O racismo estrutural e seu impacto nas várias vertentes da arte e da cultura é o tema investigado pelo seminário online gratuito promovido pelo Museu do Pontal
“Música popular,
músicos negros e modernidade” é o tema do quinto e último encontro do seminário
online gratuito promovido desde agosto pelo Museu do Pontal
Participam os historiadores Alessandra
Tavares (Grupo de Pesquisa Mundos do Trabalho e Pós-Abolição, Trampa, Maurício Barros de Castro (Instituto de
Artes da UERJ e Museu Afro-Digital), e Martha
Abreu (UFF). A mediação é do historiador e antropólogo Vinicius Natal (LABHOI/UFF).
29 de
novembro de 2021, das 18h às 20h
Plataforma
Zoom
Inscrições
gratuitas:
Patronos:
Lei de Incentivo à Cultura, Instituto Cultural Vale, Itaú, BNDES,
Prefeitura do Rio
Patrocínio:
Repsol Sinopec Brasil, Cobra, Elecnor Brasil
Realização:
Ibram/Secretaria Especial da Cultura/Ministério do Turismo
O racismo estrutural e seu impacto nas
várias vertentes da arte e da cultura
é o tema investigado pelo seminário
online gratuito promovido pelo Museu
do Pontal desde agosto. O evento é coordenado
pela historiadora Martha Abreu e pelos antropólogos Vinícius Natal e
Angela Mascelani, diretora e curadora do Museu do Pontal.
O seminário “Arte e Cultura Popular – O que
muda quando a perspectiva racial entra em cena?” chega agora ao seu quinto
e último encontro, no próximo dia 29 de
novembro de 2021, às 18h, com o tema “Música
popular, músicos negros e modernidade”, com a participação de Alessandra Tavares, historiadora e
integrante do Grupo de Pesquisa Mundos do Trabalho e Pós-Abolição (Trampa), Maurício Barros de Castro, historiador,
professor do Instituto de Artes da UERJ, e membro da equipe do Museu
Afro-Digital, e Martha Abreu,
historiadora e professora da UFF. A mediação é de Vinicius Natal, historiador, antropólogo, pesquisador associado ao
LABHOI/UFF e um dos coordenadores do evento.
As inscrições são
gratuitas, e podem ser feitas até as 18h do dia do evento. A transmissão é
feita ao vivo pela plataforma digital Zoom.
A construção da ideia de uma Música Popular Brasileira é uma das mais poderosas versões da tese de um Brasil alegre e mestiço. Embora o pensamento geral incorpore a contribuição dos descendentes de africanos nessa história, ele atribui na verdade “funções racializadas e hierarquizadas, não reconhecendo seu fundamental papel na modernidade artística brasileira”, afirmam os coordenadores do Seminário, Martha Abreu, Vinicius Natal e Angela Mascelani. No dia 29 de novembro, será abordado o papel dos músicos negros e de suas associações culturais e musicais nas lutas contra o racismo e transformação do campo musical moderno do chamado Atlântico Negro. Qual o sentido de pensar uma música negra na música popular brasileira? Ou mesmo nas diversas versões do samba?
VISIBILIDADE DA ARTE
POPULAR
O "Seminário de
Arte e Cultura Popular – O que muda quando a questão racial entra em cena"
abrange cinco encontros virtuais, transmitidos ao vivo, entre agosto e novembro
de 2021.
Martha Abreu |
As mesas-redondas anteriores foram:
Cultura popular, questões raciais e decolonialidade (agosto), com a historiadora Giovana Xavier, professora da UFRJ, criadora do @pretadotora, e autora dos livros “Você Pode Substituir Mulheres Negras Como Objeto de Estudo por Mulheres Negras” e "História Social da Beleza Negra" (Ed. Rosa dos Tempos, Record). Participaram também Martha Abreu, Vinícius Natal e Angela Mascelani.
Temas abordados: a
emergência do conceito de cultura popular e seus efeitos na construção de um
campo de estudos ligado ao folclore e de um ideário nacional, ao longo dos
séculos XIX e XX, que silenciava sobre as relações raciais e o racismo. A
partir das críticas à democracia racial e da articulação dos movimentos negros,
uma nova pauta educacional e cultural a respeito da cultura afro-brasileira passou
a centralizar as discussões. As leis 10.639 e 11.645, nesse sentido, são
marcos dessa mudança de perspectiva. O termo cultura popular ganhou
novas configurações, passando a incorporar as lutas antirracistas na sociedade
brasileira e o protagonismo dos artistas negros. Quais os significados
dessa mudança? Quais as possibilidades de trabalho com cultura popular e
cultura negra – e não com folclore?
·
História, Cultura e Patrimônios
Negros (agosto), com Livia Monteiro, historiadora e professora da Universidade Federal de
Alfenas (UNIFAL), Marilda de Souza
Francisco, coordenadora da Associação Quilombola de Santa Rita do BracuÍ,
Angra dos Reis, e contadora de histórias. Participaram Martha Abreu e Vinicius
Natal.
