Diaspora/N'an laara an saara - CIJKAD) e do Livro História Social da Intolerância Religiosa na Contemporaneidade, de autoria do Prof. Dr. Babalawô Ivanir dos Santos. Ambas as publicações são frutos das parcerias do Instituto Ajuri e do CEAP.

 

“É com imensa alegria que o CCJF acolhe o seminário, o Brasil é um país plural, de muitas raças, ancestralidades, religiosidades. É também um Estado laico e democrático, significando que deve garantir a todas as pessoas o direito de professar suas crenças religiosas livremente. A intolerância religiosa no Brasil é fortemente associada ao racismo estrutural, cuja superação deve nos desafiar e mobilizar todos os dias. Nesse momento em que o discurso de ódio parece estar tão disseminado no Brasil, nós do CCJF queremos reafirmar nosso compromisso com a liberdade religiosa, com a universalidade dos direitos humanos e com a convivência democrática”, declara Simone Schreiber - Desembargadora Federal do TRF 2 e Diretora-Geral do CCJF.

 

Em tempo: 21 de janeiro é o Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa, instituído pela Lei Federal nº 11.635, de 27 de dezembro de 2007, é celebrado em alusão a morte da Ialorixá baiana Gildásia dos Santos e Santos – conhecida como Mãe Gilda, fundadora do terreiro de candomblé Ilê Asé Abassá.

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