Temas abordados: como
as tradicionais expressões culturais afro-brasileiras conseguiram chegar aos
dias de hoje, mesmo que perseguidas e marginalizadas ao longo de vários
séculos. Entre resistências, negociações e enfrentamentos pela
continuidade do legado africano, algumas expressões, como sambas de roda,
maracatus, cocos, bois, jongos, samba carioca e congados, mesmo renovadas,
receberam no século XXI o título de Patrimônios Culturais do Brasil. O Decreto
3.551, que busca proteger os bens culturais de cunho imaterial, garantiu o
importante título a essas expressões. Quais os significados e a efetividade
desses títulos hoje? Qual a relação desses patrimônios com as lutas históricas
antirracistas, por direitos à terra e à visibilidade que os artistas negros tanto
buscavam e ainda buscam ver reconhecidos?Quais são as Áfricas possíveis de se
reconstruir no Brasil?
·
Festas Negras, Modernidade e Afirmação
Política (setembro),
com as historiadoras Carolina Martins (UFPA) e Isabel Guillen (UFPE), a produtora
cultural e integrante do Boi da Floresta, de São Luís do Maranhão, Taliene Melônio, e o
produtor, professor e assistente social Samuel Lima (UERJ).
Temas abordados: entre todas as expressões da cultura popular brasileira, as festas
negras ocupam lugar de destaque. Locais de encontro, criação, identidade e luta
política, diversos festejos estão presentes no Museu do Pontal e são registros
espetaculares da história do Brasil. Essa conversa apresenta um pouco das lutas
políticas dos festeiros negros nos maracatus em Pernambuco, dos bois no
Maranhão e do Funk no Rio de Janeiro. Quais os principais marcos dessas
histórias? Como essas expressões dialogam com a modernidade? Tradição
com Modernidade?
·
As
Religiões Afro-brasileiras e as Lutas Contra a
Intolerância (outubro),
com Anderson Oliveira, historiador e
professor do Instituto de História da UNIRIO (A história do catolicismo
africano e sua força religiosa e cultural) e Luis Antonio Simas, escritor,
professor, educador, historiador, poeta e compositor.
Temas abordados:
entre as expressões da cultura popular, as manifestações religiosas sempre
foram as mais sensíveis e as mais difíceis de serem trabalhadas,
exatamente em função das fortes disputas e intolerâncias no campo
religioso. Essa conversa apresenta aspectos importantes da história das
religiões de matriz africana, do catolicismo negro e do cristianismo evangélico
no Brasil. Quais as estratégias de luta contra a intolerância e o racismo
religioso? Como entender os trânsitos culturais religiosos? Sincretismos ou
apropriações? E as religiões evangélicas hoje, que novos caminhos são
esses?
SOBRE OS COORDENADORES
Martha Campos Abreu – Historiadora e
professora do PPGH e do ProfHist da UFF
É professora titular do Instituto de
História da UFF, atuando nos programas de pós graduação e no mestrado
profissional em ensino de história. É pesquisadora do CNPq e desenvolve
trabalhos nas seguintes temáticas: história da diáspora africana nas Américas,
cultura popular, música negra e patrimônio cultural. Coordena o projeto
Passados Presentes: memória da escravidão no Brasil.
Vinicius Natal – Antropólogo e pesquisador
associado do LABHOI/UFF
É graduado em História pela UFF, mestre e
doutor em Antropologia pela UFRJ. Possui pós-doutorado em História da Arte pela
UERJ. Já atuou como diretor de pesquisa do Museu do Samba, diretor cultural do
GRESU Vila Isabel e Coordenador de Políticas de Promoção da Igualdade Racial do
município do Rio de Janeiro. Atualmente, é pesquisador de enredos do GRES
Acadêmicos do Grande Rio.
Angela Mascelani – Diretora-curadora do
Museu do Pontal
Doutora em Antropologia pela UFRJ (2001),
tendo estudado colecionadores de arte popular no Brasil, e Mestre em Artes
Visuais pela UFRJ (1996), com pesquisada centrada na coleção formada por
Jacques Van de Beuque. É autora dos livros: “O Mundo da Arte Popular
Brasileira” (Ed. Mauad, 2000), com diversas edições; “Caminhos da Arte Popular:
O Vale do Jequitinhonha” (MCP, 2008), que condensa suas pesquisas e viagens ao
longo de 15 anos na região. É pesquisadora e atua há 25 anos na gestão e no
planejamento do Museu do Pontal, compartilhando essas atividades, nos últimos
15 anos, com Lucas Van de Beuque.
Serviço: Quinto encontro do seminário
online gratuito – “Arte e Cultura Popular – O que muda
quando a perspectiva racial entra em cena?”, com o tema “Música popular, músicos negros e
modernidade”.
29 de novembro, das
18h às 20h
Transmissão
pela plataforma Zoeplay
Inscrições
gratuitas pelo link https://www.sympla.com.br/musica-popular-musicos-negros-e-modernidade---5-encontro-do-seminario-de-arte-e-cultura-popular__1409457
Canais digitais Museu do Pontal:
Site: http://www.museudopontal.org.br/
Instagram: @museudopontal
Youtube:
www.youtube.com/museudopontaloficial
Facebook:
@museudopontaloficial
Mais informações: CWeA
Comunicação
Claudia
Noronha – +5521.99360.2330
Walter Clemente – +99370.1861
Lilian
Diniz – +5521.99372.6395
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